Abstract
Neste texto, retomamos a avaliação de Michel Haar segundo a qual o projeto ontológico de Merleau-Ponty redundaria em uma metafísica. A fim de tornar tal avaliação mais severa, propomos um outro critério, de inspiração kantiana, conforme o qual a obra de Merleau-Ponty também poderia ser classificada como metafísica. Em seguida, expomos as estratégias filosóficas de Merleau-Ponty com base nas quais julgamos que conforme nenhum desses dois critérios MerleauPonty constitui um discurso metafísico.