Abstract
Uma concepção de cosmopolitismo, de base eurocêntrica, é questionada por pensadores como K. A. Appiah, Walter Mignolo, Silviano Santiago entre outros, para buscar possíveis ressemantizações do termo no contexto contemporâneo, marcado pela globalização, pelo multiculturalismo e pela expansão das novas tecnologias de comunicação. Considerando esse confronto de noções de cosmopolitismo, indaga-se como se deu a interpretação do Brasil no início do século XX, quando recrudesceram as tensões entre cosmopolitismo e nacionalismo. Busca-se, por outro lado, confrontar tais interpretações com as que surgem no início do século XXI, quando a nação vai deixando de ser o centro de um sistema de significação, em tempo heterogêneo e de globalização, em que se pode falar em “cosmopolitismo do pobre” (cosmopolitismo do subalterno), como formulou Silviano Santiago.