Através de temas de atualidade que circularam em jornais e relatórios de organizações não-governamentais, este ensaio procura interrogar a epidemia de SARS-CoV-2 tendo como eixo norteador o que Artaud denomina, em seu texto O teatro e a peste, como desvios morais e fracassos da psicologia em situações de flagelo. Que sentimentos uma situação de flagelo desperta no ser humano? E como esses sentimentos contagiam as narrativas que tentam se apropriar e interpretar o caos? Trata-se de pensar o momento atual sem (...) se lançar em tentações de predição; um exercício de pensar a urgência despida de seu inerente apelo ao messianismo, buscando permanecer no patamar do flagelo. Temas como engenharia social, o caráter religioso assumido pelo discurso científico e a noção de desmedida servem-nos de elementos transversais de análise. (shrink)

O Problema da Personalidade é o nome dado a uma série de conferências proferidas por Bergson no quadro das Gifford Lectures em 1914. Dessas conferências, conhecemos apenas os resumos, que foram publicados em inglês na coletânea de textos Mélanges, seguidos na mesma obra de uma tradução para o francês de Martine Robinet. Mais recentemente, essa tradução para o francês foi revista e acrescentada de um extenso aparato crítico, por ocasião da publicação dos Écrits philosophiques, último volume da edição crítica da (...) obra de Bergson, publicada pelas Presses Universitaires de France. A presente tradução de O problema da personalidade toma como base o texto original em inglês, publicado nos Mélanges, enriquecendo-o com a tradução das notas de Élie During publicadas no mencionado aparato crítico dos Écrits philosophiques. (shrink)

“Grandes epidemias”, de Émile Littré, é um ensaio que se debruça sobre a história das epidemias e tenta lançar as bases para uma história patológica da humanidade, a partir dessas grandes calamidades. O texto também avança no que Littré chama de “afecções menos grosseiras”, que ele identifica com “doenças nervosas”, considerando‑ as em seu caráter epidêmico. Essa transição entre duas categorias de infortúnios de ampla repercussão abre uma série de questões concernentes à definição mesma de epidemia, e nos dá a (...) oportunidade de pensar a peste como metáfora. Apresentamos aqui uma versão portuguesa deste texto, publicado originalmente em 1836, mas que se mantém muito atual em várias das suas afirmações. (shrink)

A pandemia da COVID-19 causou uma completa modificação nas formas de interação e comportamento social, visto que a contenção do vírus tornou-se prioridade mundial. O Estado, junto à medicina, passou a determinar os protocolos sanitários seguidos pela comunidade. A partir da indagação do filósofo Giorgio Agamben acerca da facilidade na qual uma sociedade permitiu considerar-se contagiada e entendendo como um período de calamidade deflagra a fragilidade da racionalidade científica diante da demanda por cura, neste artigo objetivou-se analisar se a medicina (...) tem respondido às demandas místicas a ela solicitadas, ou mesmo, se tem forjado demandas mistificadoras que reforçam seu lugar de poder social. Para tal, notas e documentos e posicionamentos de figuras políticas e instituições médicas brasileiras estarão aqui postos em pauta como vitrine que permite a análise da presença do caráter místico no discurso da medicina. É trazida aqui a oportunidade de ponderar as consequências decorrentes da ausência de questionamento acerca da cientificidade das instituições médicas e de suas influências na sociedade contemporânea. A exploração abrange não apenas o funcionamento baseado em conhecimento, mas também ressalta a influência da fé. Portanto, é um convite à reflexão sobre como a prática médica nos convida ao apego da crença na ciência. (shrink)

Este artigo visa debater a ontologia do método a partir da noção de máquinas enquanto produtoras de realidade. Somos dominados pelas mesmas tecnologias que criamos, retroalimentando um aparato que funciona através de nós, que constitui o final da história como concebida por Marx: construída pela humanidade. Realizamos os projetos da modernidade, as potencialidades de nossa cultura ocidental nos provaram ser amedrontadoras. Nossa sociedade foi fabricada segundo regimes de registro, consumo e produção, de tal maneira que o processo nunca para. Quebrar (...) com essa lógica do aparato implica em projetar novas formas e forças que permitam que se projetem novos futuros. Assim, para além do método enquanto ferramenta de trabalho do Real, a deontologia de novos mundos livres de maquinações perversas, do império do método da sociedade pós-industrial, a fim de produzir uma nova história. (shrink)

Este ensaio apresenta representações metafóricas da infância na poética de Manoel de Barros (1916-2014) além de falar das relações da obra com a ilustração, do caráter autorreflexivo da poesia, da estética do fragmentário e das encenações do sujeito lírico. Como corpus de análise para essa leitura serão utilizados os livros Exercícios de ser criança (1999), Memórias Inventadas (2008) e Menino do mato (2010), além de outros textos do conjunto da obra do poeta pantaneiro.Palavras-chave: Poesia. Memória. Iinfância. Manoel de (...) class='Hi'>Barros. (shrink)

El objetivo de este trabajo consiste en presentar una forma de conservadurismo epistémico que sea integral, y que sostiene lo siguiente: a partir de que S cree que p, como respuesta exitosa a su entorno, p adquiere un estatus epistémico favorable por el cual es racional que la creencia se mantenga hasta que aparezcan evidencias superadoras que sean alternativas e incompatibles con p. Además, se indagará en desarrollos posibles que puedan hacer de la versión integral un principio prometedor y a (...) la vez plausible, para concluir que otorga racionalidad a nuestros compromisos doxásticos mediante la constante mejora de las habilidades cognitivas. (shrink)

(Spanish) RESUMEN: La libertad absoluta postulada por Viktor Emil Frankl y Jean-Paul Sartre, la Shoah y la creencia en un dios omnipotente, bueno y justo parecen contradecirse. La pregunta por el sentido del sufrimiento de las víctimas del Holocausto (la verdadera catástrofe, el mayor crimen contra la humanidad), simbolizado por Auschwitz, y como punto de inflexión en la historia, es terriblemente dolorosa y parece no tener una respuesta filosófica ni teológica. A mi juicio, es importantísimo distinguir entre las víctimas inocentes (...) de la Shoah que perecieron y las víctimas inocentes que sufrieron un verdadero infierno y perdieron a sus seres queridos, pero que lograron sobrevivir. Ambas son víctimas, por supuesto, pero así como encontrarle un posible sentido al sufrimiento de las víctimas masacradas y gaseadas podría suponer un insulto a su sufrimiento y agonía –en especial, al horror que sufrieron los niños–, el horrible sufrimiento de los supervivientes pudo dar, tal vez, de alguna manera, un sentido a sus vidas después de la liberación de los campos de concentración y exterminio, ya fuera como voz, como protesta o como simple supervivencia. Frankl apuesta por un sentido último (que abraza el sentido del sufrimiento de las víctimas), y Sartre, aunque parezca no apostar por sentido alguno, volcó su vida al compromiso político después de la Segunda Guerra Mundial, y ello parece vislumbrar una minúscula pizca de sentido después de la barbarie. La filosofía de Frankl es un sí a la vida incluso en las situaciones más extremas, un grito casi nietzscheano que exalta el valor de la vida más allá de cualquier sufrimiento. Frankl, padre de la logoterapia y superviviente del Holocausto, abre una puerta a Dios al hablar de un dios inconsciente, una dimensión suprahumana y una fe incondicional, y define la religión como espiritualidad y como la búsqueda del hombre por el sentido último. Según Frankl, la libertad no se contradice con Dios, y la religión existe no a raíz de la barbarie, sino a pesar de la barbarie. El existencialismo sartreano es una filosofía de la libertad radical y de la responsabilidad. El hombre está condenado a ser libre. El ser humano es un ser en el que la existencia precede a la esencia. Somos totalmente responsables de lo que somos. Sartre afirma que la libertad humana es incompatible con Dios. En un mundo sin Dios, la moral la construyen los hombres, con sus propias decisiones y sus acciones, y la existencia y el sufrimiento de las víctimas no tienen sentido alguno. Sartre define al hombre como libertad, responsabilidad, angustia y contingencia. Frankl define al hombre como libertad, responsabilidad, espiritualidad y búsqueda de sentido. Con esta tesis me propongo entrar en la resbaladiza dimensión del dolor, la desesperación, el sentido y sinsentido del sufrimiento de las víctimas (teniendo presente los horrores de Auschwitz, que en teología y filosofía ha simbolizado desde la liberación de los campos la muerte de Dios y la muerte de la moral). Es verdad que no solo los hombres, mujeres y niños judíos fueron víctimas de la barbarie alemana, pero, como reza el mensaje de Elie Wiesel en la exposición permanente del Block 27 del Auschwitz-Birkeanu State Museum: "Not all victims were Jewish in this place, but all Jews were victims". La Shoah no es un episodio dentro de la Segunda Guerra Mundial, sino un punto de inflexión en la historia de la humanidad, y es una catástrofe que nos concierne a todos, hombres y mujeres judíos y no judíos, religiosos e irreligiosos, creyentes e increyentes, como seres libres, responsables y morales que somos –o que deberíamos ser. Muchas de las víctimas del Holocausto, en medio de la desesperación, entraron en las cámaras de gas orando, aferrándose a la esperanza de que ese final espeluznante no era un punto final. Con esta tesis no me propongo de ninguna manera responder a la eterna pregunta de si Dios existe o no, sino que propongo interpretar ese grito hacia Dios como un desesperado anhelo de esperanza. También me propongo encontrar una coherencia en las posturas de estos dos grandes pensadores para quienes la libertad y la responsabilidad definen al hombre: Frankl (quien apuesta por una dimensión suprahumana donde existe un sentido último en el que el sufrimiento de las víctimas tiene que tener algún sentido, aunque ese sentido sea completamente incomprensible en la dimensión humana) y Sartre (el existencialista ateo por excelencia, para quien el mundo, la existencia y el sufrimiento son absolutamente contingentes). En el primer capítulo expongo la logoterapia y el existencialismo sartreano: describo las tres dimensiones del hombre y las tres búsquedas de sentido propuestas por Frankl, y expongo las cinco consecuencias de "l'existence précède l'essence", centrándome en la libertad y la responsabilidad, y hablo del suicidio. El segundo capítulo está dedicado al dios inconsciente frankleano, la dimensión suprahumana, la búsqueda por el sentido último y la fe incondicional. En el tercer capítulo ilustro la libertad sin Dios sartreana, la ontología sartreana, el ateísmo sartreano y el humanismo sartreano, y hablo sobre la responsabilidad, la mauvaise foi, la contingencia, la situation y la angustia. El cuarto capítulo es necesariamente histórico (sin dejar de ser filosófico): me pregunto por la muerte de Dios después de Auschwitz, argumento y defiendo la unicidad del Holocausto (la Shoah es un punto de inflexión en la historia de la humanidad), describo las masacres antes de los campos de exterminio (Einsatzgruppen, Ordnungspolizei y Wehrmacht), el gigantesco complejo de Auschwitz (Stammlager, Auschwitz-Birkenau y Monowitz-Buna), reflexiono sobre Dios y el mal (centrándome en los niños de Auschwitz), describo los días de Frankl en Auschwitz, hablo de Dios como esperanza, de la inmortalidad y la escatología, de la crueldad de Dios, de la relación entre el cristianismo y el antisemitismo, del islam y el antisemitismo, critico el silencio de Dios, hablo de la muerte de Dios y del juicio contra Dios. En el quinto capítulo expongo la moral frankleana (una moral que atañe al hombre y no a Dios), basándome en su teoría del amor y en su única obra de teatro (Synchronisation in Binkerwald), y la moral sartreana (una moral que atañe a una humanidad sin Dios), recordando a Dostoyevsky, analizando la famosa cita de Garcin en Huis clos "L'enfer, c'est les Autres", criticando el marxismo de Sartre y cuestionando (con la mirada de Frankl y Sartre) el verso de Brecht "Erst kommt das Fressen, dann kommt die Moral"; al final del capítulo incluyo una reflexión propia y las críticas frankleana y sartreana sobre la impunidad de los verdugos y colaboradores después del Holocausto (con el permiso de Dios). Después de la Conclusión, añado un Apéndice sobre las vidas de Frankl y Sartre, para poder entender mejor su obra. PALABRAS CLAVE: logoterapia, existencialismo sartreano, búsqueda de sentido, libertad, responsabilidad, moral, angustia, sufrimiento, supervivientes, víctimas, contingencia, espiritualidad, religión, Dios, esperanza, antisemitismo, culpa, Auschwitz, Holocausto, Shoah. /// (English) ABSTRACT: The absolute freedom defended by Viktor Emil Frankl and Jean-Paul Sartre, the Shoah and the belief in an omnipotent, benevolent and just God seem to contradict each other. The question of the meaning of the victims' suffering of the Holocaust (the true catastrophe, the biggest crime against humanity), simbolised by Auschwitz and as a turning point in History, is terribly painful and doesn't seem to have an answer. In my opinion, it's crucial to distinguish between the innocent victims of the Shoah who perished and the innocent victims who sufferend a real hell and lost their loved ones, but managed to survive. Both are victims, of course, but just as finding a possible meaning to the suffering of the massacred and gassed victims could result in an insult to their suffering and agony –especially to the horror that the children suffered– the gigantic suffering of the survivors could, maybe, somehow, give a meaning to their lives after the liberation of the concentration and extermination camps, either as a voice, as a protest, or as a simple survival. Frankl believes in an ultimate meaning (that embraces the meaning of the victims' suffering), and Sartre, even if it appears not to embrace any meaning, turned his life to political engagement after War World II, and that attitude seems to give a tiny glimpse of meaning after the barbarity. Frankl's philosophy says yes to life even in the most extreme situations, and it's a Nietzschean-like scream that exalts the value of life beyond any monstrous suffering. Frankl, the father of logotherapy and a Holocaust survivor, opens a door to God when he talks about an unconscious God, a supra-human dimension and an unconditional faith; he defines religion as spirituality and as man's search for ultimate meaning. According to Frankl, freedom is not contradictory with God, and religion exists not because of the barbarity but in spite of the barbarity. Sartrean existentialism is a philosophy of radical freedom and responsibility. Men are condemned to be free. We are beings where the existence precedes the essence. We are completely responsible of what we are. Sartre argues that human freedom is incompatible with God. In a godless world, morality is constructed by people, with their own choices and actions, and human existence and the suffering of the victims don't have any meaning. Sartre defines man as freedom, responsibility, Angst and contingency. Frankl defines man as freedom, responsibility, spirituality and search for meaning. With this dissertation I attempt to enter in the slippery dimension of the pain, despair, meaning and meaninglessness of the victims' suffering (having in mind the horrors of Auschwitz, that in theology and in philosophy have simbolised, since the liberation of the camps, the death of God and the death of morality). It's true that not only Jewish men, women and children were victims of the German barbarity, but, as Elie Wiesel's message from the permanent exhibition from Block 27 of the Auschwitz-Birkeanu State Museum reads: "Not all victims were Jewish in this place, but all Jews were victims". The Shoah is not an episode inside War World II, but a turning point in the history of humankind, and a catastrophe that embraces us all, Jewish and not not Jewish men and women, religious and not religious, believers and not believers, as the free, responsible and moral beings that we all are –or that we should be. A lot of the victims, in the midst of their desperation, entered into the gas chambers praying, holding to the hope that their horrifying end was not the ultimate end. With this dissertation I do not attempt to answer the eternal question of the existence of God, rather, I will try to interpret that scream to God as a longing for hope. I also intend to find a coherence between the thought of these two great thinkers for whom freedom and responsibilty define man: Frankl (who argues that there is a suprahuman dimension where an ultimate meaning exists and where the victims' suffering has to have a meaning, even if this meaning is completely incomprehensible in the human dimension) and Sartre (the atheist existentialist par excellence, for whom the world, human existence and suffering are absolutely contingent). In the first chapter I expose logotherapy and Sartrean existentialism: I describe the three dimensions of man, the three searches for meaning, the five consequences of "l'existence précède l'essence" and I speak about suicide. The second chapter delves into the unconscious God, the supra-human dimension, the ultimate meaning and the unconditional faith. In the third chapter I expose the freedom without God defended by Sartre, Sartre's ontology, Sartre's atheism, Sartre's humanism, and his ideas about responsibility, mauvaise foi, contingency, situation, and Angst. The fourth chapter is necessarily historical (while being philosophical too): I wonder about the death of God after Auschwitz, I argue and defend the uniqueness of the Holocaust (the Shoah is a turning point in the history of humankind), I describe the massacres before the extermination camps (Einsatzgruppen, Ordnungspolizei y Wehrmacht), the gigantic Auschwitz camp complex (Stammlager, Auschwitz-Birkenau y Monowitz-Buna), I reflect on God and evil (focusing on the children of Auschwitz), I describe Frankl's days in Auschwitz, I talk about God as hope, about immortality and escathology, I discuss God's cruelty, the relationship between Christianity and antisemitism and Islam and antisemitism, I question the silence of God, and I talk about the death of God and about the trial against God. In the fifth chapter I talk about the Franklean morality (a morality that concerns man and not God), on the basis of his love theory and his only work of theater (Synchronisation in Binkerwald), and the Sartrean morality (a morality that concerns a humanity without God), remembering Dostoyevsky, analysing Garcin's famous quote in Huis clos "L'enfer, c'est les Autres", crticizing Sartre's marxism and questioning (with Frankl's and Sartre's eyes) Brecht's verse "Erst kommt das Fressen, dann kommt die Moral"; at the end of the chapter I include my own reflection (and Frankl and Sartre's critique) about the impunity of the executioners and collaborators after the Holocaust (with God's permission). After the Conclusion, I add an Appendix about the lives of Frankl and Sartre, which helps understanding better their work. KEYWORDS: logotherapy, existentialism, search for meaning, freedom, responsibility, morality, Angst, suffering, survivors, victims, contingency, spirituality, religion, God, hope, antisemitism, guilt, Auschwitz, Holocaust, Shoah. (shrink)

En este escrito se presentan algunos desarrollos de la teoría política de John Rawls ahondando en aquellas categorías que permitan contrastar aspectos de los planteamientos rawlsianos con spectos del pensamiento utilitarista clásico. El propósito es discernir qué tan grande es la deuda que tienen pensadores contemporáneos como Rawls con autores clásicos del siglo XIX tales como Bentham y Mill.

RESUMEN: La muerte del hombre anunciada por Foucault está en estrecha relación con la muerte de Dios anunciada por Nietzsche. El retorno del lenguaje conlleva la desaparición del hombre como figura cardinal del saber moderno. La historia es discontinua. Foucault dudó de las verdades de cada época y de las verdades intemporales. En este artículo trazo el recorrido del hombre en Les mots et les choses, mostrando la tensión entre el lenguaje y la desaparición del hombre, hablo de la discontinuidad (...) de la historia y los “jeux de vérité”, y muestro que Foucault se consideraba, por encima de todo, un pensador escéptico. / ABSTRACT: The death of man proclaimed by Foucault is in close relationship with the death of God proclaimed by Nietzsche. The return of language is linked with the disappearance of man. History is discontinuos. Foucault doubted the truths of each era as well as the timeless truths. In this article I present man’s journey in Foucault’s Les mots et les choses, showing the tension between language and the disappearance of man, I talk about historical discontinuity and the “jeux de vérité”, and I argue that Foucault considered himself, above all, a skeptical thinker. (shrink)

El presente escrito se propone mostrar por qué Heidegger, luego del fracaso de su proyecto inicial, presenta la obra de arte como lugar en el que se esencia la verdad. Más específicamente, propone descubrir por qué el arte permite la superación de la idea de mundo propia de la filosofía moderna y de la ciencia. Para esto, se mostrará por qué la noción de tierra es crucial, como sustracción ocultante, y que es neurálgica para que la verdad se esencie, y (...) posibilite, así, la superación de la idea de mundo como objeto. (shrink)

Neste trabalho, pretendemos avaliar criticamente algumas das teses de John McDowellsobre a natureza da virtude, tal como expostas em seu artigo “Virtue and Reason” e, ao fazê-lo,expor algumas de suas limitações. Mais especificamente, tratarei o que vejo como problemas emsua apresentação da virtude como uma forma de conhecimento, e sua proposta – corporificada natese da unidade das virtudes – de que as virtudes comumente reconhecidas deveriam ser vistascomo manifestações parciais da virtude enquanto tal. Também enfocarei a assertiva de McDowellde que (...) o conhecimento que constitui a virtude não pode ser visto como tendo um conteúdoproposicional que se preste a uma codificação em princípios de conduta – a tese de nãocodificabilidade– e a relação da postura pessoal de McDowell com a empreitada mais ampla daética de virtudes. (shrink)

Uma exegese filosófica da problemática do niilismo na obra de Cioran, partindo de uma análise lexicográfica dos usos discursivos deste conceito, mas sem se limitar a ele (que está longe de ter um estatuto privilegiado no discurso cioraniano). Levando em conta a reviravolta que marca uma cisão no âmago da obra de Cioran, na transição entre seus escritos romenos e franceses, e combinando à lexicografia um procedimento propriamente hermenêutico do tema do niilismo, conclui-se com uma reflexão sobre o nexo entre (...) niilismo e humor na obra francesa de Cioran, notadamente em Silogismos da amargura (1952), em contraste com o niilismo da “seriedade infinita” (sinônimo de desespero) que caracteriza a sua obra romena. (shrink)

O presente texto visa avaliar o estatuto da revolução a partir da obra de dois filósofos franceses, por assim dizer, que empenharam parte considerável de seu trabalho na investigação sobre a história: Voltaire e Jean Bodin. Nossa intenção é entender a relação entre as noções de transformações, revolução e guerra, conflitos, tumultos. Não pretendemos estabelecer uma comparação rígida, porque anacrônica, entre as obras desses filósofos que trabalharam sobre a história. O que intentamos aqui é investigar algumas linhas de força de (...) seus argumentos que visam explicar as revoluções, suas origens e consequências para mostrar como a articulação entre esses elementos possibilita a Voltaire e a Bodin que realizem o que chamaremos de desmistificação de aspectos pertinentes tanto à filosofia quanto à história. Trata-se ainda de mostra em que medida Bodin e Voltaire divergem e se encontram no que tange ao tratamento filosófico desses temas. This paper aims at evaluating the status of the idea of revolution presented by Voltaire and Bodin. Both philosophers' works are mostly directed to the investigation of history. The purpose of this paper is to understand the connection between the ideas of change, revolution, war, turmoil and conflicts. There is no intention of establishing a strict comparison between the two works, as for that would be anachronistic. On the contrary, this paper intends to investigate some of the main arguments used by both authors to explain the revolutions, its origins and consequences, to show how the articulation between those elements enables them to demystify relevant aspects present in both history and philosophy. Finally, it also aims at pointing at the extent to which the authors diverge and converge in their philosophical approach to the referred themes. (shrink)

The present article aims to reconstruct some political consequences of aristippean philosophy in the light of fragment fs, 570 (= ssr, iv.a.163 = Memorabilia, ii.1.1–17) in order to show how Aristippus’ agreement with Socrates’ remarks fits the Cyrus composed by Xenophon in his Cyropaedia. In pursuance of this, I will review Aristippus’ ethics and will show how, despite the opposition with his hedonistic principles for a pleasureable life, Aristippus accepts that a good ruler needs to be a enkratic one—althouth he (...) argues that pursuing any rule is senselessness. After showing how it is possible to recognice some hedonistic position in Adeimantus’ question at the beginning of Republic, iv, I will present the enkratic character of Cyrus. Finally, I will conclude pointing out the political continuities between Aristippus’ acceptance in fs, 570 and the ideal of ruler constructed by Xenophon. (shrink)

In a seminal work, Tversky and Kahneman showed that in some contexts people tend to believe that a conjunction of events (e.g., Linda is a bank teller and is active in the feminist movement) is more likely to occur than one of the conjuncts (e.g., Linda is a bank teller). This belief violates the conjunction rule in probability theory. Tversky and Kahneman called this phenomenon the “conjunction fallacy”. Since the discovery of the phenomenon in 1983, researchers in psychology and philosophy (...) have engaged in important controversies around the conjunction fallacy. The goal of this paper is to explore the most important of these controversies, namely, the controversy about the nature of the conjunction fallacy. Is the conjunction fallacy mainly due to a misunderstanding of the problem by participants (misunderstanding hypothesis) or is it mainly due to a genuine reasoning bias (reasoning bias hypothesis)? A substantial portion of research on the topic has been directed to test the misunderstanding hypothesis. I review this literature and argue that a stronger case can be made against the misunderstanding hypothesis. Thus, I indirectly provide support for the reasoning bias hypothesis. (shrink)

_ Source: _Volume 48, Issue 1, pp 1 - 28 This paper is an attempt to think through Derrida’s newly discovered _Geschlecht III_, the third and missing installment of Derrida’s four part series on Heidegger and _Geschlecht_. I argue that Derrida’s reading of Heidegger in _Geschlecht III_ needs to be situated within the philosophico-political context of Derrida’s 1984–85 seminar—given under the general title _Philosophical Nationality and Nationalism_—from which _Geschlecht III_ is extracted. In the first part of the paper, I reconstruct (...) Derrida’s general problematic of national-humanism as he lays it out in the opening sessions of the seminar, before arriving at his reading of Heidegger, who will be part of “a sequence of German national-philosophism,” as Derrida calls it. In the second part, the paper turns explicitly to _Geschlecht III_ where, as I show, Derrida’s thoroughgoing denunciation of a national-humanism in Heidegger becomes all the more telling when seen through the theoretical matrix of the seminar. (shrink)

In this paper we study in details a system of two weakly coupled harmonic oscillators from the point of view of Bohm's interpretation of quantum mechanics. This system may be viewed as a simple model for the interaction between a photon and a photodetector. We obtain exact solutions for the general case. We then compute approximate solutions for the case where one oscillator is initially in its first excited state (a single photon) reaching the other oscillator in its ground state (...) (the photodetector). The approximate solutions represent the state of both oscillators after the interaction, which is not an eigenstate of the individual hamiltonians for each oscillator, and therefore the energies for each oscillator do not exist in the Copenhagen interpretation of Quantum Mechanics. We use the approximate solutions that we obtained to compute Bohmian trajectories and to study the energy transfer between the oscillators. We conclude that, even using the Bohmian view, the energy of each individual oscillator is not well defined, as the nonlocal quantum potential is not negligible even after the coupling is turned off. (shrink)

Dentre os problemas que têm norteado nossas investigações, duas indagações ganham destaque. Como a informação e o conhecimento estão inseridos no arcabouço teórico de Karl Marx? Que janelas o pensamento de Marx nos abre para discutir do papel da informação e do conhecimento no universo do trabalho, na atualidade? Fazendo dessa perspectiva objeto de pesquisa, busca-se apreender a inserção da informação e do conhecimento no arcabouço teórico marxiano, tendo como referências principais O Capital, Teorias da mais-valia e Capítulo VI Inédito. (...) A exposição aborda alguns construtos categoriais da obra marxiana onde a informação e o conhecimento laboral são elementos centrais, a exemplo das categorias mercadoria, força de trabalho, trabalho simples e trabalho complexo, subsunção formal e subsunção real, trabalhador coletivo, trabalho produtivo e trabalhador produtivo. Após a discussão das ideias de Marx, são apresentados alguns aspectos do trabalho na atualidade, para os quais o complexo categorial marxiano revela-se pertinente e necessário. Labour, information and knowledge: rereading marx in the information age AbstractAmong the problems that have guided our investigations, two questions are crucial. How information and knowledge take part in the theoretical framework conceived by Karl Marx? Which windows does Marx's thought open to discuss the role of information and knowledge in the current labour realm? Adopting this perspective, we aim to apprehend the insertion of information and knowledge in the Marxian theoretical framework, especially in the books Capital, Theories of Surplus-Value and Chapter VI (unpublished). The exposition presents some Marxian categorical constructs where information and labour knowledge are central elements, such as the categories commodity, labour force, simple unskilled labour and complex skilled labour, formal subsumption and real subsumption, collective labour, productive labour and productive worker. After discussing the ideas of Marx, we present some aspects of the contemporary labour, where the Marxian categorical complex is pertinent and necessary. (shrink)

Women oppression is a universal reality. She is a victim, the exploited, the dominated and the other. As a postcolonial thinker, I argue that Filipino women have been victims of the movement of social dialectics. As Philippine society evolved and developed, she had been a victim not only of male domination but also of political economy. This research shows how female subordination and male domination emerged in the Philippines. As such, it contends that there is a blurring identity of Filipino (...) women -that is, Filipino women as situated in the neocolonial period - are victims of political economy and male domination. (shrink)

This paper tracks Derrida’s allusion to the “phoenix motif” in the recently published Life Death seminar, showing how it foreshadows and overlaps with the political problematic of “national humanism” made explicit in Geschlecht III. I argue that, be it in Hegel, Fichte, Nietzsche, or Heidegger, biological life is always in the service of a spiritual life that finds its breath in a certain reappropriation of the German idiom. Following Derrida, I argue that this “philosophy-of-life German” (cet allemand philosophe de la (...) vie) introduces a sinister equivocality between these thinkers and National Socialism, and this in spite of all their prudence to shield their discourses from such a co-option. (shrink)

O presente artigo visa problematizar a concepção de música proposta pelo filósofo Friedrich Schelling em sua obra ‘Filosofia da Arte’, na qual essa forma artística é concebida enquanto uma potência real do Absoluto. Desse modo, pretende-se apontar para o caráter inovador e peculiar da concepção schelliniana em contraste com a noção romântica de música absoluta, assim como situá-la dentro do panorama geral do sistema de identidades desenvolvido pelo autor. -/- This article aims to discuss the musical conception proposed by German (...) philosopher Friedrich Schelling in his work ‘Philosophy of Art’, which conceives music as a real potency (Potenz) of Absolute. Therefore, we intent to underlie the peculiar and original aspects of Schelling’s ideas as they are demonstrated by his philosophical system of identities, in contrast with the romantic notion of absolute music. (shrink)

This article attempts to read the very concept of reading as articulated and problematized by Derrida’s newly discovered Geschlecht III. I argue that Derrida enacts a reading of Heidegger in Geschlecht III in ways that help us understand the strong sense Derrida gives this word. In the article’s first part, I dwell on Derrida’s—and Heidegger’s—(quasi)methodological precautions that problematize the traditional concept of reading so as to open the way for a reading of Heidegger that does not bank on the metaphysical (...) presuppositions the very same Heidegger warns us against time and again. In the second part, I turn to Derrida’s topotypological examples that show us what traditional methodology problematically presupposes when “reading” Heidegger. The article ends by turning to the Derridean notion of “overprinting”—and the uncanny effects of doubling it implies—as a way to think about what it means to read and countersign Heidegger’s text. (shrink)

Ibadi Theology: Rereading Sources and Scholarly Works. Edited by Ersilia Francesca. Studies on Ibadism and Oman, vol. 4. Hildesheim: Georg Olms, 2015. Pp. 331. €68.

This paper elaborates on the link between different types and degrees of experience that can be gone through within a form of life or collectivity—the so-called levels of immersion—and the development of distinct types of tacit knowledge and expertise. The framework is then probed empirically and theoretically. In the first case, its ‘predictions’ are compared with the accounts of novices who have gone through different ‘learning opportunities’ during a pre-operational training programme for running a huge nickel industrial plant in Brazil. (...) These are also analysed vis-à-vis the experience of an expert who has designed and experienced the outcomes of two pre-operational training sessions in the nickel industry before developing and managing the one discussed here. Theoretically, the framework is used to pinpoint exactly what interactional experts who have developed their expertise through linguistic socialisation alone are able to do as well as to analyse the case of technical connoisseurs. The results indicate that the proposed framework is useful. It supports the design and improvement of training programmes for the development of tacit knowledge while at the same time bringing about a refined analysis of claims concerning the abilities of types of experts and expertise. (shrink)

How can we identify and estimate workers’ tacit knowledge? How can we design a personnel mix aimed at improving and speeding up its transfer and development? How is it possible to implement tacit knowledge sustainable projects in remote areas? In order to answer these questions, it is necessary to distinguish between types of tacit knowledge, to establish what they allow for and to consider their sources. It is also essential to find a way of managing the tacit knowledge ‘stock’ and (...) distribution within the workforce. In short, a conceptual framework is needed to manage tacit knowledge. Based on previous works and 2 years of action research, this paper introduces such a framework and describes its partial application to support the pre-operational training and hiring in a large industrial plant in Brazil. Two contributions emerge from the research. First, the concept of ‘levels of similarity’ is introduced as a means to qualify the experience of workers and estimate the associated tacit knowledge. Second, the capability of carrying out three types of judgement properly and speedily is put forward as being a core ability of those who possess what has been called ‘collective tacit knowledge’ (Collins in Organ Stud 28(2):257–262, 2007). In practical terms, the results indicate the opportunity for companies to capitalize on the experience and tacit knowledge of their workers in a systematic way and with due recognition. Ultimately, positive impacts are expected in their absorptive capacity as well as in their management and human resources systems, accident prevention, productivity and the development of sustainable projects in remote areas. (shrink)

Meu objetivo aqui é o de abordar os escritos iniciais de Wittgenstein com base na tradição do misticismo filosófico. O benefício de minha leitura se deve ao fato de permitir uma certa clarificação no que tange a determinadas passagens obscuras, além de trazer à tona perspectivas inexploradas concernentes ao período inicial do autor; fase esta que, em minha opinião, ainda requer um nível de escrutínio adicional.Entendo que especialmente no caso do Tractatus, Wittgenstein não incida no místico por conta de uma (...) limitação da perquirição lógico-linguística relacionada a determinadas regiões do conhecimento, pelo contrário. Irei sugerir que a aplicação da lógica ocorre com o propósito de estabelecer o escopo do místico. Portanto, o que proporei em seguida é a tentativa de desenvolvimento de uma “interpretação mística” emrelação aos escritos iniciais do autor.AbstractMy goal here is to approach Wittgenstein’s initial writings based on the tradition of philosophical mysticism. The benefit of my reading is that it will allow some clarification in regard to obscure passages and still unexplored perspectives concerning this initial period which, in my opinion, still require additional scrutiny. As I see it, especially when it comes to the Tractatus, Wittgenstein does not “arrive” at the mystical due to the failure of a logical-linguistic inquiry/analysis related to certain realms of knowledge, on the contrary. I will make a case for supposing that the application of logic occurs with the purpose of establishing the scope of the mystical. Therefore, what I propose here is an attempt to develop a “mystical interpretation” of the initial writings of the author. (shrink)

I propose a reading of some theoretical-critical texts published during the first decade of the twenty-first century, in order to perform a cartography of the complex weft of aesthetic knowledge and, in doing so, to consider new inflections and points of view to read the arts, the literature and its policies. The inquiries of Jacques Rancière, Andreas Huyssen, Nicolás Bourriaud, Reinaldo Laddaga and Néstor García Canclini are projected on the contemporary scene as reformulations of a discourse that tries to refer (...) the work with form and sensation, now disseminated as a production that reorganizes the material an symbolic conditions of art in its dialogue with the world. Each of these authors make unique characterization of contemporary aesthetics, all of which question the modern disciplinary rigidity to identify aesthetic practices as acts that can reorganize the sense of community and the ways of life through sensible exploration. (shrink)

Our aim is to cast light on socioeconomic residential segregation effects on life satisfaction. In order to test our hypothesis, we use survey data from Chile for the years 2011 and 2013. We use the Duncan Index to measure segregation based on income at the municipality level for 324 municipalities. LS is obtained from the CASEN survey, which considers a question about self-reported well-being. Segregation’s impact upon LS is not clear at first glance. On one hand, there is evidence telling (...) that segregation’s consequences are negative due to the spatial concentration of poverty and all the woes related to it. On the other hand, segregation would have positive effects because people may feel stress, unhappiness, and alienation when comparing themselves to better-off households. Additionally, there is previous evidence regarding the fact that people prefer to neighbor people of a similar socioeconomic background. Hence, an empirical test is needed. In order to implement it, we should deal with two problems, first, the survey limited statistical significance at the municipal level, hence we use the small area estimation methodology to improve the estimations’ statistic properties, and second, the double causality between segregation and LS; to deal with the latter, we include lagged LS as a regressor. Our findings indicate that socioeconomic segregation has a positive effect on LS. This result is robust to different econometric specifications. (shrink)

Within the banking community, the argument about sustainability and profitability tends to be inversely related. Our research suggests this does not need to be strictly the case. We present a credit score system based on sustainability issues, which is used as criteria to improve financial institutions’ lending policies. The Sustainability Credit Score System is based on the analytic hierarchy process methodology. Its first implementation is on the agricultural industry in Brazil. Three different firm development paths are identified: business as usual, (...) sustainable business, and future sustainable business. The following six dimensions are present in the SCSS: economic growth, environmental protection, social progress, socio-economic development, eco-efficiency, and socio-environmental development. The results suggest that sustainability is not inversely related to profit either from a short- or long-term perspective. The SCSS is related to the Equator Principles, but its application is not driven to project financing. It also deals with short- and long-term risks and opportunities, instead of short-term sustainability impacts. (shrink)

O objetivo deste artigo é demonstrar como o reconhecimento de uma “virada retórica” em Nietzsche resulta em uma demarcada “tensão” que caracteriza certa ambiguidade acerca da linguagem em seu pensamento. Deste modo, no âmbito de apresentar essa mobilização em Nietzsche no interior da discussão sobre a linguagem, examinamos três aspectos fundamentais desse direcionamento àquilo que constitui uma _impossibilidade semântica_: primeiro, identificamos a chamada “virada retórica”; em segundo lugar, aprofundamos o tema a partir da análise da adesão de Nietzsche à tese (...) de Gustav Gerber de que a retórica é a “essência” da linguagem; e, em terceiro lugar, perscrutamos a legitimidade da distinção entre linguagem própria e linguagem imprópria. Portanto, essa _problematização da linguagem_ realizada por Nietzsche aparece desdobrada ao longo de sua obra e pode ser observada a partir da heterogeneidade da discursividade que seus escritos tardios contemplam. (shrink)

O silêncio e a invisibilidade são as palavras que melhor representam a história da mulher no decorrer de muitos séculos. Desde a antiguidade, as mulheres foram impedidas de falar, e até nos dias atuais, infelizmente, pouco se valoriza o discurso feminino. Em diversas sociedades, o direito a expressar-se é severamente combatido, punido com rigor. A essas mulheres, vilipendiadas em seus direitos, resta um único espaço: o da subalternidade. Nesse contexto de subalternidade, habitando o espaço prisional marginal, fazer uso da palavra (...) e apropriar-se do direito à fala é um ato de coragem e de rebeldia. O presente artigo analisa o testemunho de uma mulher em situação de prisão que, até chegar ali, teve quase todos os seus direitos humanos profanados. A narrativa destaca suas experiências e traz à luz suas memórias e a maneira como dialoga com o passado. A partir da cela da prisão, a mulher produz o seu discurso, elabora o seu balbucio, que embora abafado, ultrapassa as grades e os altos muros. É através do poder de sua voz que ela reivindica o direito à fala, o direito de recontar-se, de falar de si. Neste artigo, analisamos, sob a perspectiva dos Estudos Culturais, a história narrada por VB1, uma mulher negra que cumpre pena em regime fechado. A partir desta análise, propomos uma reflexão sobre o espaço prisional, o direito à fala e o papel da memória nesse processo. Teremos como referências teóricas as identidades culturais em tempos de pós-modernidade com Stuart Hall, as reflexões sobre memória individual e coletiva de Maurice Halbwachs, estudos acerca da subalternidade com Hugo Achugar e Gayatri Spivak, espaço fronteiriço e memórias subalternas com Edgar Nolasco, reflexões sobre o papel da mulher propostas por Michele Perrot, entre outros. Palavras-chave: Subalternidade. Memorialística. Prisão. (shrink)

In this paper we examine some proposals to disprove the hypothesis that the interaction between mind and matter causes the collapse of the wave function, showing that such proposals are fundamentally flawed. We then describe a general experimental setup retaining the key features of the ones examined, and show that even a more general case is inadequate to disprove the mind-matter collapse hypothesis. Finally, we use our setup provided to argue that, under some reasonable assumptions about consciousness, such hypothesis is (...) unfalsifiable. (shrink)