A tendência de algumas visões naturalistas de deduzir o sentido da ação humana da sua natureza biológica conduz a naturalizar a violência como fenômeno político inexorável. A violência naturalizada leva a sociedade para a dinâmica da inexorável violência, cuja única solução é a legitimação de uma violência total. Propomos, neste ensaio, a desconstrução crítica dos determinismos naturalistas por meio da análise da ação humana e da especificidade de sua potência que se manifesta como potência criadora (Cornelius Castoriadis) e potência do (...) não (Giorgio Agamben). A potência da ação humana transcende os determinismos da sua natureza biológica, embora por eles esteja condicionada. The tendency some naturalist visions have to deduce the meaning of human action from their biological nature, leads to a naturalization of violence as an inexorable political phenomenon. Naturalized violence leads the society towards the dynamics of inexorable violence, whose only solution is legitimazing total violence. In this article we propose the critical deconstruction of naturalistic determinism by means of the analysis of human action and the specificity of its power, which is manifested as creative power (Cornelius Castoriadis) and power of no (Giorgio Agamben). The power of human action transcends the biological determinisms of its biologic nature, although the power of human action is conditioned by them. (shrink)

This essay defends that mimesis is an inherently agonistic and paradoxical human practice. The divergent views on mimesis by Plato and Aristotle, as well as by Adorno and Benjamin, are the philosophical manifestation of an agonistic tension of human mimesis that is not resolved in the exclusive truth of one of the positions, but remains as a permanent possibility to create alternative paths in history.

A sacralidade da vida humana tornou-se um problema filosófico com desdobramentos éticos e políticos. Este ensaio apresenta uma arqueologia da sacralidade a partir dos estudos de Walter Benjamin e Giorgio Agamben, estabelecendo uma comparação com o sentido da sacralidade nas polis antigas. A sacralidade aparece como figura simbólica marcada pelo paradoxo – ao mesmo tempo que protege a vida pelo direito sagrado, o direito a captura e a ameaça com a exceção. Porém, o paradoxo é insuperável, já que constitui o (...) modo de ser do humano. (shrink)

Este ensaio desenvolve um estudo, a partir da obra de G. Agamben, sobre a arqueologia do ofício e as implicações ético-políticas do modo de subjetivação do funcionário. O funcionário age a partir do dever de oficio, separando, nessa ação, a responsabilidade pessoal da eficiência da ação. Ao agir como funcionário não atua em nome próprio, mas age em nome de outro, para o qual se transfere toda responsabilidade ética da ação funcional. Eichmann apresenta-se como o modelo de funcionário que cumpriu (...) o dever de sua função, independentemente de suas convicções pessoais a respeito da catástrofe humana que provocou. (shrink)

Neste artigo, analisamos algumas das peculiaridades da leitura que Agamben faz de Nietzsche, isto é, o uso que faz das ideias do pensador alemão para constituir a sua própria filosofia política. Assim, refletimos acerca do tensionamento e da polifonia entre a vontade de potência em sua configuração fisiopsicológica, e a grande política a partir da transvaloração dos valores. Indicamos essa tensão e polifonia tendo em vista o outro tipo de potência ao qual Agamben se inscreve, a aristotélica, para pensarmos sobre (...) as aberturas políticas que se descortinam a partir da crítica nietzschiana à política e à democracia liberal. Convém atentar ao argumento de Piazzesi de que a vontade de potência sintetiza os âmbitos mecanicista e valorativo que, em relação agonística, explicam a vontade de potência. O projeto Homo sacer começa e termina com uma crítica à biopolítica que Agamben compreende como sendo aquela nietzschiana. Esse é um tensionamento entre a concretização da transvaloração dos valores como possibilidade de superar o niilismo e criar o lastro para a grande política, pois insere no campo da fisiologia uma questão política, do paradigma da autonomia.Nietzsche e Agamben, com suas concepções divergentes de potência, apontam as possibilidades da política e os limites da democracia liberal. (shrink)

A noção de pessoa, para Simone Weil, passa por uma certa desconstrução e releitura que a filósofa realiza a partir da categoria do impessoal. Abordaremos inicialmente os conceitos de direito e obrigação, refletindo sobre as necessidades da alma pensadas por Weil, em que a obrigação abre o ser humano para o impessoal da pessoa, que por sua vez é conexo com o sentido do eterno e do sagrado. Neste escrito pretende-se resgatar alguns traços desta reflexão e destacar a relação entre (...) o impessoal com o eterno e o sagrado, enquanto constitutivos do ser humano, estudando como a partir do impessoal emerge uma nova percepção da relação ética. (shrink)

Este ensayo presenta un análisis arqueo-genealógico de la mímēsis humana en dos momentos: en su arkhē pre-socrático y en la interpretación platónica de la misma. El mismo desarrolla la tesis de que la mímēsis es una facultad humana atravesada por la condición paradójica a partir de la cual es factible su instrumentalización alienante de las conciencias, pero también su uso creativo para producir diferencias de lo semejante y semejanzas de lo diferente. la condición paradójica impide el reduccionismo de la mímēsis (...) a una única perspectiva. Se concluye el ensayo con algunos desdoblamientos críticos del carácter paradójico de la mímēsis en nuestro presente. (shrink)

Este trabalho pretende realizar uma reflexão crítica sobre sentido moderno da justiça procedimental, desenvolvendo uma nova hermenêutica da justiça a partir da alteridade das vítimas. PALAVRAS-CHAVE – Justiça procedimental. Ética. Hermenêutica. Alteridade.

RESUMO O presente ensaio apresenta uma análise crítica das atuais democracias que se esvaziaram do poder deliberativo do demos para se tornarem, cada vez mais, democracias espetaculares. Inicialmente, seguindo os estudos de Foucault, analisam-se as implicações da governamentalidade sobre a democracia, principalmente a partir da emergência da opinião pública como técnica da razão de Estado. Posteriormente, relacionam-se os estudos de Foucault com as teses de Agamben a respeito da burocracia e a hierarquia, a fim de compreendermos como estas pesquisas desembocam (...) no conceito de democracias espetaculares defendido por Agamben. ABSTRACT This essay presents a critical analysis of the current democracies that have emptied themselves of the deliberative power of the demos to become, more and more, spectacular democracies. Initially, following Foucault's studies, we analyze the implications of governmentality on democracy, especially from the emergence of public opinion as a technique of reason of state. Later, Foucault's studies are related to Agamben's theses on bureaucracy and hierarchy, in order to understand how these researches lead to the concept of spectacular democracies defended by Agamben. (shrink)

En la presente investigación proponemos profundizar en el concepto de ecocidio y sus implicaciones ético-políticas, relacionándolo con los conceptos de soberanía y estado de excepción de Giorgio Agamben. El concepto de excepción, en la tradición jurídica y filosófica, está referido al ámbito de la vida de las personas y no al daño producido a la vida en la naturaleza. Sin embargo, partiendo del presupuesto de que hay una interdependencia de la vida humana con la vida de la naturaleza, se analizan (...) los desdoblamientos ético-políticos a los que esa interdependencia nos conduce, teniendo como eje el concepto de ecocidio. Para este análisis proponemos recorrer los vínculos entre ecocidio y estado de excepción como dos prácticas asimiladas que, para destruir la vida, la reducen a una insignificancia ética a través de un vacío jurídico. (shrink)

En este este estudio presentamos una investigación sobre la genealogía de la razón de Estado y del golpe de Estado, según Michel Foucault. La genealogía de la razón gubernamental se desarrolló paralelamente a la comprensión científica del mundo, en los siglos XVI e XVII, como una realidad gobernada por leyes propias de la naturaleza. La genealogía de la razón de Estado incorporó los elementos “científicos” de la razón gubernamental como técnicas utilitarias para gobernar convenientemente un Estado, más allá del voluntarismo (...) del arbitrio del poder soberano. Foucault muestra en sus análisis genealógicos que el golpe de Estado fue concebido, ya en el siglo XVII, como una técnica gubernamental conveniente con la razón de Estado, cuyas tres principales características son: la necesidad, la violencia y la teatralidad. Palabras clave: Razón gubernamental. Razón de Estado. Golpe de Estado. Michel Foucault. (shrink)

Na modernidade, ciência e ética raramente conviveram em harmonia. Sua relação conflitante sempre demarca sobre os tipos de verdade de ambos discursos. A construção de qualquer consenso entre os discursos científico e ético se mantém sobre uma base instável de mútua desconfiança. Essa instabilidade implica, comumente, um confronto permanente entre as verdades e os critérios de ambos discursos. O conflito entre ciência e ética se dá, essencialmente, no campo da teoria da linguagem, ou seja, na análise do discurso. As pretensões (...) de verdade e os efeitos de poder das verdades científicas e éticas, são correlativos ao reconhecimento da verdade de suas proposições e da validade do seu discurso. Para contribuir com alguns esclarecimentos neste debate entre ciência e ética, deveremos, pois, nos introduzir em alguns pontos da teoria da linguagem, ou seja, na historicidade e na hermenêutica. (shrink)

This paper aims to present a critique of naturalistic theories of violence. The context of this critique concerns the naturalization of violence, which induces the assimilation power as a form of violence. Therefore, we resumed the theses of Hannah Arendt and Michel Foucault on power and violence. The goal is not to list the differences between these authors on the subject, which are explicit in the development of the test, but show their concordance regarding the critique of power as something (...) synonymous with violence. (shrink)

A partir da segunda metade do século XX, as políticas econômicas disseminaram um conjunto de dispositivos sutis, no sentido de seu exercício, ao mesmo tempo em que mais plurais, em relação à sua extensão. Um dos principais deslocamentos epistemológicos produzidos pelo discurso neoliberal diz respeito à inserção da subjetividade humana como elemento central da racionalidade econômica. A inclusão da subjetividade na lógica dos cálculos econômicos possibilitou construir a figura do homo oeconomicus como referente antropológico do novo discurso neoliberal. Um dos (...) principais autores nessa jornada é Ludwig von Mises. A teoria misiana é profundamente filosófica: dela é possível coletar toda a estrutura da teoria neoliberal e de seu contraste bifocal entre a ação econômica do mercado e a teoria política do Estado, e nela o homo oeconomicus ocupa um lugar central. A genealogia de Michel Foucault sobre o escopo da governamentalidade neoliberal trouxe um olhar crítico diferente sobre os princípios constitutivos deste discurso. A par da teoria de Mises, a leitura de Foucault nos é precisa, na medida em que nos permite contrastar a razão de governo, constituída ao longo dos modelos de pensamento, com aquela ótica empresarial do homo oeconomicus como um suposto sujeito soberano. O intuito deste ensaio é provocar um cruzamento crítico entre o pensamento de Mises e de Foucault, concentrado principalmente no estudo das contradições que surgem no seio do discurso neoliberal da figura do homo oeconomicus como sujeito soberano, com as práticas de governamentalização desse mesmo homo oeconomicus. O ensaio é constituído de três momentos: primeiramente, nosso objetivo é compreender a teoria do mercado de von Mises, com o intuito de alinhavar alguns conceitos importantes, em especial o conceito de soberania do homo oeconomicus; em seguida, temos como pretensão analisar a teoria de Foucault sobre a governamentalidade neoliberal, acenando em direção ao modo pelo qual a teoria de Mises projeta-se como uma razão econômica de governo; em um terceiro ponto, desenvolvemos algumas implicações derivadas dos cruzamentos das teses sobre a soberania do homo oeconomicus, de Mises, com as análises sobre a governamentalidade desse homo oeconomicus desenvolvidas pelos estudos de Foucault. (shrink)

A ética é uma prática que coimplica subjetividade e da alteridade. Nas atuais sociedades de controle se procura fabricar subjetividades destemperadas numa ética do descuido de si. As éticas do cuidado de si visavam ajudar a constituir sujeitos livres pela prática ética da virtude. Os novos dispositivos de controle atualizaram o poder da ética como prática em que o sujeito pode dirimir seu estilo de vida entre a sujeição ou a liberdade. As éticas do cuidado de si desconsideraram a importância (...) da alteridade para pensar a prática ética. Embora existam divergências importantes entre ambas perspectivas éticas, elas coincidem em afirmar a ética como uma prática que incide na constituição dos sujeitos, uma prática de liberdade de si (Foucault) e uma prática de libertação do outro como justiça (Levinas). PALAVRAS-CHAVE – Alteridade. Cuidado de si. Modos de subjetivação. Liberdade. Desejo. (shrink)

Global environmental problems, such as global warming, pollution, or deforestation, are critical issues that require a rapid and common response. In this context, companies play a decisive role in achieving environmental objectives through the ecological knowledge they can store and manage. In this context, the present research focuses its interest on analyzing how the set of green intangibles possessed by organizations, i.e., Green Intellectual Capital, affects their Green Performance. Specifically, the study shows how GP is influenced by GIC through the (...) mediating role of the Green Innovation variable. Therefore, the research questions to be answered by this study are as follows: Does GIC influence environmental performance? Does GI mediate the GIC-GP relationship? What actions can companies take to improve their GP? There are several reasons that have led us to carry out this research. First, there is little empirical evidence of the relationships proposed in this study. Second, to the best of our knowledge, there is no previous research that has contextualized the relationships raised in the wine industry, thus representing an advance in the comprehension of the constructs studied. Third, GIC represents an incipient field of study that needs to be developed and established within the literature linked to Intellectual Capital. In order to achieve the proposed objectives, data from a survey of 202 wineries in Spain were used and a quantitative approach was followed using Structural Equation Modeling. The results of the research indicate that there is a positive and significant relationship between GIC and GP. In addition, GI partially mediates the relationship between these two variables, playing a key role in the environmental management of wineries. The theoretical and practical contributions of the study improve the understanding of the relationships raised, being a pioneering study due to its contextualization in the wine industry, as well as providing a series of guidelines for both environmental managers and winemakers to improve their GP. (shrink)

Firm managers play an important role in the implementation of corporate social responsibility (CSR) actions. Education is emerging as the key factor in developing a sense of moral responsibility amongst the business students who will eventually become company managers and decision makers. The aim of this research is, thus, twofold. First, to analyze the existence of a direct positive correlation between university students’ perception of CSR and its impact on business performance; and second, to examine the extent to which two (...) factors (advantages brought by CSR and responsibilities toward stakeholders) act as mediation variables in the aforementioned correlation. The analysis was performed with a sample of 390 business‐related university students. Amongst the potential contributions made by this study we can highlight the possibility of knowing future managers’ way of thinking and of knowing the aspects where educational centers might improve their CSR teaching. (shrink)

Professor de Filosofia da Universidade do Vale Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, Castor M.M. Bartolomé Ruiz é um estudioso dos mecanismos do poder e da chamada “biopolítica”, dialogando sobretudo com as obras dos filósofos Giorgio Agamben e Michel Foucault. Doutor em Filosofia pela Universidade de Deusto, na Espanha, e autor de vários livros, Ruiz foi um dos palestrantes do 3º Colóquio de Biopolítica, realizado no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG de 10 (...) a 14 de dezembro de 2012. O professor fez uma conferência sobre o tema Esboço Arqueológico da Vida na Exceção Jurídica. Na entrevista a seguir, que teve alguns trechos publicados no jornal O POPULAR na edição do dia 13 de dezembro de 2012, ele fala sobre biopolítica, estado de exceção, a importância do trabalho da Comissão da Verdade na investigação dos crimes cometidos durante a ditadura militar, entre outros temas. Confira a seguir a íntegra da entrevista, concedida por e-mail. (shrink)

ABSTRACT Recently, the hypothesis that purely evaluative disputes are metalinguistic negotiations has gained traction. I resist a strong version of that hypothesis, and argue that some of those disputes are not metalinguistic negotiations. To defend that claim, I argue that metalinguistic negotiations have three linguistic properties that some purely evaluative disputes lack. First, in a metalinguistic negotiation it is felicitous to embed the dispute-initial statement under the subjective attitude verb consider; second, a speaker can reply to that initial statement by (...) using a metalinguistic comparative; and, third, such negotiations address metalinguistic questions under discussion. Some purely evaluative disputes lack these properties, which suggests that they are not metalinguistic negotiations. (shrink)

La palabra cultura tiene, por lo menos, un doble sentido, uno primario y otro suplementario. El primero hace referencia a habilidades básicas y el segundo a destrezas adquiridas. El presente trabajo se ocupa de la cultura en el primer sentido, de la cultura que adquirimos con sólo nacer y criarnos en un determinado medio humano, en el medio particular donde nos hacemos individuos y capacitamos como personas. Existe un derecho a la cultura propia. Los Estados amparan las culturas con las (...) que se identifican y, por lo tanto, el derecho a las mismas de las gentes individuadas y socializadas gracias a ellas, al tiempo que han podido perfectamente acometer políticas genocidas con el resto. He ahí en definitiva la razón esquizofrénica por la que un derecho tan esencial como el derecho a la cultura propia no se ha cualificado hasta hoy como derecho humano. El problema no es la falta de algún derecho que debiera añadirse, sino la articulación del conjunto de los derechos humanos y, particularmente, los de carácter individual con los colectivos. Es un problema que no se plantea con los derechos humanos en sí, sino con el actual orden internacional y su correspondiente filosofía. (shrink)

The causal characters (spacelike, lightlike, timelike) of the coordinate lines, coordinate surfaces and coordinate hypersurfaces of a coordinate system in Relativity define what is called its causal class. It is known that, in any relativistic space-time, there exist one hundred and ninety nine such causal classes. But in Newtonian physics (where only spacelike and timelike characters exist) the corresponding causal classes have not been discussed until recently. Here it is shown that, in sharp contrast with the relativistic case, in Newtonian (...) space-time the different causal classes of coordinate systems are drastically reduced to four. These causal classes admit simple geometric descriptions and physical interpretations. For example, it is shown that one can generate coordinate systems of the four causal classes by means of the sole linear synchronization group, i.e. by coordinate transformations that only change the origin of time linearly. The relativistic analogs of these examples are also considered. (shrink)

ABSTRACT:Ethical research on consumption has focused mainly on the obligations, principles and values guiding consumers' actions and reasons for action. In doing so, it has concerned itself mostly with such bounded contexts as voluntary simplifiers, anti-consumption movements or so-called ‘ethical consumers,’ thereby fostering an artificial opposition between ethical and non-ethical consumption. This paper proposes virtue ethics as a more apt conceptual framework for the ethical analysis of consumption because it takes into account the developmental dynamic triggered by engagement in consumption (...) practices. We build on MacIntyre's goods-virtues-practices-institutions framework and Beabout's concept of a domain-relative practice and argue that when engaging in consumption activities, agents may pursue goods internal to practices, further their individual life narratives and contribute to the good of their communities, thus developing virtues that perfect themselves both as consumers and as ethical agents. (shrink)

ABSTRACT:Ethical research on consumption has focused mainly on the obligations, principles and values guiding consumers' actions and reasons for action. In doing so, it has concerned itself mostly with such bounded contexts as voluntary simplifiers, anti-consumption movements or so-called ‘ethical consumers,’ thereby fostering an artificial opposition between ethical and non-ethical consumption. This paper proposes virtue ethics as a more apt conceptual framework for the ethical analysis of consumption because it takes into account the developmental dynamic triggered by engagement in consumption (...) practices. We build on MacIntyre's goods-virtues-practices-institutions framework and Beabout's concept of a domain-relative practice and argue that when engaging in consumption activities, agents may pursue goods internal to practices, further their individual life narratives and contribute to the good of their communities, thus developing virtues that perfect themselves both as consumers and as ethical agents. (shrink)

I defend a metalinguistic account of Mates's puzzle: sentences where synonymous expressions cannot be substituted salva veritate. If Andrea thinks that attorneys are different from lawyers, and she thinks that Fiona is the former but not the latter, we may hesitate to substitute ‘lawyer’ for ‘attorney’ in ‘Andrea believes that Fiona is an attorney’, even though ‘lawyer’ and ‘attorney’ are synonymous. I argue that these sentences report de re beliefs about linguistic expressions, thereby blocking such substitutions, and I offer a (...) compositional derivation of their meaning. (shrink)

I argue against the view that metalinguistic usage is a form of conversational implicature. That view, suggested by Thomasson (Anal Philos 57(4):1-28, 2016) and Belleri (Philos Stud 174(9):2211–2226, 2017), has been most recently fleshed out by Mankowitz (Synthese 199:5603–5622, 2021). I provide two types of criticism to the implicature view. From an empirical point of view, metalinguistic usage differs in key respects from standard cases of conversational implicature. From a conceptual standpoint, I argue that the calculation algorithm provided by the (...) implicature view makes undesirable predictions. Although my main objective is negative, I end the paper by sketching an alternative neo-Stalnakerian view of metalinguistic usage, that can be gathered from work by Barker (Linguist Philos 25(1):1–36, 2002; Inquiry 56(2–3):240–257, 2013) and others. (shrink)

It has been argued that moral assertions involve the possession, on the part of the speaker, of appropriate non-cognitive attitudes. Thus, uttering ‘murder is wrong’ invites an inference that the speaker disapproves of murder. In this paper, we present the result of 4 empirical studies concerning this phenomenon. We assess the acceptability of constructions in which that inference is explicitly canceled, such as ‘murder is wrong but I don’t disapprove of it’; and we compare them to similar constructions involving ‘think’ (...) instead of ‘disapprove’—that is, Moore paradoxes (‘murder is wrong but I don’t think that it is wrong’). Our results indicate that the former type of constructions are largely infelicitous, although not as infelicitous as their Moorean counterparts. (shrink)

En este trabajo se revisan las tesis centrales del pensamiento de Ockham —representacionismo, voluntarismo, contingentismo— y la critica de L. Polo a las mismas. Se divide en tres partes: teoria del conocimiento, psicologia y ética, y metafísica.

The ethic of care has often been opposed to the ethic of justice as offering a different and even a contradictory approach to moral problems. This article argues that, from the perspective of the discourse ethic, both approaches are complementary in a very fundamental sense, since each one applies to one of two stages of moral reasoning that are as different as they are interconnected. It argues, in particular, that while justice is concerned with the justification and elaboration of norms, (...) care is concerned with finding a solution for specific moral situations. The article then places considerations of care at the centre of ideal discourse and subordinates the importance of rational understanding and moral justification to intuitive communication. (shrink)

The Great Palace of Constantinople has been subject to several investigations since the second half of the nineteenth century. All of them have been mostly concerned with the topographical, architectural and typological development of the imperial residence, leaving aside questions such as toponymics. This paper will deal with this issue taking into consideration the name of the complex of buildings that once was the core of the Constantinian Palace, the Daphne. Doing so, we will better understand the denomination of the (...) Palace, and shed light on the functions related to several spaces, the courtly ritual and, in short, the representation of power through architecture in an imperial context. Besides, the present enquiry will challenge some topographical assumptions on the complex. (shrink)