O artigo procura mostrar em que sentido a democracia deliberativa proposta pelateoria discursiva de Jürgen Habermas dá conta do problema dos reducionismos econômicose juridificantes da mundialização ou globalização, entendida como uma colonização técnico-sistêmica do mundo da vida. Recorrendo a sua concepção de um ethos democráticotransnacional embasado na soberania popular, a teoria habermasiana logra resgatar ocaráter normativo da mundialização através da irredutibilidade de valores humanos como aliberdade, a dignidade e os direitos humanos, inerentes às mais diferentes e incompatíveisautocompreensões de mundos da (...) vida. (shrink)

Trata-se de revisitar a formulação habermasiana do universalismo moral de forma a evitar as aporias do naturalismo e do relativismo cultural, segundo uma perspectiva pragmáticoformal capaz de fazer jus ao complexo fenômeno da religião em um mundo pós-secular pluralista, onde crentes, ateus e agnósticos podem coexistir e participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e tolerante.

Trata-se de mostrar em que sentido a concepção normativa de pessoa em John Rawls pressupõe uma transformação semântica da concepção kantiana de subjetividade transcendental, em particular do seu ideal de personalidade (Persönlichkeit). Uma reinterpretação kantiana da concepção normativa de pessoa logra explicar o dispositivo procedimental do equilíbrio reflexivo para responder a críticas comunitaristas em defesa do individualismo inerente ao liberalismo político, concebido não mais como uma doutrina abrangente da auto-identidade mas como um construtivismo, num modelo coerentista de justificativa epistêmico-moral. PALAVRAS-CHAVE (...) – Construtivismo. Equilíbrio reflexivo. Liberalismo político. Personalidade. ABSTRACT The article seeks to show in which sense Rawls’s normative conception of the person does presuppose a semantic transformation of the Kantian conception of transcendental subjectivity, particularly of his ideal of personhood (Persönlichkeit). A Kantian reinterpretation of the normative conception of the person succeeds in accounting for the procedural device of reflective equilibrium so as to address communitarian criticisms in defense of the individualism inherent in political liberalism, conceived no longer as a comprehensive doctrine of selfidentity but as a constructivism, within a coherentist model of moral epistemology. KEY WORDS – Constructivism. Personhood. Political liberalism. Reflective equilibrium. (shrink)

Trata-se de mostrar em que sentido a concepção normativa de pessoa em John Rawls pressupõe uma transformação semântica da concepção kantiana de subjetividade transcendental, em particular do seu ideal de personalidade (Persönlichkeit). Uma reinterpretação kantiana da concepção normativa de pessoa logra explicar o dispositivo procedimental do equilíbrio reflexivo para responder a críticas comunitaristas em defesa do individualismo inerente ao liberalismo político, concebido não mais como uma doutrina abrangente da auto-identidade mas como um construtivismo, num modelo coerentista de justificativa epistêmico-moral. PALAVRAS-CHAVE (...) – Construtivismo. Equilíbrio reflexivo. Liberalismo político. Personalidade. ABSTRACT The article seeks to show in which sense Rawls’s normative conception of the person does presuppose a semantic transformation of the Kantian conception of transcendental subjectivity, particularly of his ideal of personhood (Persönlichkeit). A Kantian reinterpretation of the normative conception of the person succeeds in accounting for the procedural device of reflective equilibrium so as to address communitarian criticisms in defense of the individualism inherent in political liberalism, conceived no longer as a comprehensive doctrine of selfidentity but as a constructivism, within a coherentist model of moral epistemology. KEY WORDS – Constructivism. Personhood. Political liberalism. Reflective equilibrium. (shrink)

Trata-se de mostrar em que sentido a concepção normativa de pessoa em John Rawls pressupõe uma transformação semântica da concepção kantiana de subjetividade transcendental, em particular do seu ideal de personalidade. Uma reinterpretação kantiana da concepção normativa de pessoa logra explicar o dispositivo procedimental do equilíbrio reflexivo para responder a críticas comunitaristas em defesa do individualismo inerente ao liberalismo político, concebido não mais como uma doutrina abrangente da auto-identidade mas como um construtivismo, num modelo coerentista de justificativa epistêmico-moral. PALAVRAS-CHAVE – (...) Construtivismo. Equilíbrio reflexivo. Liberalismo político. Personalidade. ABSTRACT The article seeks to show in which sense Rawls’s normative conception of the person does presuppose a semantic transformation of the Kantian conception of transcendental subjectivity, particularly of his ideal of personhood. A Kantian reinterpretation of the normative conception of the person succeeds in accounting for the procedural device of reflective equilibrium so as to address communitarian criticisms in defense of the individualism inherent in political liberalism, conceived no longer as a comprehensive doctrine of selfidentity but as a constructivism, within a coherentist model of moral epistemology. KEY WORDS – Constructivism. Personhood. Political liberalism. Reflective equilibrium. (shrink)

A impossibilidade de se fundamentar os direitos humanos hoje de maneira satisfatória, sem recorrer a modelos essencialistas ou metafísicos, parece correlata à universalidade de sua defesa e promoção. Uma abordagem fenomenológica favorece uma leitura perspectivista da alteridade, tornando altamente defensável e razoável que se aplique uma semântica transcendental ao problema da fundamentação dos direitos humanos. PALAVRAS-CHAVE – Alteridade. Direitos humanos. Fenomenologia. Perspectivismo. Semântica transcendental. Universalidade. ABSTRACT The impossibility of satisfactorily grounding human rights today, without resort to essentialist or metaphysical models, (...) seem correlated to the universality of their defense and promotion. A phenomenological approach favors a perspectivist reading of alterity, making highly defensible and reasonable that a transcendental semantics be applied to the problem of the foundations of human rights. KEY WORDS – Alterity. Human rights. Perspectivism. Phenomenology. Transcendental semantics. Universality. (shrink)

A impossibilidade de se fundamentar os direitos humanos hoje de maneira satisfatória, sem recorrer a modelos essencialistas ou metafísicos, parece correlata à universalidade de sua defesa e promoção. Uma abordagem fenomenológica favorece uma leitura perspectivista da alteridade, tornando altamente defensável e razoável que se aplique uma semântica transcendental ao problema da fundamentação dos direitos humanos. PALAVRAS-CHAVE – Alteridade. Direitos humanos. Fenomenologia. Perspectivismo. Semântica transcendental. Universalidade. ABSTRACT The impossibility of satisfactorily grounding human rights today, without resort to essentialist or metaphysical models, (...) seem correlated to the universality of their defense and promotion. A phenomenological approach favors a perspectivist reading of alterity, making highly defensible and reasonable that a transcendental semantics be applied to the problem of the foundations of human rights. KEY WORDS – Alterity. Human rights. Perspectivism. Phenomenology. Transcendental semantics. Universality. (shrink)

Kant’s dualism in anthropology and morality is said to be bridged only by means of a teleologywhich seems to betray the historical constitution of its subjectivity. And yet the Kantianarticulation of problems of theoretical and practical reason can be explored only insofar asthey help us understand the correlated problems of the unity of reason, the relation of aestheticsand ethics in the light of the three Critiques, and the teleological conception of history.In this paper, I argue for a teleological reading of (...) the systematic architectonic so as tomake sense of the concept of purposiveness as the a priori principle of judgment in its logical,aesthetic, and teleological reflection and of the unifying, a priori principles of each faculty–namely, conformity to law, final purpose, and conformity to purpose or purposiveness(Gesetzmäßigkeit, Endzweck, Zweckmäßigkeit) – respectively dealt with in the three Critiques. (shrink)

A filosofia social se propõe a explicitar o social inserido nas múltiplas formas de vida e compreendido como condição constitutiva para se entender a liberdade e a individualidade. Nesse sentido, a filosofia social questiona não apenas a legitimidade das instituições sociopolíticas mas também a justificação de nossas ações e, sobretudo, das estruturas das instituições e práticas sociais orientadas à emancipação. Pretendemos explicitar em que sentido o programa social “Mais IDH” pode ser concebido como uma forma de vida social emancipatória que (...) está inserida numa expressão normativa do social cuja orientação à práxis se fundamenta na efetividade social enquanto condições mínimas de existência social. (shrink)

A 4ª Revolução Industrial é o culminar da era digital. Atualmente, tecnologias como robótica, nanotecnologia, genética e inteligência artificial prometem transformar nosso mundo e a maneira como vivemos. O campo da Segurança e da Ética da Inteligência Artificial são áreas de pesquisa emergentes que vêm ganhando popularidade nos últimos anos. Diversas organizações de cunho privado, público e não governamentais têm publicado diretrizes propondo princípios éticos para a regulamentação do uso e desenvolvimento de sistemas inteligentes autônomos. Meta-análises do campo de pesquisa (...) em Ética da IA apontam uma convergência sobre certos princípios éticos que, supostamente, governam a indústria da IA. Entretanto, pouco se sabe sobre a eficiência desta forma de “Ética”. Neste estudo, gostaríamos de realizar uma análise crítica do atual estado da Ética da IA, e sugerir que essa forma de governança baseada em diretrizes éticas principialista não é suficiente para normatizar a indústria da IA e seus desenvolvedores. Acreditamos que drásticas mudanças sejam necessárias, tanto nos processos de formação de profissionais das áreas ligadas ao desenvolvimento de software e sistemas inteligentes quanto no aumento da regulamentação desses profissionais e sua indústria. Para tanto, sugerimos que o Direito se beneficie das contribuições recentes da Bioética, de forma a explicitar em termos legais as contribuições da Ética da IA para a governança. (shrink)

By placing John Dewey between John Rawls and Richard Bernstein, I argue for a socialist reading of Dewey’s takes on liberal democracy that moves away both from conservative readings of Dewey of those who claim that his democratic liberalism actually belongs to right-wing or center views, and from left-wing, communitarians who dismiss such views as irrelevant for socialist and radical variants of liberal democracy. Overall, it can be shown that Rawls and Dewey’s different takes on political liberalism could be ultimately (...) reconciled, given their similar takes on democracy, pluralism, and the person. Rawls’ rehabilitation of Kant can itself be shown to be closely related to his reading of Dewey. Furthermore, as Bernstein argues, such a renewal of Dewey’s social and political philosophy in Rawls’s political constructivism and reflective equilibrium was decisive for the great pragmatist turn observed in the second, third, and fourth generations of critical theory, not only in the so-called Frankfurt School (especially Habermas, Honneth, Forst) but also in feminist and decolonial thinkers such as Nancy Fraser, Seyla Benhabib, Judith Butler, Rahel Jaeggi, and Amy Allen. Dewey’s pragmatist turn in political philosophy allows thus for a dynamic, robust correlation between radical democracy and public education, which could be implemented in emerging democracies like Brazil. (shrink)

Explanatory diversity is a salient feature of the sciences of the mind, where different projects focus on neural, psychological, cognitive, social or other explanations. The same happens within embodied cognitive science, where ecological, enactive, dynamical, phenomenological and other approaches differ from each other in their explanations of the embodied mind. As traditionally conceived, explanatory diversity is philosophically problematic, fueling debates about whether the different explanations are competing, compatible, or tangential. In contrast, this paper takes the perspective of embodied cognitive science (...) as its starting point and accordingly approaches explanatory diversity not as a problem to be solved, but as a phenomenon to be understood. Recent work has explored how the view of cognition as embodied motivates reflexively viewing science as a situated embodied cognitive practice. Here I argue that this reflexive turn motivates adopting a pluralistic stance when it comes to questions about theoretical and methodological disagreements. In particular, it motivates moving away from thinking in terms of explanations as disembodied entities that compete with one another, and instead thinking in terms of different explanatory styles as embodied practices of explaining, many of which might be legitimate and warranted independently of whether and how the explanations themselves relate to one another. (shrink)

On the face of it, the perspective that Casper puts forward in his paper (Chap. 2) and the one I offer in mine (Chap. 4)are completely at odds with each other. He sees the current diversity of explanations, theories and methods in embodied cognitive science as problematic and calling for some kind of integration, whereas I defend an extreme pluralist stance and don’t see the diversity as a problem. Not only that, but while he argues for coordination between the disparate (...) approaches, I propose that expecting such coordination is in many cases unrealistic and moreover that, even when it’s possible, it might be counterproductive. The straightforward thing to do now would be for me to double down and use this space to try to show why I’m right and Casper is wrong. But I don’t think he’s wrong. He and I do disagree, but I don’t think it’s that sort of disagreement where only one side can be right and the other must be wrong. In particular, I don’t think that focusing on the different conclusions he and I draw in our respective chapters is a fruitful way to understand the nature of our disagreement. My goal in this commentary will be to explain why. I don’t know if Casper will agree with my assessment or not, but I won’t be surprised if he doesn’t—in fact, as I will suggest, this would make perfect sense given what I propose in my chapter. Still, my hope is that, by clarifying how (from my perspective) our different views relate to each other, I can help some readers better appreciate both his proposal and mine. (shrink)

Voltaire teve um importante papel na disseminação do newtonianismo no continente europeu. Mas também ele foi responsável pela tentativa mais direta de estender a autoridade de Newton a outros temas filosóficos, além daqueles relativos à matemática e à física. O livro La Métahysique de Newton, publicado em 1740, é uma prova disso. Neste artigo, o livro de Voltaire é analisado a partir do contexto das polêmicas entre partidários de Newton e de Leibniz. Procura-se identificar nexos entre o projeto esboçado no (...) La Métaphysique e as especulações de Hume e de Kant sobre os problemas metafísicos da teoria newtoniana da gravitação universal. (shrink)

Estuda de forma multidisciplinar a bioética e o biodireito, em face dos avanços provocados pela biotecnologia na área jurídica e metajurídica.

Philosophy of science has undergone a naturalistic turn, moving away from traditional idealized concerns with the logical structure of scientific theories and toward focusing on real-world scientific practice, especially in domains such as modeling and experimentation. As part of this shift, recent work has explored how the project of philosophically understanding science as a natural phenomenon can be enriched by drawing from different fields and disciplines, including niche construction theory in evolutionary biology, on the one hand, and ecological and enactive (...) views in embodied cognitive science, on the other. But these insights have so far been explored in separation from each other, without clear indication of whether they can work together. Moreover, the focus on particular practices, however insightful, has tended to lack consideration of potential further implications for a naturalized understanding of science as a whole (i.e., above and beyond those particular practices). Motivated by these developments, here we sketch a broad-ranging view of science, scientific practice and scientific knowledge in terms of ecological-enactive co-construction. The view we propose situates science in the biological, evolutionary context of human embodied cognitive activity aimed at addressing the demands of life. This motivates reframing theory as practice, and reconceptualizing scientific knowledge in ecological terms, as relational and world-involving. Our view also brings to the forefront of attention the fundamental link between ideas about the nature of mind, of science and of nature itself, which we explore by outlining how our proposal differs from more conservative, and narrower, conceptions of “cognitive niche construction.”. (shrink)

In the graphical representation of ontologies, it is customary to use graph theory as the representational background. We claim here that the standard graph-based approach has a number of limitations. We focus here on a problem in the graph-based representation of ontologies in complex domains such as biomedical, engineering and manufacturing: lack of mereotopological representation. Based on such limitation, we proposed a diagrammatic way to represent an entity’s structure and various forms of mereotopological relationships between the entities.

Debate about cognitive science explanations has been formulated in terms of identifying the proper level(s) of explanation. Views range from reductionist, favoring only neuroscience explanations, to mechanist, favoring the integration of multiple levels, to pluralist, favoring the preservation of even the most general, high-level explanations, such as those provided by embodied or dynamical approaches. In this paper, we challenge this framing. We suggest that these are not different levels of explanation at all but, rather, different styles of explanation that capture (...) different, cross-cutting patterns in cognitive phenomena. Which pattern is explanatory depends on both the cognitive phenomenon under investigation and the research interests occasioning the explanation. This reframing changes how we should answer the basic questions of which cognitive science approaches explain and how these explanations relate to one another. On this view, we should expect different approaches to offer independent explanations in terms of their different focal patterns and the value of those explanations to partly derive from the broad patterns they feature. (shrink)

CRIMINALIDADE E DIREITO: DIÁLOGO ENTRE A EVOLUÇÃO DO SISTEMA PUNITIVO E A MENTALIDADE SOCIAL.

Este artigo insere-se no trabalho de pesquisa Intitulado Observatório da Formação Docente- construção de identidades dos professores em que tem o objetivo de contribuir para a Rede Colaborativa de Investigação-Formação-Serviço sobre políticas públicas de formação e desenvolvimento docente. Neste recorte, faz-se uma análise reflexiva acerca da formação de professores na área de Letras- Língua Portuguesa para o exercício da profissão docente junto ao público dos ensinos fundamental e médio. O intuito inicial das discussões e partilhas de experiências em rede internacional (...) é de buscar experiências inovadoras nos processos de formação de professores. Em busca de aprofundamentos e de base teóricas para a sustentação do propostas formativas entendemos que a maior experiência de inovação seria recuperar as bases humanísticas para que, assim, retornássemos ao conceito humano como centro de todas as atividades educacionais. Tratamos, portanto, da crise das especialidades no mundo pós-moderno e verificamos os conceitos basilares para a construção da identidade dos profissionais da área de linguagem por meio das interpretações analíticas dos projetos políticos pedagógicos de cursos de Licenciatura em Letras. (shrink)

Futsal is a sport that presents alternation of high- and low-intensity moments, which lacks investigations regarding the effects of the organization of the training load on biomotor skills. In this sense, this study aims to verify the monitoring of the training load throughout the season and the behavior of biomotor skills in futsal athletes. Twelve futsal athletes from the adult category, who competed in the first division of the Paulista championship, participated in the study. Throughout the season, the internal training (...) load was calculated, through the relationship between volume and the rate of perceived exertion, monotony, and training strain. The training periods were divided into preparatory, competitive, and competitive II for a total of four moments of evaluation: M1: at the beginning of the preparatory period; M2: 50 week, at the end of the preparatory period; M3: 13th week, in the middle of the competitive period; and M4: at the start of the competitive period II. The tests used were: Power of lower limbs: countermovement jump ; Displacement speed, over the 10-meter distance, and Aerobic power by the Carminatti test. The variables analyzed were compared at different moments of evaluation using the two-way ANOVA completed by the Bonferroni test. For monotony, training strain, and ILT, the ANOVA ONE-WAY test was used between the evaluation periods completed by the Bonferroni test. The significance value adopted was p < 0.05. A significant improvement was observed in the power of lower limbs from M1 to M3, from M2 to M3, and from M1 to M4. Aerobic power showed a significant increase from M1 to M3 and from M1 to M4. The ITL showed a difference between competitive I and II in relation to the preparatory period. In conclusion, the proposed training organization was sufficient to improve the power of the lower limbs and the aerobic power. (shrink)

Psychology has a WEIRD problem. It is overly reliant on participants from Western, Educated, Industrialized, Rich, and Democratic societies. Over the last decade this problem has come to be widely acknowledged, yet there has been little progress toward making psychology more diverse. This Element proposes that the lack of progress can be explained by the fact that the original WEIRD critique was too narrow in scope. Rather than a single problem of a lack of diversity among research participants, there are (...) at least four overlapping problems. Psychology is WEIRD not only in terms of who makes up its participant pool, but also in terms of its theoretical commitments, methodological assumptions, and institutional structures. Psychology as currently constituted is a fundamentally WEIRD enterprise. Coming to terms with this is necessary if we wish to make psychology relevant for all humanity. (shrink)

[...] Como nasce o Novo, lançado em 2018 pela editora Todavia, de autoria de Marcos Nobre. O livro é um trabalho raro de tradução e exegese de um trecho central de um clássico da Filosofia alemã e mundial, Fenomenologia do Espírito, de G. W. F. Hegel. Esta obra pode interessar tanto ao leitor inicial quanto ao especialista no sentido estrito do termo. A obra se divide em ao menos três partes principais, 1) uma “Apresentação” de toda a problemática envolvida nesta (...) obra fundamental de Hegel; 2) A tradução da Introdução à Fenomenologia do Espírito, que se faz acompanhar do texto original, sinopticamente disposto; 3) a Análise e comentário do texto, que é completada com a divisão esquemática do texto e com quadros sinópticos da divisão proposta, bem como de uma tábua de termos da tradução adotada. Em cada uma dessas partes, Marcos Nobre explicita seu método e deixa ao leitor opções para seguir ou não os passos do autor, isto é, há um “Manual de instruções” em cada uma das etapas, tornando a obra bastante democrática e aberta. O livro nos é apresentado já mediante a polêmica, ao que tudo indica infindável, a respeito do “lugar” da Fenomenologia do Espírito na organização sistemática da obra de Hegel. O trabalho minucioso de Marcos Nobre expõe todas as jogadas possíveis desse jogo aberto; realça nuances extremamente sutis entre as interpretações, e consegue fazer o leitor ter a certeza de que só está na largada de uma longa viagem. [...]. (shrink)

Este livro, escrito por vários autores, apresenta e discute os resultados das pesquisas de geógrafos conceituados sobre problemas e temáticas da Geografia em evidência na atualidade. Visa atender tanto os profissionais da área, como pesquisadores e professores, como os alunos em processo de formação intelectual e profissional. Dividido em cinco partes, o livro apresenta um conjunto variado de análises sobre questões diversas como - temas emergentes na geografia, pesquisa e prática de ensino, geografia e interdisciplinaridade, formação de professores, metodologia de (...) ensino e aprendizagem. (shrink)

Thomas Kuhn's philosophy of science, which he developed by focusing on physics, was later applied by other authors to virtually all areas or disciplines of culture. What interests me here, however, is the movement in the opposite direction: the role that one of these disciplines, history of art, played in the conception of Kuhn'stheoryof science.In a 1969 article, his only published text concerning science and art, Kuhn makes a brief and intriguing observation about The Structure of Scientific Revolutions. He says (...) the book was a belated product of his discovery of the parallels between science and art. This is a retrospective assertion about Structure, as well as that of the... (shrink)

Resumo Neste artigo, será discutida a noção de “infinitude cardinal” – a qual seria predicada de um “conjunto” – e a noção de “infinitude ordinal” – a qual seria predicada de um “processo”. A partir dessa distinção conceitual, será abordado o principal problema desse artigo, i.e., o problema da possibilidade teórica de uma infinitude de estrelas tratado por Dummett em sua obra Elements of Intuitionism. O filósofo inglês sugere que, mesmo diante dessa possibilidade teórica, deveria ser possível predicar apenas infinitude (...) ordinal. A questão principal surge do fato de que parece ser problemático predicar ordinalmente infinitude de “estrelas”. Mesmo diante dessa possibilidade, Dummett sugere que o intuicionista poderia apenas reinterpretar infinitude cardinal como sendo infinitude ordinal. Ora, iremos mostrar que, se Dummett não fornece razões extras que sustentem essa posição, então será difícil interpretar um caso empírico infinitário como sendo também um caso ordinal ou potencial de infinitude. Para resolver esse problema de Dummett, em Brouwer se encontram alguns pressupostos idealistas necessários para argumentar em favor da ideia de que, mesmo em um contexto empírico, como o de uma infinitude de estrelas, poderíamos predicar infinitude ordinal. Então, depois de discutir as duas noções de “infinitude” e apresentar o problema de Dummett, será apresentada a abordagem idealista de Brouwer – a qual pelo menos explicaria de modo mais plausível as razões que poderiam motivar um intuicionista a predicar infinitude ordinal até mesmo de um caso empírico e espacial. (shrink)

An intuitive view is that creativity involves bringing together what is already known and familiar in a way that produces something new. In cognitive science, this intuition is typically formalized in terms of computational processes that combine or associate internally represented information. From this computationalist perspective, it is hard to imagine how non-representational approaches in embodied cognitive science could shed light on creativity, especially when it comes to abstract conceptual reasoning of the kind scientists so often engage in. The present (...) article offers an entry point to addressing this challenge. The scientific project of embodied cognitive science is a continuation of work in the functionalist tradition in psychology developed over a century ago by William James and John Dewey, among others. The focus here is on how functionalist views on the nature of mind, thought, and experience offer an alternative starting point for cognitive science in general, and for the cognitive science of scientific creativity in particular. The result may seem paradoxical. On the one hand, the article claims that the functionalist conceptual framework motivates rejecting mainstream cognitive views of creativity as the combination or association of ideas. On the other hand, however, the strategy adopted here—namely, revisiting ideas from functionalist psychology to inform current scientific theorizing—can itself be described as a process of arriving at new, creative ideas from combinations of old ones. As is shown here, a proper understanding of cognition in light of the functionalist tradition resolves the seeming tension between these two claims. (shrink)

In this paper I identify a tension between the two sets of works by Kuhn regarding the genesis of the “new historiography” of science. In the first, it could be said that the change from the traditional to the new historiography is strictly endogenous. In the second, the change is predominantly exogenous. To address this question, I draw on a text that is considered to be less important among Kuhn’s works, but which, as shall be argued, allows some contact between (...) Kuhn’s two approaches via Koyré. I seek to point out and differentiate the roles of Koyré and Kuhn – from Kuhn’s point of view – in the development of the historiography of science and, as a complement, present some reflections regarding the justification of the new historiography. (shrink)

Despite the importance of the “historiographical revolution” in Kuhn’s work, he did not carry out a specific study about it. Without a systematic investigation into it, he even affirms that the “old” historiography of science (OHS) is unhistorical, suggesting its summary disqualification in the face of his “new historiography” of science (NHS). My wider project, of which this paper is a part, is to better discuss the issue of the justification of the NHS. In this paper, I discuss the justification (...) (and the genesis) of the OHS, focusing on Condorcet and Comte and resorting especially to Koyré. This will allow us to understand that the relation between the OHS and the NHS is a new instance of inter-theoretical incommensurability. And, indeed, that the NHS is not stricto senso a new historiography. It is the same historiography used for other disciplines (art, philosophy), which in the twentieth century begins to be applied to science as well. (shrink)

I critically examine developmental approaches to the notion of habituation in the Nicomachean Ethics. Such approaches conceive of habituation in terms of upbringing. I challenge this view. Developmental approaches provide a restrictive view of habituation. I argue that it is possible for the habituation of character to occur after upbringing. My interpretation avoids the charge that Aristotle only granted the possibility of virtue to those who have had a good upbringing.

This book engages the concept of necropolitics to present a vision of how to understand the physical body as a space of power and resistance to social order, in the context of the Kashmir resistance. The author sheds new light on the relations between India and Pakistan, with a focus on tensions over the Kashmir region, in order to better understand the emergence and stabilization of the narrative that criminalizes and thus justifies the population that rebels against state actions in (...) the region. The research draws from archival and interview research and presents the reader with new insight into both conceptual and material dimensions of necropolitics. (shrink)

Humanity Divided focuses on the multiple challenges associated with the concept of Israel's divine election, especially as reflected in the thought of Martin Buber and other Modern Jewish thinkers such as Franz Rosenzweig, Hermann Cohen, Yeshayahu Leibowitz, David Hartman, Hannah Arendt, and Aviezer Ravitzky. Particular attention is given to the practical application of Israel's chosenness to Jewish nationalism, Zionism, and political Messianism.

Este trabalho é um estudo sobre a manifestação da violência pelo recorte da homofobia com sujeitos LGBTs. Adentrou-se a obra freudiana, objetivando apreender, pela luz da psicanálise, a condição subjetiva do sujeito em relação à sexualidade. O ponto central da pesquisa foi alcançado pelo desenho do que se denominou estatuto do ódio, que foi composto com elementos primordiais da constituição do sujeito. O estatuto denuncia o enlace destrutivo ao outro, aqui representado pelo sujeito LGBT, denuncia uma manifestação do conteúdo arraigado (...) no inconsciente, que alcança o fim último de um gozo do ódio caracterizado pela discriminação preconceituosa e cruel. Nessa perspectiva, destacou-se a necessidade de se construir urgentemente uma realidade social mais justa, mais bem alicerçada sobre o conhecimento científico, ético e político. Abordou-se, por fim, o enfrentamento desse ódio por uma educação emancipadora em direitos humanos comprometida com projetos de reconhecimento e de valorização da diversidade, com vistas à cidadania, minimização da opressão sociopolítica e manejo de conflitos para uma não violência. (shrink)

O artigo argumenta que a teoria dos poderes políticos de Thomas Hobbes no Leviatã é inovadora, consistente e muito bem integrada no debate da época e em sua filosofia política. Essa teoria se revela na versão latina do Leviatã com a inserção pelo autor do binômio da potentia e da potestas, que traduz a palavra power, tornando explícita uma distinção que antes poderia ser compreendida apenas analiticamente. O uso dos dois conceitos por Hobbes é um tema pouco explorado pela literatura (...) e, mesmo aqueles e aquelas especialistas que tratam do binômio não interpretam adequadamente o texto hobbesiano nem oferecem uma contextualização do tema no debate da época. O presente artigo busca preencher essa lacuna. (shrink)

Ao colocar a diairesis em comunhão com a dialética, Platão rompe com a estrutura dicotômica-unívoca parmenídica; no Fragmento 2 do Poema Da Natureza, a deusa estabelece que há apenas dois caminhos para a verdade, um que é e outro que não é. Desses dois caminhos, Parmênides nega o segundo, afirmando que é impossível conhecer o que não é: para o filósofo préssocrático conhecer algo está relacionado ao é, logo, para ele, é impossível conhecer o que não é. De maneira que (...) há, em Parmênides, uma cisão entre “ser” e “não-ser”. O desafio, ao qual nos propomos neste artigo, é explorar as implicações, para a diairesis no Sofista de Platão, quanto à afirmação parmenídica sobre a impossibilidade cognoscível a respeito do não-ser. (shrink)

Many clusters of small and medium enterprises (SMEs) in Less Developed Countries (LDC) are counteracting the “race to the bottom” by becoming competitive while at the same time “socially upgrading” in order to successfully improve their innovation capacity, social, environmental and labor standards, and health-and-safety issues. There is significant literature on the competitiveness of clusters and SMEs, but little research about how and why competitive small firms in LDCs are socially upgrading. Issues such as Corporate Social Responsibility (CSR) and public (...) policies have influenced the initiatives for cluster social upgrading. The objective of this article is to discuss a conceptual framework to understand what factors may lead SMEs to organize themselves to overcome obstacles to collective action for social upgrading.The traditional cluster literature relies on the internal dynamics of the clusters for upgrading. Through interaction among cluster members (firms, supporting organizations, etc.), firms would learn from each other. This would help firms to innovate and develop new products, processes, functions and markets. Besides this literature, three other basic frameworks that explain the way firms can upgrade have been developed recently in the literature: upgrading through markets, through CSR and through better enforcement of regulation. Those frameworks can bring certain insights to a better understanding of social upgrading. (shrink)