Abstract
No Brasil, com o envelhecimento e a morte dos primeiros imigrantes nipônicos, o Budismo étnico tem enfrentado desafios para sua perpetuação. Tendo em vista esse contexto histórico, o objetivo deste artigo é analisar a difusão do Zen Budismo no Youtube no período de 2015 a 2017, utilizando como fontes primárias os vídeos da Monja Coen, religiosa não descendente de japoneses que tem atuado no universo midiático nos últimos anos. Como metodologia, os vídeos são discriminados em diferentes categorias, sendo analisados tanto a partir de seus conteúdos quanto de sua composição audiovisual. Da perspectiva teórica, são utilizados os conceitos de representação e apropriação propostos, respectivamente, por Roger Chartier e Michel de Certeau. Como resultados, percebe-se que a divulgação do Zen na Web tem permitido que a religião consiga transcender as fronteiras étnicas, seja com a divulgação das ideias e práticas em português, seja com o diálogo com questões da sociedade atual.