Abstract

Theology finds itself in search of the locus of authority: should theology seek to defend its theses in function to the critical norms established by Western academic culture? Or should it guide its reasonings according to the teachings of the Church? The article shows that the way forward involves an historical and conceptual examination of the epistemic change occurring around 1300. Univocity and representation became progressively dominant concepts in the West; the result is that reason began to be conceived over against faith. The author draws upon the thinking of Henri de Lubac and Nicholas of Cusa and recuperates the notions of participation, giving new vigor to the ideas of the supernatural, the corpus mysticum, and allegory. He argues that the Church constitutes an event of concordantia, whereby the Bishop appeals ultimatly to the original concordantia of the whole cosmos, grounded in the consensus of the Trinity. Finally, the author purposes that theology is answerable to reason to the extent that it is answerable to the Church, herself answerable in turn to the Triune God. /// A teologia encontra-se em busca do locus da autoridade: deverá a teologia procurar defender as suas teses emfunção das normas críticas estabelecidas pela cultura aca démica ocidental? Ou deverá desenvolver os seus argumentos em conformidade com os ensinamentos da Igreja? O presente artigo mostra até que ponto a resposta a estas questões implica um exame histórico e conceptual da mudança epistémica que ocorreu no Ocidente por volta de 1300. Univocidade e representação tornaram-se progressivamente conceitos dominantes, de que resultou um conceito de razão em contraposição à fé. O autor recorre ao pensamento de Henri de Lubac e de Nicolau de Cusa em ordem a recuperar a noção de participação dando novo vigor a ideias como as de sobrenatural, corpus mysticum, e de alegoria, argumentando que a Igreja constitui um acontecimento de concordantia, em relação à qual o Bispo apela em última análise à concordantia original do cosmos, a qual está por sua vez fundada no consenso da Trindade. Finalmente, o autor propõe que a teologia deve responder à razão na medida em que deve responder perante a Igreja, ela própria necessitada de responder perante o Deus uno e trino.