Abstract
O artigo apresenta os elementos filosóficos constitutivos da crítica, lançada por Jacobi a Fichte em sua Carta a Fichte, segundo a qual “Idealismo é niilismo”. Para tanto, reconstitui a crítica de Jacobi à pretensão idealista de estabelecer um sistema absoluto do conhecimento que, partindo da atividade originária e infinita do pensamento, põe a objetividade do mundo na medida em que o pensa; dá atenção à centralidade do problema do absoluto/de Deus na argumentação de Jacobi e sua relação com as noções de não-filosofia, não-saber e crença, além de apontar para as conexões destas noções com o emergente problema do niilismo na modernidade. Por fim, estabelece um breve contraponto com a filosofia de Nietzsche.