Abstract
RESUMOPretende-se sustentar que para compreender o princípio da autonomia como princípio supremo da moralidade na Fundamentação, isto é, como a fórmula que contém em si as outras fórmulas do imperativo categórico, é preciso interpretá-la mediante o princípio da determinação completa. Conforme a indicação de Kant de que ocorre uma progressão entre as fórmulas, segue-se o fio condutor das formas lógicas da quantidade em direção às categoriasda quantidade, tal como estabelecido na Crítica da razão pura. Ora, se a concepção kantiana de razão (em seus usos teórico e prático) pressupõe sua interpretação da lógica, então é de supor na relação entre as fórmulas do imperativo categórico a mesma relação que encontramos na combinação das categorias de quantidade.Palavras-chave: Kant, imperativo categórico, autonomia, determinação completa, categorias de quantidade, fiocondutor.ABSTRACTWe argue that to understand autonomy as the supreme principle of morality, that is, as the formula that contains the other formulas within itself, we have to understand it by means of the principle of complete determination. Following Kant’s remark that there is a progression among the formulas, we recall the problem of the guiding thread in the Critique of Pure Reason. Now, since Kant’s conception of reason (both theoretical and practical) dependson his logic, it seems that to understand the relationship among the formulas of the categorical imperative, we have to understand the relationship among 1) transcendental unity, logical universality and formula of universal law/law of nature; 2) transcendental plurality, logical particularity and formula of humanity; 3) transcendentaltotality, logical singularity and formula of autonomy/realm of ends.Key-words: Kant, Categorical Imperative, Autonomy, Complete Determination, Categories of Quantity, Guiding Thread.