Abstract
Este artigo procura compreender a noção de mimese na Poética de Aristóteles. Tanto nos autores do século V a.C., quanto em Platão e em Aristóteles, os cognatos de mimesis desconhecem um campo específico de aplicação, além disso, apresentam acepções – simular e emular – que por vezes se identificam e outras vezes se contradizem. Apesar desta ambivalência de mimesis e cognatos nos autores do século V a.C., e no próprio Aristóteles, na Poética o exemplo da pintura elucida melhor o sentido de mimesis e cognatos no contexto das mimetikai technai (artes miméticas).