Abstract
A palestra versa sobre a noção de tempo na antiguidade clássica e na modernidade e sua presença na narrativa literária, explorando as posições de Aristóteles e Paul Ricoeur sobre o modo como o discurso poético organiza o tempo físico. Para tanto, parte do modo fundamental de registro do tempo: o histórico, apoiado na experiência e na memória e secundado pelos sistemas sígnicos e pelos aparelhos ideológicos, e examina as transformações que a concepção de tempo sofre ao integrar uma narrativa literária nos seus dois planos compositivos: o da fábula e o do emedo. São utilizados como textos-modelo fragmentos de um episódio da Ilíada, de Homero e de um capítulo do Ulisses, de Joyce.