Este texto interroga acerca do nosso modo de vida a partir da pandemia do Sars-Cov-2 com o intuito de refletir sobre como interagimos com os outros humanos e não-humanos. Para isso temos como referência Obaluayê, o Orixá da cura, em diálogo com alguns pensadores que problematizaram a vivência humana nesse atual período. Portanto é um texto propositivo com base na interrogação se as chagas que nos acompanham propiciam outras experiências no mundo?

O conceito de tempo é uma das formas primordiais para entender como a atividade filosófica acontece em diferentes culturas. Assim, este artigo analisa como a temporalidade é interpretada pela Fenomenologia e pela Filosofia Nagô por meio de uma dialogia através dos esquemas intencionais da consciência fenomenológica e do jogo de posições circuladas por Èṣú. A partir dessa circulação em Èṣù serão apresentadas as implicações filosóficas sobre a temporalidade que caracterizam a Filosofia Nagô. Palavras-chave: Èṣú; Filosofia Nagô; Fenomenologia; Temporalidade.

Resumo: Este artigo trata da diáspora africana como fonte epistemológica e, principalmente, de pensar suas implicações para a produção de filosofia africana, no Brasil. Para isso, o corpo será enfatizado como meio de comunicação com o mundo visível ou invisível, através do terreiro, estabelecendo uma relação entre a vivência e o pensamento filosófico. Em seguida, para fundamentar a diáspora, será interpretada a narrativa da orixá Oyá/Iansã, tendo como eixo o “corpo sem fronteiras” que medeia natureza e cultura. Por fim, propõe-se (...) uma filosofia que articule o encontro entre o terreno e o espiritual, a tradição e o moderno, baseando-se em uma conexão conceitual entre África e Brasil.: This article deals with the african diaspora as an epistemological source and, mainly, think the implications for the production of african philosophy in Brazil. To this issue, the body will be emphasized as a means of communication with the visible or invisible world through the terreiro, establishing a relationship between experience and philosophical thought. Then, to base the diaspora, the narrative of orixá Oyá/Iansã will be interpreted as its axis the “body without borders” that mediates nature and culture. Finally, we propose a philosophy that articulates the encounter between the earth and the spiritual, the tradition and the modern based on a conceptual connection between Africa and Brazil. (shrink)

Este artigo procura pensar a filosofia com Frantz Fanon, isto é, apresentar as análises fanonianas como contributos para a atividade filosófica. Com isso o ponto inicial trata-se da advertência de Achille Mbembe para a ausência de “África” nas pesquisas atuais sobre Fanon. O artigo pretende mostrar que isso ocorre por duas vias: o Enfeitiçamento e o Reconhecimento. Elas são formas de manutenção do discurso que fundamenta um Narcisismo Branco, ou seja, uma filosofia que reproduz a imagem da filosofia europeia como (...) única alternativa. Ao fim, o artigo propõe uma filosofia corporificada que enfatiza as particularidades e sustenta a pluriversalidade filosófica. (shrink)

This article analyzes necropolitics as background of military action in peripheral regions of Brazil. With this, we propose a conceptual deepening about the term necropolitics and an analysis of its performance in The Brazilian territory, exemplified from news published by electronic newspapers between the years 2017 and 2020. For this, the figure of the sovereign will be taken in the light of the articulation between life and language, because with the expectation of pacifying society, a series of discourses are produced (...) with the intention of basing the image of the enemy and justifying the production of territories of deaths. (shrink)

De maneira reconhecida ou não, a presença de Górgias, e suas teses, no corpus platônico transcende os limites da presença da personagem Górgias nos sete diálogos em que este é mencionado por Platão. Diante de uma influência multifacetada – que abarca desde questões relativas à linguagem, passando pela metafísica, política e estatuto da arte – faz-se necessário um recorte para melhor evidenciar a apropriação e reelaboração platônica do quadro conceitual gorgiano. A pretensão é fazer uma releitura de alguns momentos do (...) texto platônico por meio de um destaque às referências, diretas e indiretas, que nele estão contidas, tanto da sofística de um modo geral, como de Górgias de Leontinos de modo específico. A tese que se pretende defender é a de que as principais hipóteses teóricas apresentadas pelos sofistas, e por Górgias de modo proeminente, devem ser consideradas imprescindíveis para a construção da filosofia platônica – ainda que esta constitua-se como reação ou apropriação seletiva daquelas. Assim, a indústria platônica não se constitui apenas em desqualificar o edifício filosófico gorgiano, a fim de erguer suas teses sobre as ruínas deste, mas também utilizar alguns conceitos da empresa filosófica de Górgias como vigas-mestras da nova perspectiva reflexiva que o discípulo de Sócrates comprometeu-se a desenvolver. Palavras-chave: Górgias; Platão; Sofística; Platonismo; Discurso. (shrink)

ENTREVISTA COM PROFESSORAS (ES) DE FILOSOFIA DO ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ – BLOCO ICom: Ada Beatriz Gallicchio Kroef, Vicente Thiago Freire Brazil, Roberta Liana Damasceno Costa, Elizabeth Bezerra FurtadoPor: Antônio Alex Pereira de Sousa, Paulo Willame Araújo de Lima.

Este estudo teve como objetivo investigar a qualidade de vida em pessoas com câncer que buscam assistência em casas de apoio. A amostra foi composta por mulheres (82,5%) e homens (17,5%), (N=57). A metodologia foi quanti-qualitativa. Utilizou-se um questionário sócio demográfico, a escala de qualida..

This volume has 41 chapters written to honor the 100th birthday of Mario Bunge. It celebrates the work of this influential Argentine/Canadian physicist and philosopher. Contributions show the value of Bunge’s science-informed philosophy and his systematic approach to philosophical problems. The chapters explore the exceptionally wide spectrum of Bunge’s contributions to: metaphysics, methodology and philosophy of science, philosophy of mathematics, philosophy of physics, philosophy of psychology, philosophy of social science, philosophy of biology, philosophy of technology, moral philosophy, social and political (...) philosophy, medical philosophy, and education. The contributors include scholars from 16 countries. Bunge combines ontological realism with epistemological fallibilism. He believes that science provides the best and most warranted knowledge of the natural and social world, and that such knowledge is the only sound basis for moral decision making and social and political reform. Bunge argues for the unity of knowledge. In his eyes, science and philosophy constitute a fruitful and necessary partnership. Readers will discover the wisdom of this approach and will gain insight into the utility of cross-disciplinary scholarship. This anthology will appeal to researchers, students, and teachers in philosophy of science, social science, and liberal education programmes. 1. Introduction Section I. An Academic Vocation Section II. Philosophy Section III. Physics and Philosophy of Physics Section IV. Cognitive Science and Philosophy of Mind Section V. Sociology and Social Theory Section VI. Ethics and Political Philosophy Section VII. Biology and Philosophy of Biology Section VIII. Mathematics Section IX. Education Section X. Varia Section XI. Bibliography. (shrink)

This essay aims to explore the impact of Object-Oriented Ontology (O.O.O) within the realm of pedagogy, critically examining its departure from humanistic and traditional paradigms. Simultaneously, it presents an alternative perspective on education that decenters the human as an inevitable ground. In a contrasting move, attention is directed towards Bruno Latour and Graham Harman, elucidating key facets of their ideas. This shift also signifies a departure from the conventional realm of “critical pedagogy”, as championed by Brazilian pedagogue Paulo Freire. (...) However, it is crucial to acknowledge and appreciate the contributions and significance of Freire’s work. This essay adopts a left-wing stance, with no intention of launching moral attacks on Paulo Freire, as is sometimes witnessed when reactionaries and conservatives enter the academic arena. Criticisms within these pages focus on the content of Freire’s writings, tracing the trajectory from his seminal work, “Pedagogy of the Oppressed”, published in 1968, to his final piece, “Pedagogy of Autonomy” written in 1996. The aim is not to exhaust all arguments put forth by Freire but to engage with select ideas, since his oeuvre is extremely complex and full of different layers. It is essential to clarify that the critique presented here does not target the character of Paulo Freire but rather delves into some of the theoretical references behind the scenes, particularly the anthropocentrism associated with his ideas. Consequently, this essay emerges as an interdisciplinary endeavor, a conjunction between philosophy and social theory. What doors will this discussion open? What new field of possibilities awaits us? I invite you to dive into this debate, exploring the potential for an Object-Oriented Pedagogy (O.O.P) on the horizon. (shrink)

O presente texto narra uma experiência de formação de alfabetizadores de jovens e adultos: uma alfabetização filosófica de 40 horas com 300 alfabetizadores em julho de 2022, como primeira etapa do Programa “Supera RN” em Pau dos Ferros, dentro da Política de Superação do Analfabetismo do Estado do Rio Grande do Norte (RN). O texto tematiza em que sentido a experiência de Alfabetização filosófica se inspira e ao mesmo tempo se diferencia do curso de Alfabetização oferecido por Paulo Freire (...) em Angicos em 1963. Inspirado na curiosidade e no compromisso de Paulo Freire com os esfarrapados do mundo, o conceito “alfabetização filosófica” propõe uma formação experiencial sustentada nas seguintes disposições: escutar atentamente o mundo humano e não humano que nos rodeia; pensar juntos com cuidado e calma; relacionarmo-nos cooperativa e não competitivamente com as ideias das outras pessoas; perguntarmo-nos, colocando em questão, nossa vida e a maneira como nos relacionamos com ela, num tempo especial, singular, suspendido; conversar como iguais na busca de enfrentar as exigências de nossa comunidade; inventar novas formas de estar com outras e outros. O texto apresenta como essas disposições foram pensadas e praticadas durante a alfabetização filosófica em Pau dos Ferros, RN, através de cinco princípios (perguntar; escutar; tempo de infância; igualdade; pensar juntos) e lança algumas perguntas sobre possíveis desdobramentos da alfabetização filosófica no campo de formação de professores. (shrink)

O presente texto narra uma experiência de formação de alfabetizadores de jovens e adultos: uma alfabetização filosófica de 40 horas com 300 alfabetizadores em julho de 2022, como primeira etapa do Programa “Supera RN” em Pau dos Ferros, dentro da Política de Superação do Analfabetismo do Estado do Rio Grande do Norte (RN). O texto tematiza em que sentido a experiência de Alfabetização filosófica se inspira e ao mesmo tempo se diferencia do curso de Alfabetização oferecido por Paulo Freire (...) em Angicos em 1963. Inspirado na curiosidade e no compromisso de Paulo Freire com os esfarrapados do mundo, o conceito “alfabetização filosófica” propõe uma formação experiencial sustentada nas seguintes disposições: escutar atentamente o mundo humano e não humano que nos rodeia; pensar juntos com cuidado e calma; relacionarmo-nos cooperativa e não competitivamente com as ideias das outras pessoas; perguntarmo-nos, colocando em questão, nossa vida e a maneira como nos relacionamos com ela, num tempo especial, singular, suspendido; conversar como iguais na busca de enfrentar as exigências de nossa comunidade; inventar novas formas de estar com outras e outros. O texto apresenta como essas disposições foram pensadas e praticadas durante a alfabetização filosófica em Pau dos Ferros, RN, através de cinco princípios (perguntar; escutar; tempo de infância; igualdade; pensar juntos) e lança algumas perguntas sobre possíveis desdobramentos da alfabetização filosófica no campo de formação de professores. (shrink)

A distinção entre o estado de exceção e a normalidade deixou de ser absoluta, no século XX, dada a ineficácia dos meios tradicionais diante da exceção econômica. Houve mesmo uma banalização do estado excepcional. Vigoram, formalmente, os princípios democráticos, que na prática são constantemente suspensos ou violados. O estado de exceção, como destaca Bercovici, não é um “raio caído de um céu azul”, expressão usada por Marx para descrever a visão que os liberais franceses tinham do golpe de Estado de (...) Luís Bonaparte, nem é o “milagre” de Carl Schmitt, sendo, ao contrário, o novo “paradigma de governo”. Portanto, o estado de exceção não mais está a serviço da normalidade; é esta que está a serviço daquele. (shrink)

Historicist and political reflection of Freire, gives us a deep look promising in the world. His conviction that oppressor and oppressed can liberate each other and together build a more just and equal, is embodied in education as an emancipatory praxis, which must be built into a dialogic relationship between teacher and learner. Paulo Freire's postulates it has influence of diverse intellectual currents and in this tour, we find a permanent invocation to Antonio Gramsci's contributions. La reflexión historicista (...) y política de Freire, nos entrega una mirada profundamente esperanzadora del mundo. Su convicción que opresor y oprimido se pueden liberar mutuamente y en conjunto construir una sociedad más justa e igualitaria, se materializa en la educación como una praxis emancipadora, la cual debe construirse en una relación dialógica entre educador y educando. Los postulados de Paulo Freire tienen influencia de diversas corrientes intelectuales y en ese recorrido, encontramos una permanente invocación a los aportes de Antonio Gramsci. (shrink)

Neste artigo, analisamos os desafios historiográficos relacionados à produção de biografias no âmbito da História da Ciência. Em especial, discutimos as ideias apresentadas pelo historiador francês Jacques Le Goff em seu livro São Luís, publicado em 1996. Essa análise, de natureza teórica e metodológica, é cotejada com o esboço panorâmico da biografia do físico norte-americano David Bohm, recentemente publicada sob o título David Bohm – A Life Dedicated to Understanding the Quantum World. O tema tem relevância também para a (...) história da ciência no Brasil, uma vez que nosso personagem lecionou na Universidade de São Paulo entre fins de 1951 e início de 1955. (shrink)

O presente artigo trata de abordar a temática da busca de identidade do profissional da Educação Infantil no Brasil, fazendo um contraponto com a concepção de Educação de Paulo Freire e com a concepção de “Direito à Educação”. Analisa a luta pela Educação Infantil efetivada pelos movimentos sociais e educacionais do país. Destaca a integração da Educação Infantil e as contradições de compreensão da reorganização da Escola e do espaço pedagógico em vista do protagonismo da Criança como sujeito de (...) Direitos e da Infância como tempo e identidade de formação humana. (shrink)

Este texto vai explanar as diversas contribuições que as obras cinematográficas podem propiciar para a educação, ferramenta essa que pode ser uma grande aliada dos docentes em sala de aula, visto que os filmes chamam a atenção dos aprendentes, diante da transtextualidade e uso de recursos estéticos que dialogam com outras expressões artísticas, além das refrações histórico-sociais possíveis. Nessa perspectiva, compartilhamos algumas experiências didáticas oriundas do projeto “Cine-CAVN: Recepção crítica da indústria cultural na formação da leitura, da escrita e no (...) letramento midiático”, realizado na UFPB / Campus III. Tal demanda institucional surge da necessidade formativa do sujeito crítico e atuante, utilizando como mediação o cinema, arte integrante da cultura da mídia, que auxilia os participantes na produção de textos, visto que a escrita ainda é um grande desafio para a maioria dos discentes. O objetivo das ações é analisar as obras fílmicas e potencializar nos participantes um olhar problematizador, por meio de textos escritos e/ou audiovisuais, trazendo como impacto social um cidadão emancipado (FREIRE, 1986). Assim como o mundo está em constante transformação, a escola também deve se adequar a algumas necessidades dos alunos, e trazer para a sala de aula ferramentas tecnológicas do seu cotidiano, propiciando, desta forma, novos olhares para os temas sensíveis e componentes curriculares (ocultos ou não), de forma a estimular a(s) habilidades(s) crítica(s) dos aprendentes. (shrink)

A paideia grega exigia, no homem perfeito, a kalokagathía (beleza física e beleza moral) e a areté que consistia no conjunto harmónico da primeira, mais o êxito. Em Creta, a civilização mais antiga da Grécia e o primeiro e mais brilhante exemplo de civilização europeia, foi descoberta por A. Evans (1900) e decifrada por Michael Ventris (1952) a escrita do Minóico Linear B. A escrita é a alma duma civilização, como a cultura é a mola propulsora da mesma. A civilização (...) cretense revela-nos, entre muitas outras coisas, uma autêntica ginecocracia ou predomínio feminino. Em Esparta, essa emancipação vai quase ao extremo da masculinização da mulher. Esta, em Atenas, vivia quase reclusa. Estava-lhe vedado sair à rua; frequentemente, eram os maridos que iam fazer compras. A educação da criança estava, em Atenas, a cargo dos pais; em Esparta, ao cuidado do Estado. E assim a consagrou Platão para as classes superiores e médias. Os estados gregos, mesmo os mais democráticos, eram tão ciosos da sua hegemonia, que se não fosse a paideia ou cultura a aglutiná-los, ter-se-iam desmoronado por fragmentação e rivalidade! /// La paideia grecque exigeait chez l'homme parfait la kalokagathia (beauté physique et beauté morale) et l'areté qui consistait en un ensemble harmonieux de la première, avec un plus de succès. En Crète, la civilisation la plus ancienne de la grèce et le premier et plus brillant exemple de civilisation européenne fut découverte par A. Evans (1900) et déciffrée par Michael Ventris (1952), l'écriture du Minoen Linéaire B. L'écriture est l'âme d'une civilisation, tout comme la culture en est le ressort propulseur. La civilisation crétoise nous révèle, parmi beaucoup d'autres choses, une authentique "gynécocratie" ou prédominance féminine. À Sparte, cette émancipation va jusqu'au bout de la masculinisation de la femme. Tendis qu'à Athènes, la femme vivait presque recluse. Il lui était défendu de sortir en rue et fréquemment c'étaient les maris qui allaient faire les courses. À Athènes, l'éducation de l'enfant était à charge des parents; à Sparte, elle était confiée à l'État; et c'est ainsi également que Platon l'a consacrée pour les classes supérieures et moyennes des citoyens. Les états grecs, même les plus démocratiques, étaient si avares de leur hégénomie que s'il n'y avait pas en la paideia ou culture pour les rassembler, ils se seraient écroulés par suite de leurs divisions et rivalités. /// Greek paideia demands in the perfect man kalokagathia (physical and moral beauty) and areté, which consists of harmony of the first, in addition to success. In Crete the most ancient civilization of Greece as well as the first brilliant example of European civilization the script of Minoico Linear B. Was discovered by A. Evans (1900) and deciphered by Michael Ventris (1952). Writing is the soul of a civilization, just as culture is its springboard. The civilization of Crete reveals an authentic gynocracy. In Sparta, this emancipation goes to the extent of masculinization of women, while — in Athens — they lived reclusively. It was forbidden to go out; frequently men did the shopping. In Athens the education of the children was the responsability of the parents, whereas in Sparta it was that of the State. Plato dedicated himself to the education of the upper and middle classes. The Greek States, even the democratic ones, were so concerned with their hegemony that, if were not for paideia as culture to keep them together, they ran the risk of breaking apart throught their intense rivalry. (shrink)

O objetivo do presente ensaio é analisar alguns aspectos da obra de Paulo Freire para trazer à luz a base metodológica sobre a qual Freire erguia seu pensamento, e sobre a qual nos é possível apontar para um fazer pesquisa enquanto prática libertadora e emancipatória. Buscamos expor, assim, os traços característicos do Materialismo Dialético presentes na obra do autor, para então analisar a categoria Diálogo, apresentada em Pedagogia do Oprimido, como princípio orientador de todo o pesquisador que se (...) quer libertador, verdadeiramente emancipatório, compromissado com a mudança, com o vir-a-ser humano. (shrink)

Este texto reflete sobre possibilidades de educação estética na universidade como necessidade premente à formação inicial de docentes, mais especificamente de pedagogos, no sentido da ampliação e do aperfeiçoamento de sua percepção estética, aliadas ao desenvolvimento de uma postura atenta aos contextos sócio-históricos vivenciados. Nessa direção, problematiza sobre quais dispositivos pedagógicos podem ser acionadores de impulsos lúdicos na formação de docentes, sob a luz das concepções de Schiller. Dentre outras contribuições teóricas, o texto cita ainda Freire, que tece importantes (...) considerações sobre as relações entre estética e ética na formação de professores, e que, a nosso ver, o aproxima das ideias de Schiller; Snyders, que trata do espaço universitário como locus privilegiado para se gerar a alegria cultural, energia necessária à aprendizagem diversificada e enriquecedora do repertório científico-cultural dos estudantes; Moraes e Therrien que refletem sobre a necessidade de ampliação do repertório cultural dos docentes; e Moura que aponta à maleabilidade pedagógica do professor como exigência de um perfil flexível e complexo. O trabalho constitui um estudo bibliográfico imerso no campo da filosofia da educação, guiado, entretanto, por reflexões amparadas em experimentações estético-pedagógicas vivenciadas, em processos de formação inicial docente, no âmbito de uma universidade pública estadual brasileira. Com o estudo, infere-se que à universidade cabe o papel decisivo de garantir e estimular o acesso a experiências estéticas que tanto ampliem o repertório artístico-cultural de estudantes como também neles favoreça a criação de impulsos lúdicos, tornando-os mais perceptivos e criativos, sendo que isso se materializará por meio de proposições curriculares de cada curso, aliadas às condições estruturais concretas dessa universidade. Palavras-chave: Educação estética. Impulsos lúdicos. Universidade. Formação de docentes. Pedagogia. (shrink)

Presentamos las dificultades relatadas por estudiantes de pedagogía de dos universidades latinoamericanas, en el contexto de la pandemia COVID-19. Los datos fueron obtenidos a partir de registros escritos y encuestas respondidas por los estudiantes y analizados a partir de una visión freireana de educación. Los problemas junto con el sufrimiento emocional de los jóvenes revelaron el distanciamiento entre docentes y estudiantes y entre sus pares, lo que impactó su proceso formativo. Una práctica educativa que valore el diálogo y los contextos (...) de intereses y motivaciones de los estudiantes se torna fundamental para su formación académica más humana, integrada y transdisciplinar. (shrink)

Source: "This book addresses the fundamentals of machine ethics. It discusses abilities required for ethical machine reasoning and the programming features that enable them. It connects ethics, psychological ethical processes, and machine implemented procedures. From a technical point of view, the book uses logic programming and evolutionary game theory to model and link the individual and collective moral realms. It also reports on the results of experiments performed using several model implementations. Opening specific and promising inroads into the terra incognita (...) of machine ethics, the authors define here new tools and describe a variety of program-tested moral applications and implemented systems. In addition, they provide alternative readings paths, allowing readers to best focus on their specific interests and to explore the concepts at different levels of detail. Mainly written for researchers in cognitive science, artificial intelligence, robotics, philosophy of technology and engineering of ethics, the book will also be of general interest to other academics, undergraduates in search of research topics, science journalists as well as science and society forums, legislators and military organizations concerned with machine ethics.". (shrink)

To most of us – believers and non-believers alike – the possibility of a perfect God co-existing with the kinds of evil that we see calls out for explanation. It is unsurprising, therefore, that the belief that God must have justifying reasons for allowing all the evil that we see has been a perennial feature of theistic thought. Recently, however, a growing number of authors have argued that the existence of a perfect God is compatible with the existence of gratuitous (...) evil. Given powerful, millenia-long sensibilities about power and love and justice, it isn’t hard to find that suggestion simply incredible. Nonetheless, in this paper I will argue that the most prominent theistic alternatives to what has seemed incredible to most of us throughout most of history are themselves patently unacceptable for the theist as well. On any of the most widely accepted accounts of how God could have justifying reasons for permitting some evils, God’s existence means that we have justifying reasons for perpetrating and allowing every evil that we see. That's hard to swallow too. If I’m right about all of this, then two competing outcomes seem to present themselves as a possible result. On the one hand, for the theist, the apparently outrageous suggestion that the existence of a perfect God is compatible with gratuitous evil no longer looks like it faces a formidable, hard-to-resist alternative. On the other hand, some like me might think that my arguments go no distance at all towards dispelling the incredibility of the gratuitous evil nouvelle vague. On this line, theism may seem now to be between the rock and the hard place: it seems hard to make sense of the existence of a perfect God whether or not He has justifying reasons for allowing all the evil that we see. (shrink)

Paul Silva has recently argued that doxastic justification does not have a basing requirement. An important part of his argument depends on the assumption that doxastic and moral permissibility have a parallel structure. I here reply to Silva's argument by challenging this assumption. I claim that moral permissibility is an agential notion, while doxastic permissibility is not. I then briefly explore the nature of these notions and briefly consider their implications for praise and blame.

Given plausible assumptions about the nature of evidence and undercutting defeat, many believe that the force of the evidential problem of evil depends on sceptical theism’s being false: if evil is...

Luis de Molina was a leading figure in the remarkable sixteenth-century revival of Scholasticism on the Iberian peninsula. Molina is best known for his innovative theory of middle knowledge. Alfred J. Freddoso's extensive introductory essay clears up common misconceptions about Molina's theory, defends it against both philosophical and theological objections, and makes it accessible to contemporary readers.

Aesthetic subjectivism takes the truth of aesthetic judgments to be relative to the individual making that judgment. Despite widespread suspicion, however, this does not mean that one cannot be wrong about such judgments. Accordingly, this does not mean that one cannot gain higher-order evidence of error and fallibility that bears on the rationality of the aesthetic judgment in question. In this paper, we explain and explore these issues in some detail.

James Sterba has recently argued that the free will defense fails to explain the compossibility of a perfect God and the amount and degree of moral evil that we see. I think he is mistaken about this. I thus find myself in the awkward and unexpected position, as a non-theist myself, of defending the free will defense. In this paper, I will try to show that once we take care to focus on what the free will defense is trying to (...) accomplish, and by what means it tries to do so, we will see that Sterba’s criticism of it misses the mark. (shrink)

This is not a guide for your writing process. You should write in whatever way expressing and making sense of your ideas feels most natural and most productive to you. This is a guide for organizing your ideas, after you have captured some of them in fits and starts of prose, into a particular kind of final product: the basic philosophy paper.

This paper studies the possible influences on Boole's logic of the writings related to the controversy over the quantification of the predicate between the philosopher William Hamilton and the mathematician Augustus De Morgan. As Boole himself testified in the introduction to his book The mathematical analysis of logic , this controversy was the external agent that stimulated him into writing up his earlier thoughts about a new conception of logic. But in addition to the external role that was played by (...) the controversy, it seems that other kinds of influences on Boole of Hamilton's and De Morgan's ideas about logic, which were made explicit in writings related to the controversy, can also be traced. (shrink)

Therapeutic strategies capable of inducing and enhancing prosthesis embodiment are a key point for better adaptation to and acceptance of prosthetic limbs. In this study, we developed a training protocol using an EMG-based human-machine interface that was applied in the preprosthetic rehabilitation phase of people with amputation. This is a case series with the objective of evaluating the induction and enhancement of the embodiment of a virtual prosthesis. Six men and a woman with unilateral transfemoral traumatic amputation without previous use (...) of prostheses participated in the study. Participants performed a training protocol with the EMG-based HMI, composed of six sessions held twice a week, each lasting 30 mins. This system consisted of myoelectric control of the movements of a virtual prosthesis immersed in a 3D virtual environment. Additionally, vibrotactile stimuli were provided on the participant’s back corresponding to the movements performed. Embodiment was investigated from the following set of measurements: skin conductance response, crossmodal congruency effect, ability to control the virtual prosthesis, and reports before and after the training. The increase in the skin conductance response in conditions where the virtual prosthesis was threatened, recalibration of the peripersonal space perception identified by the crossmodal congruency effect, ability to control the virtual prosthesis, and participant reports consistently showed the induction and enhancement of virtual prosthesis embodiment. Therefore, this protocol using EMG-based HMI was shown to be a viable option to achieve and enhance the embodiment of a virtual prosthetic limb. (shrink)

One of the few points of agreement between most theists and non-theists working on the problem of evil is that the existence of a perfect God is incompatible with the existence of pointless evil. In a series of influential papers, however, Peter van Inwagen has argued that careful attention to the reasoning behind this claim reveals fatal difficulties related to the Sorites Paradox. In this paper, I explain van Inwagen’s appeal to sorites reasoning, distinguish between two different arguments in his (...) work, and argue that they both commit the same so-far-unnoticed mistake. (shrink)

Frente al agotamiento del sistema democrático occidental y sus limitaciones, Luis Villoro ve al futuro y plantea la necesidad de construir nuevos Estados y replantear las sociedades a partir de tres ejes centrales: justicia, democracia ...

This paper defends a novel account of how to determine the intrinsic value of possible worlds. Section 1 argues that a highly intuitive and widely accepted account leads to undesirable consequences. Section 2 takes the first of two steps towards a novel account by clarifying and defending a view about value-contribution that is based on some of W. D. Ross’ claims about the value of pleasure. Section 3 takes the second step by clarifying and defending a view about value-suppression that (...) is based on Ross’ claims about the interplay between prima-facie duties. Section 4 states and defends the account that I call Rossian Totalism. According to this account, the atoms of intrinsic value within a world only sometimes contribute their intrinsic value to the value of that world. (shrink)

My starting point is what I call the Normative Authority Conception of justification, where S is justified in their belief that p at t (to some degree n) if and only if their believing that p at t is not ruled out by epistemic norms that have normative authority over S at t. With this in mind, this paper develops an account of doxastic justification by first developing an account of the normative authority of epistemic norms. Drawing from work in (...) political philosophy, I argue that (a) the cognitive and evaluative commitments and concerns behind our actual practices of holding each other and ourselves accountable for our beliefs reveal which epistemic norms we have consented to be under, and that (b) it is because we have consented to be under the authority of these norms – by actually holding ourselves and others accountable to them – that they in turn have normative authority over us. By connecting the authority of epistemic norms to the authority we have over ourselves in this way, the resulting account of doxastic justification (i) explains why it can be appropriate to criticize, resent, or sanction someone for having unjustified beliefs, (ii) avoids the phenomena of normative alienation and normative parochialism, and (iii) respects the social and collective nature of epistemic justification. (shrink)

What I call the Doxastic Puzzle, is the impression that while each of these claims seems true, at least one of them must be false: (a) Claims of the form ‘S ought to have doxastic attitude D towards p at t’ are sometimes true at t, (b) If Φ-ing at t is not within S’s effective control at t, then it is false, at t, that ‘S ought to Φ at t’, (c) For all S, p, and t, having doxastic (...) attitude D towards p at t is not within S’s effective control at t. All three natural replies to the puzzle have been pursued. Some have claimed that doxastic attitudes like believing that p are, in fact, within our effective control, or sufficiently so. Others have claimed that doxastic ought-claims, strictly speaking, are always false. And some have denied that effective control is required for the adequacy of doxastic ought-claims in general. I here pursue and examine a different strategy. In the first part of this paper, I argue that these claims are not only each true but actually not in tension with each other in the first place. Instead of attempting to dispel the puzzle, this solution proposes to evade it instead: to solve it by properly understanding, and by thereby accepting without contradiction, all of its constitutive claims. In the second part of the paper, I argue that the evasive strategy forces us to re-think our understanding of the place of normative reasons in epistemology. More exactly, it seems to come at the cost of one central way of thinking about our reasons for having doxastic attitudes, one where such reasons are good-standing exemplars of normative reasons in general. The evasive strategy, that is, threatens to lead us very quickly to a deflationary picture of epistemic normativity: it rescues normative talk, but sacrifices normative substance. I conclude by explaining why I think this is more consequential than some have made it out to be, and by suggesting that these consequences are welcome nonetheless. (shrink)

Las edificaciones con valor patrimonial son un testimonio excepcional del progreso de una comunidad y representan ejemplos innegables de la transferencia de conocimientos a lo largo de las generaciones. Es inevitable caminar por centro consolidado de Pasaje y no reconocer el legado cultural de muchas edificaciones. Sin embargo, también resulta fácil observar las alteraciones erróneas que sea han realizado a estas edificaciones con el objetivo de responder a las “nuevas exigencias” de la actualidad. La conservación de los bienes patrimoniales resulta (...) necesaria para la preservación de la integridad e identidad de la ciudad. La presente investigación posibilita entender el nivel de susceptibilidad que presentan las edificaciones consideradas como bienes patrimoniales, debido a que estás viviendas poseen un valor cultural. El objetivo de la investigación es el de identificar la susceptibilidad sísmica a las que están expuestas, para esto se utilizaron métodos de matrices de evaluación sísmica para medir el nivel de susceptibilidad en las edificaciones patrimoniales. (shrink)