Abstract
O objetivo do texto é analisar o estatuto da referência à loucura na primeira meditação cartesiana à luz da polêmica que esse tema gerou entre Foucault e Derrida. O texto está dividido em quatro partes: na primeira, situamos brevemente a referência à loucura no texto cartesiano; na segunda, apresentamos a interpretação que Foucault oferece dessa passagem; na terceira, a contestação de Derrida à leitura de Foucault; por fim, na quarta parte, sinalizamos uma interpretação distinta daquelas apresentadas pelos protagonistas dessa polêmica: a menção aos loucos na primeira meditação atua como uma espécie de marcador da diferença entre certeza moral e certeza metafísica.