O autor destaca a necessidade de uma atitude rigorosamente fenomenológica em psicopatologia. Os conceitos estabelecidos por Husserl devem ser seguidos tanto quanto possível. Então o autor mostra as desvantagens da multiplicidade de "fenomenologias" e o perigo de misturar regras científicas clássicas nos estudos de psicologia fenomenológica e psicopatologia. O autor diferencia a fenomenologia transcendental da psicologia fenomenológica e da psicopatologia, como ciências positivas, ao mesmo tempo que mostra a possibilidade de uma orientação genética e dinâmica da psicopatologia fenomenológica. O autor (...) relaciona alguns exemplos da aplicação dos princípios de Husserl na psicopatologia e na medicina psicossomática, mostrando a fecundidade dessa aplicação. (shrink)

É com grande prazer que realizo este projeto. Não apenas por realizar um trabalho de um trabalho de amor para um amigo querido, Denis Guénoun, mas também por oferecer um presente para todos os anglófonos. Desde Sartre, não surgiu uma voz tão original no cenário francês. Guénoun escreve com autoridade em várias disciplinas, na grande tradição dos intelectuais franceses: filosofia, teatro, literatura, literatura de arte e literatura de arte; no entanto, ele escreve com a voz irreverente e poderosa irreverente e (...) poderosa necessária para chamar a atenção de especialistas em cada um desses campos. (shrink)

A fenomenologia encontra-se em um momento crítico, enquanto investigadores reinterpretam textos canônicos e reverenciados de Edmund Husserl, Martin Heidegger e Maurice Merleau-Ponty para tentar demonstrar sua importância política e ética. Mais especificamente, os fenomenólogos desejam demonstrar a relevância da fenomenologia para as análises críticas das diversas identidades sociais. Devido aos compromissos metodológicos com o método transcendental, uma predileção por evidências apodíticas, o apelo para a suspensão da atitude natural e a busca por categorias ontológicas gerais, os investigadores contemporâneos não reconheceram (...) imediatamente a fenomenologia como uma fonte provável para teorizar as estruturas históricas e contingentes. Talvez o problema seja que a própria Filosofia em si, como observa Helen Ngo (2019), tem “uma tendência bem conhecida em direção à abstração e à conceitualização que pode dificultar o reconhecimento da natureza profundamente histórica e da especificidade situada do racismo” (p. 207; grifo nosso). De fato, a descrição de Ngo sobre o “acerto de contas” da raça pela Filosofia é muito apropriada; a Filosofia precisa confrontar suas práticas de omissão e supressão ou, em resumo, seu racismo. Certamente, uma filosofia como a fenomenologia, que leva a sério a experiência vivida e o mundo da vida, precisa teorizar a raça como uma característica fundamental da experiência vivida e da criação de sentidos. Não fazer isso indicaria um profundo fracasso em se envolver com o famoso “problema da linha de cor” que W. E. B. Du Bois (1989) entendeu tão agudamente como o principal problema do século XX, mas que claramente continua a nos assombrar. (shrink)

¿En qué consiste el sentimiento de lo sublime? ¿Cual es su naturaleza, su estatuto? ¿Qué tipo de relaciones teje con la imaginación y la intuición intelectual del “elemento de lo inteligible”? ¿Cómo están presentes allí afectividad y Gemüt? ¿Cómo entender su relación con los afectos, lo afectivo, el sentir y el sentimiento? Las respuestas a estas cuestiones son empren didas por Richir en este corto texto en el que comenta y analiza detalladamente algunos de los parágrafos más notables de la (...) Crítica del discernimiento de Kant; se detiene magistralmente en la “Observación general sobre la exposición de los juicios estéticos reflexionantes”, con la que Kant cierra la “Analítica de lo sublime”, para concluir con tres observaciones que no sólo constituyen una visión general del texto sino, también, los trazos generales de su propia pro puesta: i) los afectos como sensaciones, temporalizados en presente y situados en relación al espacio y al Leib, son siempre acogidos por el Gemüt, no como una “señal” física, sino como algo ya incorpóreo y capaz de constituir, en los actos intencionales, la hylé fenomenológica (por lo demás inmaterial); ii) las afecciones son, en el Gemüt, aquello en lo que éste experimenta sus movimientos, de suyo ajenos al presente y al espacio, y que se despliegan sin trayectoria en un “elemento” que no es el elemento de lo inteligible, aunque no es ajeno a él. iii) finalmente, el Gemüt, que tiene relación con la afectividad, con el alma e incluso con el espíritu, es algo así como la raíz, “la fuente de todo”, una de cuyas dimensiones es la afectividad, primordial o ar caica, el corazón (thymos) o la intimidad que puede resonar con el elemento de lo inteligible por ser lo radicalmente externo (aunque de una exterioridad no espacial), y esto, por la mediación del esquematismo y de su interrupción. Estas tres posiciones llevarán a Richir muy cerca de la definición Kantiana del Gemüt: “el ánimo es por sí solo; es todo vida, el mismo principio de la vida”. (shrink)