Da Revolução: Arendt, uma moderna?

Trans/Form/Ação 36 (3):109-128 (2013)
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Abstract

Em Da Revolução, Arendt aponta para o vigor da política que renasce por meio das iniciativas revolucionárias. Por outro lado, é preciso atentar para o fato de que várias outras características presentes em Da Revolução apontam para aspectos críticos e negativos da modernidade que estão presentes dentro do âmago das próprias revoluções. O objetivo deste texto consiste em analisar os elementos modernos presentes nas revoluções que são admirados por Arendt, bem como os retornos que ela faz à antiguidade, de modo que seja possível contrapô-los e mostrar que, apesar de a autora louvar os feitos modernos das revoluções, o faz tendo Atenas e Roma como referências, já que a forma de participação dos conselhos provenientes das revoluções lembra, em grande escala, a polis grega, e a liberdade pública exaltada pelas revoluções corresponde à liberdade dos antigos, da mesma maneira como o ato de fundação da república americana lembra com grande vigor a fundação da "cidade eterna". O objetivo, longe de enquadrar Arendt em alguma das categorias que seus comentadores já fizeram, está em perceber a relevância de não negar a importância que os antigos legaram para as considerações "modernas" de Arendt, assim como voltar os olhares para essa autora como alguém que realmente pensou seu tempo tendo os antigos como alguns parâmetros, mas não considerando isso de forma inteiramente negativa. Em outras palavras, trata-se de tentar assumir esse caráter presente na obra de Arendt, sem que ele seja tomado como um defeito.In On Revolution, Arendt points to the positive political forces reborn through revolutionary movements, but also criticizes what she sees as the negative aspects of these revolutions. She compares the modern elements in these revolutions, which she admired, with Athens and Rome, and celebrates participation in revolutionary councils as a renewal of the ancient Greek polis. Arendt praises the public freedom exalted by these revolutions as a reflection of the freedom of the ancients, and compares the American founding with the founding of Rome. Some critics have accused Arendt of focusing too much on the ancients, and thus overemphasizing the negative aspects of modern revolutions. In fact, she does use the ancients as a standard by which to measure the modern, but this does not undermine her larger project. Using the ancients as a standard allows her to highlight the positive aspects of revolution in the modern world.

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