Nos últimos anos, a pesquisa em torno do pensamento arendtiano tem buscado explicitar a existência de elementos biopolíticos, mesmo que estes não apareçam no interior de seu pensamento de maneira evidente. Para tanto, se tem procurado, fundamentalmente, em A condição humana, conceitos biopolíticos que colocariam Arendt no rol daqueles que na modernidade lançaram luz sobre a biologização da política e o esvaziamento da esfera pública. Também acreditamos que há, no interior das reflexões arendtianas, elementos biopolíticos. Contudo, nosso objetivo é demonstrar (...) que é na descrição do ponto central da política que está uma das chaves de leitura de uma biopolítica arendtiana. Sustentaremos nossa hipótese a partir da assertiva arendtiana, contida em seu texto O que é Política?, na qual a autora diz que “no ponto central da política está sempre a preocupação com o mundo e não com o homem”. Afirmar que o ponto central da política é cuidar do mundo e não dos homens problematiza dois aspectos: o risco que há em não se cuidar do mundo e a compreensão da política enquanto instância preservadora da vida, pois eleger a vida como fundamento da política significa subtrair a liberdade pela necessidade no interior das ações humanas. (shrink)

Apresentação do Dossiê Hannah Arendt, pelo Editor-Especial Prof. Dr. Fabio Abreu dos Passos/UFPI.

A noção de opinião pública como processo, não pode circunscrever-se unicamente sobre as bases empíricas de uma teoria, deve também enfocar a posição que essa noção ocupa no que tange à interpretação da sociedade. A abordagem de Jürgen Habermas sobre a opinião pública surge a partir de sua obra clássica sobre a Publicidade Burguesa. Como desdobramento das análises acerca da opinião pública, Habermas constrói a Teoria Normativa de Democracia, a qual se baseia nas condições comunicativas em que pode ocorrer uma (...) Formação Discursiva da Opinião e da Vontade de um público formado pelos cidadãos de um Estado. Nessa esteira argumentativa, Habermas retoma o projeto histórico-filosófico da modernidade atribuindo à opinião pública a função de legitimar o domínio político por meio de um processo crítico de comunicação sustentado nos princípios de um consenso racionalmente motivado. O escopo do presente artigo é explicitar os elementos constitutivos das reflexões habermasianas acerca da Formação Racional da Opinião e da Vontade, uma vez que é a partir deste primordial conceito que podemos compreender a legitimação do Estado de direito. Rastrear-se-á o que levou a reflexão habermasiana a buscar as condições de uma autêntica participação dos indivíduos em um espaço público, onde há responsabilidade e solidariedade na execução das soluções dos problemas de uma comunidade, e seu consequente desdobramento que desemboca na teoria do poder político. (shrink)

Uma das reflexões de maior envergadura de Hannah Arendt é aquela que se volta para o tema da liberdade. Nas páginas de O que é liberdade?, nos deparamos com um movimento argumentativo que tem como premissa asseverar que a liberdade é a raison d'être da política e seu domínio de experienciação é o espaço público. Contudo, em Origens do totalitarismo, há um outro polo argumentativo, que apresenta o pensamento como a mais livre das faculdades espirituais, a qual é constantemente ameaçada (...) de ser substituída pela camisa de força da ideologia. Por último, em A vida do espírito, Arendt afirma que a vontade tem uma liberdade infinitamente maior do que o pensamento. Esses três movimentos argumentativos acerca da liberdade constroem uma contradição conceitual que, em nosso entendimento, não é passível de solução, mas somente de explicitações acerca de cada um desses movimentos. Refletir acerca dessa contradição conceitual se constitui como objetivo nuclear do presente artigo. (shrink)

Resumo: Alguns eventos políticos transcorridos em um passado recente de uma nação, como uma ditadura militar, que perdurou durante vinte e quatro anos, produzem sequelas aparentemente invisíveis, com sintomas cuja origem é difícil de ser diagnosticada. A dificuldade desse diagnóstico está na razão de que, para muitos, a ditadura militar ocorrida em solo brasileiro se aproxima do não-Ser de Parmênides: impensável e indizível, algo que simplesmente deve ser esquecido. Mas como reconciliar-se com o nosso passado e construir bases sólidas de (...) uma nova democracia se não falamos e refletimos sobre nossas mazelas fomentadas, fundamentalmente, em “nossos campos”, nos porões dos DOPS? O presente artigo tem como objetivo refletir acerca de algumas características constitutivas da ditadura militar brasileira, transcorrida entre os anos de 1964 a 1988, balizada pelos conceitos de estado de exceção, vida nua e campo do filósofo italiano Giorgio Agamben. A pesquisa se justifica, uma vez que, em nosso entendimento, aproximar a ditadura militar brasileira com tópicas da filosofia política de Agamben, nos dota de importantes ferramentas argumentativas que nos auxiliam na compreensão do que se passou no Brasil em seus “anos de chumbo”.: Some political events passed in the recent past of a nation, as a military dictatorship, which lasted for twenty-four years, produce aparently invisible sequels, with symptoms whose origin is difficult to be diagnosed. The difficulty of this diagnosis is the reason that, for many, the military dictatorship that took place on Brazilian soil approaches the not-Being of Parmenides: unthinkable and unspeakable, something that should just be forgotten. But how to reconcile with our past and build solid foundations of a new democracy if we do not talk and reflect on our ills fostered mainly on "our fields", the holds of the Departments of Political and Social Order? This article aims to reflect on some constitutive features of the Brazilian military dictatorship, elapsed between the years 1964 to 1988, buoyed by the state of emergency concepts, bare life and field of the Italian philosopher Giorgio Agamben. The research is justified since, in our view, approaching the Brazilian military dictatorship with topical political philosophy of Agamben, endows us with important argumentative tools that help us understand what happened in Brazil in his "years of lead". Key words: Brazilian military dictatorship, Giorgio Agamben, state of exception, bare life, field. (shrink)

Este estudo tem como objetivo geral discorrer de forma sucinta e crítica sobre os principais desafios enfrentados pelas pessoas negras, em especial as mulheres, na sociedade brasileira. E como objetivos específicos, analisar, a partir da concepção do feminismo, as problemáticas que englobam o racismo, sexismo, democracia racial, estética do racismo e como estes também acabam servindo de base para o justificar o epistemicídio da intelectualidade negra feminina, no qual esses desafios são herdados de opressões do colonialismo imposto ao território brasileiro. (...) Com isso, dissertaremos também a respeito de diversas categorias dessas opressões, e como elas se relacionam ao cenário político cultural brasileiro e de que maneira essas opressões atingem, em específico, os corpos das mulheres negras, que sofrem um processo constante de epistemicídio e sexualização extrema. Por fim, este trabalho tem como apoio teórico o pensamento da filósofa Lélia Gonzalez, que percebe na criação de um espaço de beleza negra feminina, que suas vozes podem ser ouvidas e sua filosofia exaltada. Não obstante, o texto também contém como suporte teórico complementar análises de autoras como Bell Hooks, Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro. (shrink)

Fábio Abreu dos Passos é doutor em Filosofia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é Professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Piauí – UFPI. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Política, atuando principalmente nos temas relacionados à Filosofia Política Contemporânea, a partir dos seguintes autores: Hannah Arendt, Michel Foucault e Giorgio Agamben. É autor também da obra A Faculdade do Pensamento em Hannah Arendt:: (...) implicações políticas e da organização conjunta das obras Hannah Arendt: pensamento, revolução e poder e A gramática da ação e a sintaxe do poder em Hannah Arendt. (shrink)

A presente resenha trata da obra O CONCEITO DE MUNDO EM HANNAH ARENDT: Para uma nova filosofia política. Nesta, seu autor, o professor doutor Fábio Abreu Dos Passos aborda um conceito importante do pensamento arendtiano procuramdo mostrar que tal conceito é útil para a superação do abismo entre filosofia e política.

Os filósofos Giorgio Agamben e Roberto Esposito mobilizaram as suas concepções de _biopolítica_ para opinarem sobre a pandemia do vírus SARS-CoV-2. O objetivo deste artigo é fazer uma leitura foucaultiana sobre esses posicionamentos. Nossa proposta se fundamenta em três momentos: uma análise do conceito de _biopolítica _a partir dos cursos de Foucault no Collège de France; em seguida fazemos uma análise das intervenções de Agamben e de Esposito à luz de suas propostas de _biopolítica_; por fim, tais leituras serão movimentadas (...) a partir de propostas metodológicas que dão preferência à “um uso” dos textos de Foucault na perspectiva da “caixa de ferramentas” e dos “textos-bombas”, realizando uma leitura que se apoia no potencial crítico das formulações do filósofo francês. (shrink)

O objectivo primário do presente artigo é estudar algumas das implicações, sobretudo epistemológicas, associadas com o auto-intitulado movimento da Física Ariana (Deutsche Physikj, movimento esse que aqui se considera como tendo sido iniciado pelos físicos, laureados com o Prémio Nobel, Philipp Lenard e Johannes Stark. Assim, em primeiro lugar, procura-se analisar questões como a da ligação entre ciência e raça, a da função do método experimental e do método dedutivo nas descobertas das ciências naturais, bem como a da relação entre (...) matemática e natureza, já para não mencionar a dimensão histórica da ciência. Em vez de recorrer a conceitos supostamente puros do que sejam ciência ou racionalidade em ordem a instaurar um tribunal da história, cujo veredicto seria a condenação da Física Ariana como irrisória anomalia epistemológica no corpo histórico da ciência, os autores do presente artigo procuram, antes de mais, traçar a origem do movimento a partir das biografias de Lenard e Stark, acreditando que o carácter profundamente conturbado de ambos, coadunado com a conflituosa situação política que antecedeu a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha em 1933, seriam razões suficientes para a formação das doutrinas que atacavam a Física Teórica. Nesse sentido, depois de expor os princípios e as ideias defendidas pelos físicos arianos, os autores procuram evidenciar até que ponto uma análise restrita ao campo da física e dos seus documentos não é suficiente para uma compreensão cabal de tal movimento. Ao mesmo tempo, procuram mostrar também por que razão é necessário considerar que algumas objecções levantadas contra a física teórica se constituíam como problemas verdadeiramente relevantes, sendo que alguns deles foram também formulados por autores que não pactuavam com as convicções políticas de Lenard e Stark. Finalmente, o artigo comporta uma análise das posições defendidas por Werner Heisenberg em ordem a mostrar a seriedade com a qual as críticas dos físicos arianos foram recebidas por este autor, nelas reconhecendo algo digno de ser respondido, e isso não meramente por razões políticas, mas antes porque constituíam dilemas reais instalados na prática das ciências naturais. Ou seja, recorrendo aos argumentos esgrimidos por Werner Heisenberg, os autores do artigo pretendem demonstrar que a Física Ariana não merece atenção apenas na sua qualidade de aberração histórica, mas também pelo facto de ela ter levantado questões ainda hoje epistemologicamente relevantes. /// The primary aim of the present article is to study some of the implications, particularly the epistemological ones, associated with the movement of the so called German Physics (Deutsche PhysikJ, a movement that in this article is mainly associated with the work of the physicists, and Nobel laureates, Phillip Lenard and Johannes Stark. The article begins by analyzing questions related to the connection established between science and race, as well as to the function of the experimental and deductive methods in the discoveries of the natural sciences, not to mention the problems associated with the relation between mathematics and nature as well as the historical dimension of science. The goal, therefore, is not to take supposedly pure concepts about what science and rationality might be and establish them as judges in the tribunal of history, whose verdict would be the condemnation of the German Physics as an insignificant epistemological anomaly within the historical body of science. Rather, the authors of the article want to trace the origin of the movement of the German Physics by reading the biographies of Lenard and Stark, whereby it is assumed that the problematic character of these physicists together with the political situation that anteceded Hitlers ascension to power in Germany in 1933 would be reason enough for the formation of doctrines directed against theoretical physics. In this sense, after expounding the principles and the doctrines defended by the Arian physicists, the authors of the article show that an analysis circumscribed to the domain of physics would not be sufficient for a global understanding of this movement. At the same time, however, the authors also want to show the reason why it is necessary to consider some of the objections raised against theoretical physics as serious problems, even though some of them were also formulated by authors that did not share the political convictions of Lenard and Stark. Finally, the article contains an analysis of the positions defended by Werner Heisenberg in order to demonstrate the seriousness with which the criticisms of the Arian physicists were received by this most important author, so much so that he recognized in them something worth a response, and this not only for political reasons, but also because he recognized the problems raised as a dilemma situated at the very heart of the practice of the natural sciences. In other words, by a close reading of the arguments presented by Werner Heisenberg, the authors of the article want to demonstrate that the movement of German Physics is worth attention not only in its quality as an historical aberration, but also due to the fact that it raised questions that are still epistemologically relevant. (shrink)

Modelo de editoração eletrônica: Cadernos de História : Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas – SEER: passo a passo.

No interior do pensamento de Dewey, a gênese da estética merece mais atenção do que lhe é dada na literatura. Um aspecto, em especial, tem sido virtualmente negligenciado — com as notáveis exceções de Robins 2015, Ueno 2016, Hein 2017 e Granger 2018a e 2018b — a saber, os vínculos com Albert Coombs Barnes. Nossa hipótese é que Barnes desempenhou um papel relevante na “virada estética” da filosofia madura de Dewey. Neste artigo, nós tomamos um primeiro passo rumo ao esclarecimento (...) da relação entre eles e uma tentativa de mostrar a influência do colecionador de arte na obra do filósofo. (shrink)

O presente artigo pretende analisar o processo que, de acordo com Foucault, levou ao abandono da morte pelo poder durante a transição do poder soberano para o disciplinar, na virada do século XVIII para o século XIX. Para tanto, assumindo a perspectiva das práticas punitivas, privilegiada pelo lósofo francês, buscaremos compreender, primeiramente, o papel assumido pela morte na justiça soberana. Em seguida, acompanharemos as transformações nas táticas punitivas motivadas pela consolidação do capitalismo, no bojo das quais o encarceramento emerge como (...) forma de punição privilegiada. Em um terceiro passo, pretendemos identi car, sob essas modi cações nas técnicas de punição, transformações mais profundas nas relações entre o poder, o corpo e a vida, que implicam a desquali cação da morte pelo poder. Finalmente, e à guisa de conclusão, mostraremos que Foucault concebe um novo regime de presença da morte no seio do poder disciplinar. (shrink)

O artigo tem o objetivo de oferecer uma resposta às críticas que Puntel fez a Levinas em seu livro Ser e Deus. Iniciamos nossa abordagem com uma contextualização do pensamento punteliano. Dado esse passo inaugural, propomos uma análise de seu exame crítico à obra de Levinas em dois tempos, seguindo a ordem de seus argumentos em Ser e Deus. Primeiramente, analisamos as críticas de Puntel às “assunções fundamentais” da filosofia levinasiana, sobre teoria/conhecimento, metafísica e Ser. Depois disso, analisamos suas críticas (...) à “concepção de transcendência e Deus” em Levinas. O título deste artigo é uma provocação a partir da pergunta: “Qual é o lugar do absolutamente Outro no quadro referencial teórico de Puntel?”. Tal como ocorre na ontoteologia e na ontologia fundamental, o absolutamente Outro não encontra lugar no quadro referencial teórico de Puntel. Palavras-chave: Ontoteologia, Ética, Alteridade, Levinas, Puntel. (shrink)

A covid-19 tem gerado grande mobilização por parte das sociedades contemporâneas. Como forma de prevenção e controle da doença, o isolamento social tem sido uma medida eficaz, recomendada por diversos órgãos da saúde. Por isso, pensar o isolamento social como prática solidária tem sido fundamental. Nesta perspectiva, o presente artigo busca problematizar o isolamento social enquanto isolamento solidário. Para isso, partimos da tematização da enfermidade, até agora conhecida, seus modos de prevenção e controle e, por conseguinte, o diálogo entre a (...) Saúde Coletiva e a Hermenêutica Filosófica, na tentativa de repensar o isolamento criticamente, para além de uma questão biomédica. Assim, discutir o isolamento solidário como noção essencial ao enfrentamento da pandemia da COVID-19 significa contribuir para uma visão mais ampla de saúde, ao passo que se encontra em jogo o restabelecimento da vida comunitária para além de sua concepção biomédica. (shrink)

Para o direito, o poder é legítimo quando se subordina às regras jurídicas em vigor. Para o poder, o direito é válido na medida em que se torna instrumento da dominação. As relações entre o direito e o poder têm sido objeto das mais diferentes abordagens na sociologia, política ou filosofia. Entre os estudiosos do direito, contudo, o assunto não tem recebido a devida atenção. Infelizmente, porque a contribuição dos juristas para a discussão é bastante peculiar e, portanto, insubstituível. Este (...) livro resulta das reflexões de um profissional do direito sobre um dos mais relevantes aspectos suscitados pelo tema. Nele, discute-se como a produção do conhecimento jurídico é influenciada pelo poder, em uma sociedade capitalista. Depois de apresentar um panorama significativo da teoria política, de Hobbes e Foucault, passando por Weber e os marxistas, o autor centra a sua análise nos fundamentos jurídicos típicos do capitalismo (igualdade, legalidade e legitimidade), para examinar a forma pela qual a doutrina do direito é instrumentalizada na reprodução do poder, e, em certa medida, reage sobre este para ampliá-lo. Com o presente trabalho, Fabio Ulhoa Coelho, professor de direito comercial e de lógica jurídica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, obteve por esta instituição o título de doutor em direito. Da Banca Examinadora, que o aprovou com distinção, participaram os juristas Tércio Sampaio Ferraz Jr. (orientador), Dalmo de Abreu Dallari, Celso Bastos, Maria Helena Diniz e Eros Roberto Grau. Em razão do seu aprofundamento, abrangência e atualidade, esta obra não pode faltar na bibliografia das disciplinas de teoria geral do estado e filosofia do direito, em nível de graduação ou pós-graduação, interessando também aos estudiosos das demais áreas das ciências humanas. (shrink)

This paper analyzes concepts of independence and assumptions of convexity in the theory of sets of probability distributions. The starting point is Kyburg and Pittarelli’s discussion of “convex Bayesianism” (in particular their proposals concerning E-admissibility, independence, and convexity). The paper offers an organized review of the literature on independence for sets of probability distributions; new results on graphoid properties and on the justification of “strong independence” (using exchangeability) are presented. Finally, the connection between Kyburg and Pittarelli’s results and recent developments (...) on the axiomatization of non-binary preferences, and its impact on “complete” independence, are described. (shrink)

Causal modelling provides a powerful set of tools for identifying causal structure from observed correlations. It is well known that such techniques fail for quantum systems, unless one introduces 'spooky' hidden mechanisms. Whether one can produce a genuinely quantum framework in order to discover causal structure remains an open question. Here we introduce a new framework for quantum causal modelling that allows for the discovery of causal structure. We define quantum analogues for core features of classical causal modelling techniques, including (...) the causal Markov condition and faithfulness. Based on the process matrix formalism, this framework naturally extends to generalised structures with indefinite causal order. (shrink)

The aim of this paper is to offer an analysis of the notion of artificial moral agent (AMA) and of its impact on human beings’ self-understanding as moral agents. Firstly, I introduce the topic by presenting what I call the Continuity Approach. Its main claim holds that AMAs and human moral agents exhibit no significant qualitative difference and, therefore, should be considered homogeneous entities. Secondly, I focus on the consequences this approach leads to. In order to do this I take (...) into consideration the work of Bostrom and Dietrich, who have radically assumed this viewpoint and thoroughly explored its implications. Thirdly, I present an alternative approach to AMAs—the Discontinuity Approach—which underscores an essential difference between human moral agents and AMAs by tackling the matter from another angle. In this section I concentrate on the work of Johnson and Bryson and I highlight the link between their claims and Heidegger’s and Jonas’s sug-gestions concerning the relationship between human beings and technological products. In conclusion I argue that, although the Continuity Approach turns out to be a necessary postulate to the machine ethics project, the Discontinuity Approach highlights a relevant distinction between AMAs and human moral agents. On this account, the Discontinuity Approach generates a clearer understanding of what AMAs are, of how we should face the moral issues they pose, and, finally, of the difference that separates machine ethics from moral philosophy. (shrink)

In response to the many social impacts of automated mobility, in September 2020 the European Commission published Ethics of Connected and Automated Vehicles, a report in which recommendations on road safety, privacy, fairness, explainability, and responsibility are drawn from a set of eight overarching principles. This paper presents the results of an interdisciplinary research where philosophers and engineers joined efforts to operationalize the guidelines advanced in the report. To this aim, we endorse a function-based working approach to support the implementation (...) of values and recommendations into the design of automated vehicle technologies. Based on this, we develop methodological tools to tackle issues related to personal autonomy, explainability, and privacy as domains that most urgently require fine-grained guidance due to the associated ethical risks. Even though each tool still requires further inquiry, we believe that our work might already prove the productivity of the function-based approach and foster its adoption in the CAV scientific community. (shrink)

This book offers a systematic and thorough philosophical analysis of the ways in which driving automation crosses path with ethical values. Upon introducing the different forms of driving automation and examining their relation to human autonomy, it provides readers with in-depth reflections on safety, privacy, moral judgment, control, responsibility, sustainability, and other ethical issues. Driving is undoubtedly a moral activity as a human act. Transferring it to artificial agents such as connected and automated vehicles necessarily raises many philosophical questions. When (...) driving is automated, what happens to its ethical dimensions? Could artificial agents accomplish ethical objectives on our behalf, take moral decisions in our place, and drive us into a more ethical transportation future? In doing so, would they be “moral” as we are or in a way that is similar to, but also remarkably different from, our own? And what role is yet to be played by human responsibility and commitment? The book addresses these questions with the aim of stimulating an interdisciplinary dialogue between different stakeholders. They include automotive engineers, computer scientists, and moral philosophers, as well as industry representatives, policymakers, regulators, transportation experts, and the general public. Indeed, connected and automated vehicles will not take the high road for us . We must drive them there. (shrink)

The idea that an adequate semantics of ordinary language calls for some theory of events has sparked considerable debate among linguists and philosophers. On the one hand, so many linguistic phenomena appear to be explained if (and, according to some authors, only if) we make room for logical forms in which reference to or quantification over events is explicitly featured. Examples include nominalization, adverbial modification, tense and aspect, plurals, and singular causal statements. On the other hand, a number of deep (...) philosophical questions arise as soon as we take events into consideration. Are events entities of a kind? What are their identity and individuation criteria? How does semantic theorizing depend on such metaphysical issues? The aim of this book is to address such issues in some depth, with emphasis precisely on the interplay between linguistic applications and philosophical implications. Contributors: N. Asher, P. M. Bertinetto, J. Brandl, D. Delfitto, R. Eckardt, J. Higginbotham, A. Lenci, T. Parsons, A. ter Meulen, H. Verkuyl. A comprehensive introductory essay (pp. 3-47) is included. (shrink)

Recent research in the field of social robotics has shed light on the considerable role played by biases in the design of social robots. Cues that trigger widespread biased expectations are implemented in the design of social robots to increase their familiarity and boost interaction quality. Ethical discussion has focused on the question concerning the permissibility of leveraging social biases to meet the design goals of social robotics. As a result, integrating ethically problematic social biases in the design of robots-such (...) as, e.g., discriminatory gender stereotypes-has been opposed as morally unacceptable. Building on this debate, the present paper explores a related but different question: would it be permissible to design social robots in ways that intentionally challenge widespread discriminatory social biases, thus fostering moral education? The analysis shows that, while the potential benefits of such a design strategy could be significant, its practical endorsement raises important ethical issues. Hence, caution and further discussion are advised. (shrink)

The present paper aims at contributing to the ethical debate on the impacts of artificial intelligence (AI) systems on human autonomy. More specifically, it intends to offer a clearer understanding of the design challenges to the effort of aligning driving automation technologies to this ethical value. After introducing the discussion on the ambiguous impacts that AI systems exert on human autonomy, the analysis zooms in on how the problem has been discussed in the literature on connected and automated vehicles (CAVs). (...) On this basis, it is claimed that the issue has been mainly tackled on a fairly general level, and mostly with reference to the controversial issue of crash-optimization algorithms, so that only limited design insights have been drawn. However, integrating ethical analysis and design practices is critical to pursue the implementation of such an important ethical value into CAV technologies. To this aim, it is argued, a more applied approach targeted at examining the impacts on human autonomy of current CAV functions should also be explored. As an example of the intricacy of this task, the case of automated route planning is discussed in some detail. (shrink)

L’Intelligenza Artificiale Generativa (IAG) pone sfide inedite all’educazione universitaria. Dalla definizione dei contenuti alla valutazione delle prove e alla determinazione delle modalità di esame, questo nuovo e potente strumento inaugura una stagione di cambiamenti su cui è urgente riflettere. La tecnologia contribuisce da sempre a dare forma al lavoro didattico, il quale evolve anche alla luce delle opportunità e dei rischi che essa introduce. Come far sì che l’evoluzione stimolata dall’IAG sia felice, ovvero serva i valori e gli obiettivi della (...) didattica e delle persone che la vivono? Ne ho discusso con alcuni colleghi dell’Unità di Studi META del Politecnico di Milano – docenti impegnati a vario titolo in corsi di carattere filosofico e sociale rivolti a studenti di formazione tecnica. (shrink)

O julgamento da ADPF 54 pelo Supremo Tribunal Federal teve como efeito a regulamentação do início da proteção constitucional à vida, silenciada na Constituição Federal de 1988 e na legislação ordinária. Todavia, a tramitação perante o Legislativo de Projeto de Lei prevendo a criminalização da interrupção da gravidez por diagnóstico de anencefalia fetal reacende as tensões acerca dos limites da atuação dos poderes Judiciário e Legislativo na concretização dos direitos fundamentais, as quais serão analisadas no presente trabalho à luz do (...) direito comparado, a fim de compreender como a regulamentação do direito à vida se estabeleceu em outros Estados Democráticos. (shrink)

In scientific communications, journal articles, and philosophical aesthetic debates the words “art”, “creativity”, and “machine” are put together more and more frequently. Since some machines are designed to, or happens to, imitate human artistic creativity, it seems natural to use the same words to talk about human artists and machines which imitate them. However, the evolution of language in light of technology may conceal specific features of the phenomena it is supposed to describe. This makes it difficult to understand what (...) machine creativity actually is and how it is connected to human creativity. The aim of the paper is to investigate why, and in what sense, the functioning of some machines may be described in terms of artistic creativity and what is the relation between machine creativity and its human archetype. I start (§1) by introducing some general ideas concerning how language evolves alongside new technologies and focusing on the case of machine creativity. In §2 I review how some creative machines have been presented to the public, thus showing that a linguistic habit which connects machines to artistic creativity has already formed. In §3 I survey the debate on machine aesthetics and I highlight the main traits of the issue. In §4 I submit a primary scheme of machine creativity which draws on the concept of functional autonomy. Finally (§5), I argue that machine creativity cannot be mistaken for a substitute of the human kind, despite the fact that the word is the same. Creative machines are technological mediums by which new forms of human aesthetic experience can be explored. The kind of creativity machines enjoy displays a functional nature. (shrink)

The aim of this paper is to clarify the extent to which relationships between Human Agents (HAs) and Artificial Agents (AAs) can be adequately defined in terms of trust. Since such relationships consist mostly in the allocation of tasks to technological products, particular attention is paid to the notion of delegation. In short, I argue that it would be more accurate to describe direct relationships between HAs and AAs in terms of reliance, rather than in terms of trust. However, as (...) mediums of human actions to which tasks are delegated, AAs indirectly mediate trust between users and other social actors involved in their design, manufacture, commercialisation and deployment. In this sense, AAs mediate social trust. My conclusion is that relationships between HAs and AAs are thus to be understood directly in terms of reliance and indirectly in terms of social trust mediation. (shrink)

O presente artigo tem por finalidade demonstrar que, apesar de não estar expresso no rol das cláusulas pétreas, o macroprincípio da fraternidade jurídica não é passível de ser suprimido do texto constitucional. Ainda que não esteja presente expressamente na parte dogmática da Constituição Federal de 1988, a fraternidade se apresenta de forma implícita em diversos dispositivos normativos fundamentais e expressamente no preâmbulo, trecho inaugural da Lei Fundamental. Desse modo, a pesquisa que ora se apresenta parte do seguinte questionamento: O princípio (...) jurídico da fraternidade pode ser considerado uma cláusula pétrea constitucional? Decisões judiciais recentes e estudos doutrinários contemporâneos no campo das ciências jurídicas evidenciam que, além de estar presente na parte introdutória da Constituição brasileira, também se encontra consubstanciada em diversos dispositivos fundamentais do corpo normativo constitucional. Pretende-se aqui identificar como o princípio da fraternidade jurídica se entrelaça com outros princípios fundamentais presentes no texto dogmático da Constituição da República. A metodologia aplicada a esta pesquisa é qualitativa e bibliográfica ao buscar fontes na doutrina jurídica relacionadas com a fraternidade e os direitos humanos fundamentais. (shrink)

In this essay I try to determine the extent to which it is possible to conceive robots and organisms as analogous entities. After a cursory preamble on the long history of epistemological connections between machines and organisms I focus on Norbert Wiener’s cybernetics, where the analogy between modern machines and organisms is introduced most explicitly. The analysis of issues pertaining to the cybernetic interpretation of the analogy serves then as a basis for a critical assessment of its reprise in contemporary (...) robotics and AI, where the line between organisms and technologies gets even more blurred. In brief, I argue for the necessity of defining the extent to which the analogy between robots and organisms applies in order not only to harness its heuristic potential, but also to keep track of the pivotal differences that distinguish the two classes of entities. Finally, I discuss how the ordinary use of language and the peculiar status of the idea of robot obstruct awareness of the differences between robots and organisms. (shrink)

Late antique Gnosticism and Heidegger’s Existentialism are usually counted among the main theoretical targets of Hans Jonas’s philosophy of life and responsibility, since they are supposed to share the dualistic and nihilistic attitude the philosopher deemed most mistaken and pernicious. In particular, Gnosticism is commonly understood as the exact opposite of what Jonas strove to accomplish in his work. However, I think it is simplistic to relegate Gnosticism to a merely antagonistic role in the development of Jonas’s philosophy. My claim (...) is that Gnosticism, being a non-nihilistic form of dualism, might have been a relevant source of inspiration – although not the only one – for amending the flaws of Heidegger’s Existentialism. By taking a closer look at the essay Gnosticism, Existentialism, and Nihilism, this article aims to clarify the critical and constructive role that Gnosticism might have played in shaping some of the major traits of Jonas’s thought. The first part of this essay deals with Jonas’s ‘gnostic reading’ of Heidegger’s Existentialism and highlights the positive insights drawn from such interpretative strategy. The second part focuses on three main motives in Jonas’s philosophy that may be traced back to the gnostic narrative: value objectivity and vulnerability, human responsibility and involvement in the history of being, and the sense of belonging to a wider dimension capable of providing orientation and meaning to human life. (shrink)

The question on the essence of man and his relationship to nature is certainly one of the most important themes in the philosophy of Hans Jonas. One of the ways by which Jonas approaches the issue consists in a comparison between the contemporary interpretation of man and forms of wisdom such as those conveyed by ancient Greek philosophy and the Jewish tradition. The reconstruction and discussion of these frameworks play a fundamental role in Jonas’s critique of the modern mind. In (...) the first section I introduce the anthropological problem in Hans Jonas’s oeuvre. Moreover, I clarify why it becomes essential for Jonas to resort to different forms of traditional wisdom. In the second and third sections I try to give an account (as complete as possible) of the two generalisations which Jonas shapes in order to criticise the modern concepts of man and nature. In the last section I show how Jonas links these generalisations to his own philosophical assessment of modernity. Finally, I focus on his methodology, which exemplifies how critical thinking may arise from a reconsideration of traditional contents. (shrink)

O objetivo da pesquisa é demonstrar a importância da fraternidade na democracia brasileira, caracterizada como representativa, ao menos em tese, visto que a vontade do povo não tem sido considera nas decisões que promovem mudanças legislativas substanciais. Diante disto surge a indagação central do presente estudo: Qual a contribuição da categoria da fraternidade em uma democracia? A metodologia aplicada a pesquisa é qualitativa e bibliográfica ao buscar fontes na doutrina jurídica relacionada com o tema e também quantitativa ao trazer dados (...) como forma de argumentação. Justifica-se o estudo pela relevância da fraternidade na construção da democracia no Brasil. (shrink)

La teneur d'un ouvrage philosophique dépend à la fois des thèses qui y sont déployées par son auteur et des références dont celui-ci se nourrit. Dans l'oeuvre de Gaston Bachelard, le système référentiel est tout particulièrement abondant : comme si le philosophe redoutait secrètement la vaticination, préférant étayer ses affirmations par des matériaux qu'il puise dans l'univers, pour ainsi dire illimité, de ses lectures. De fait, il n'a jamais caché avoir été un lecteur boulimique, insatiable. Ce faisant, il oublie de (...) dire que toute sa vie est aussi bien un acte d'écriture, dont la table d'existence, c'est-à-dire la table de travail, est le support fondamental. Écriture et lectures s'avèrent pour lui intimement liées. C'est bien pourquoi l'Index que nous proposons ici présente un intérêt majeur. Il dévoile de façon ordonnée l'abondance impressionnante d'une culture qui se met sans arrêt au service d'une pensée. En même temps il agit à la manière d'un spectrographe, qui révèle des zones privilégiées de références et de préoccupations. Dans le cas de Gaston Bachelard, le champ des affinités philosophiques est particulièrement révélateur : il s'y noue un réseau globalement cohérent de références récurrentes, qui apparaît en même temps sur un fond de désaffections implicites : c'est dire qu'il y a de grands absents dans le répertoire bachelardien. De fait, et globalement, il cite beaucoup plus largement les savants et les poètes que les grands philosophes de la tradition classique. D'une utilisation particulièrement aisée, cet Index permettra aux chercheurs, aux étudiants et à tous les lecteurs passionnés de repérer les sources explicites de Gaston Bachelard disséminées à l'intérieur de son oeuvre. (shrink)

Paul Feyerabend, entre os anos de 1948 e 1970, discutiu diversas questões concernentes à mecânica quântica: problema da medição, a complementaridade e o “corte” entre o regime macro e micro, foram alguns dos assuntos mais estudados. Desde seus primeiros trabalhos acadêmicos, é possível identificar aspectos que o serão caros durante toda sua vida, como é o caso da relação entre conhecimento físico e visões de mundo. A partir de uma reconstrução de seu pensamento (entre os anos de 1948 e 1970), (...) o presente artigo busca compreender como suas críticas à mecânica quântica o levaram a defender que a física clássica é mais fundamental que a mecânica quântica, não o contrário, além de discutir a relação entre conhecimento físico e visão de mundo, algo que, para Feyerabend, é indissociável. (shrink)

O objetivo deste ensaio consiste em argumentar, de maneira não conclusiva, em favor da tese que responsabiliza a física nuclear pela popularização, entre os físicos, do termo ‘modelo’. Apesar de este termo já ser usado desde, pelo menos, o início do século XX, foi com as investigações sobre a estrutura do núcleo atômico que ele se disseminou. Finalmente, este texto questiona se a popularização deste conceito não poderia ser também explicada pela sua capacidade de permitir a uma ciência tão especializada, (...) donde tão fragmentada, como a física a existência de canais de comunicação internos. (shrink)

The purpose of this essay is to attempt an interpretation of Hans Jonas’s philosophical approach to tradition in terms of an exercise in critical thinking. Although several modern authors have seen in tradition a normalizing and conservative force that either constrains the powers of human reason or prevents new disruptive ideas from thriving, other philosophers have contested this accusation and concurred to sketch the general guidelines of a theory of the critical value of tradition. Commenting on both published and unpublished (...) material, I claim that Jonas’s meditation on the history of western culture belongs to this latter stance. Moving from this thesis, I then analyse some passages of Jonas’s oeuvre where his position concerning the critical potential of tradition is theorised or directly put into practice. In particular, I focus on the essay The Practical Uses of Theoryand on an unedited transcription of the 1967 conference Contemporary Problems in Science and Ethics. A Jewish Comment. (shrink)

In this paper we offer an overall account of the complex and multilayered Italian reception of Hans Jonas’ philosophy, with an eye to its specific features compared to what happened elsewhere. After an introductory foreword the paper is structured in four sections and a brief conclusion, each of which deals with a peculiar aspect of Jonas’ thought: ethics and bioethics, philosophical biology and ontology of life, gnostic and religious studies, studies in the history of philosophy. In the final section we (...) sum up the overall meaning of the «Wirkungsgeschichte» of Jonas’ philosophy in Italy and highlight possible lines of research still to be accomplished. (shrink)

Il problema della rappresentazione, connaturato ad ogni mediazione linguistica del rapporto di mente e mondo, è nelle sue molteplici forme un tema antico della riflessione filosofica. La rappresentazione letteraria appartiene alla stessa categoria e pone problemi analoghi al pensiero. Che cosa significa rappresentare poeticamente? Il concetto di finzione letteraria può avere solo un senso peggiorativo o limitante nei confronti della comunicazione dell’universale, o ne può essere una modalità? Il tema del saggio è il rapporto tra realtà e finzione letteraria che (...) pare emergere da I falsari di André Gide. Seguendo le intuizioni e i suggerimenti dello scrittore, si proverà a tracciare le linee principali di un’interpretazione positiva della finzione letteraria, che ne riconosca la potenza espressiva senza soffocarne i caratteri distintivi. Non è detto, poi, che ciò che vale per la rappresentazione poetica non possa avere un senso anche sotto punti di vista più generali. (shrink)

The purpose of this essay is to determine the domain of validity of the notions developed in Machine Ethics [ME]. To this aim, I analyse the epistemological and methodological presuppositions that lie at the root of such technological project. On this basis, I then try and develop the theoretical means to identify and deconstruct improper applications of these notions to objects that do not belong to the same epistemic context, focusing in particular on the extent to which ME is supposed (...) to feedback onto moral philosophy. By highlighting the inadequacy of many approaches to the supposed philosophical implications of ME, I wish to redirect attention to its actual scope and to stress its relevance for the social acceptance of autonomous technologies. The essay is structured as follows. After a brief introduction (§ 1), in § 2 I shed light upon the link between the current trend of robotic development toward greater degrees of autonomy and the corresponding need for artificial moral agents that fuels research in ME. I then present the epistemological profile of ME in § 3, focusing on its main component, i.e., the modelling of human moral agency in the language of robotics and computer science. In § 4 I deal with cases in which such model is brought to bear on human ethics and moral philosophy as well, whilst in § 5 I develop a criticism of this extension based on an account of the actual epistemological relations that obtain between philosophical and technological knowledge in the context of the ME project. In § 6 I discuss the role that the ordinary use of language plays in the process of extending machinerelated notions to other domains of knowledge and, finally, I clarify what the appropriate scope of machine ethics is notwithstanding its many utopian or dystopian misinterpretations. (shrink)

Between Timelessness and History: The Image of the Human Being in Hans Jonas’ Ethics. This essay offers a contribution to the inquiry into the notion of image of the human being in Hans Jonas’ ethics. More specifically, passages from Das Prinzip Verantwortung and Technik, Medezin und Ethik are discussed to shed light on the complex temporal character that the image exhibits, stretched between the atemporality of what is equal to itself and the vulnerability that is distinctive of historical time. Particular (...) attention is dedicated to the fact that Jonas depicts the image as cross-cutting usual dichotomies such as temporal and timeless, permanent and changing, historical and non-historical – perhaps even transcendent and immanent. Albeit within its limits, the present work identifies the paradoxical temporal character of the image and, in so doing, points to a middle way between essentialism and relativism that may help rethink the relation between ethical values and historical time. (shrink)

The aim of this paper is to offer some philosophical remarks concerning the concept of moral application in applied ethics. In doing so, I argue in favour of a philosophical approach towards applied ethics as a unitary form of moral experience. In fact every form of applied ethics, no matter how specific, moves from a problem of application and tries to fill a gap between moral theory and practice. This essential unity of applied ethics as a moral phenomenon is of (...) great philosophical interest, since it belongs to the core problem from which moral thinking itself originates. For this reason, what applied ethics may reveal to a philosophical inquiry could provide valuable insight into the nature of moral experience itself. This is why it is important to reflect on what applied ethics is and whether the way in which application is usually framed be ts the properties of moral experience or not. In the first section I submit some preliminary remarks concerning the theoretical requirements to any philosophical approach to applied ethics. In the second section I present how application is commonly understood in the applied ethics debate by discussing the deductive and the procedural models of application. Both models, however, draw upon a technological conception of application which fails to t the structure of moral experience. Finally, I brie y sketch out the main features and the future tasks of what seems to me to be the most promising approach to the issue, i.e., the hermeneutic concept of application. (shrink)

Característica crucial da obra de Platão é a abertura dialética: sem o movimento do diálogo, sem a abertura para o outro que, corajosamente, apresenta o seu lógos ao escrutínio dialético, não há filosofia. Tampouco há posições definitivas e acabadas que não possam, em algum momento, serem retomadas e repensadas.