Abstract
Partindo do debate de Paris, com Derrida, que se defende ter tido uma importante repercussão no caminho de Gadamer, pretende aclarar-se a noção de boa vontade. Tardiamente surgida e não isenta de certa imprecisão, que se detecta no debate em que ganha relevo, está ausente de Verdade e Método e só chega a explicitar-se posteriormente em relação com a solidaridade. O presente trabalho procura mostrar que antes do conteúdo ético, que chega a assumir, tem inicialmente um sentido pré-ético, que o aproxima do conceito hermenêutico de abertura da compreensão. Finalmente, fenomenologicamente considerado, defende-se que tem a sua raiz na empatia.