Abstract
Esse texto propõe a hipótese da “máquina s’imaginante” como sendo o constructo fundamental da teoria da imaginação de Spinoza e pretende justificar certa leitura que permita tal denominação. Para tanto, parte-se da noção de _contemplari externè_ para, em seguida, explanar a noção interpretativa de _simul desconcertante_, a qual desempenha importante papel a fim de forjar a noção de _centramento em si_, noção que permite captar os efeitos de interioridade e exterioridade relativas ao indivíduo humano e cujo engendramento faz a natureza das coisas ser apreendida teleologicamente. A partir do _centramento em si _são examinadas e interpretadas categorias relevantes da imaginação, sendo a mais importante delas a _concatenatio_. Por fim, são indicados alguns desdobramentos da hipótese de leitura proposta.