Abstract

Por trás do voto, nas Investigações Filosóficas, duma visão completa sobre o funcionamento da linguagem, há uma intenção de emancipar o sujeito de tendências essencialistas no seu modo de pensar filosoficamente; a questão, explícita no Tractatus, quanto ao ver o mundo correctamente necessita ainda uma crítica da teoria da correspondência e duma análise da relação espontânea do sujeito com as regras que governam este funcionamento. Todavia, a sintaxe circular e recíproca da filosofia persiste nos jogos de linguagem; o sujeito não pode senão definir-se finalmente pela sujeição. O que está em causa é a possibilidade de pensar o sujeito como aquém da sujeição, isto é, como realmente autónomo relativamente aos sistemas lógico-linguísticos. /// Derrière le voeu d'une vision complète sur le fonctionnement du langage, les Investigations Philosophiques mettent en mouvement l'intention d'émanciper le sujet de tendences essentialistes quant à son mode de pensée philosophique. La question, explicite dans le Tractatus, concernant la façon de voir le monde correctement a toujours besoin d'une critique de la théorie de la correspondance et d'une analyse de la relation spontanée du sujet avec les règles qui gouvernent ce fonctionnement. Pourtant, la syntaxe circulaire et réciproque de la philosophie persiste dans les jeux de langage ; le sujet ne peut finalement se définir que par la sujétion. L'enjeu, c'est la possibilité de penser le sujet comme en deçà de l'assujetissement, c'est-à-dire comme réellement autonome relativement aux systèmes logico-linguistiques. /// In the Philosophical Investigations, there is an intention which is concomitant with the wish to obtain full view of the functioning of language philosophizing; the problem in the Tractatus about seeing the world arignt needs still be rethought; a critique of correspondance theory and an analysis of the spontaneous relation of the subject with the rules that govern the functioning of language are necessary. However, the circular and reciprocal syntax which caracterize philosophical discourse are still to be found in language-games ; the subject inevitably defined as subjected What I propose here is the possibility of considering the subject as essentially not subjected, i. e., as really autonomous in regards to logical and linguistical systems.