Abstract
Este artigo, ao conceituar a ideia de arqueologia política do saber, propõe algumas referências históricas sobre o que denomino de corpo desarrazoado a partir do primeiro capítulo de História da Loucura, mais especificamente, a partir do tema da lepra no livro. Esta discussão pretende dar uma resposta ao problema da dissociação entre desrazão e loucura levantado a respeito do livro, mostrando que o discurso de desrazão tem como solo histórico o modo pelo qual Foucault fundamentou sua ideia de exclusão do leproso. O artigo termina avaliando o tema da exclusão do leproso por meio das considerações de Foucault sobre o modelo da peste.