O texto busca refletir criticamente sobre alguns fenômenos sociais contemporâneos, fortemente imbricados, notadamente as tendências contemporâneas de entrincheiramento e achatamento do eu; o reforço da iconomania e da compulsiva produção de avatares de si, em meio a bolhas narcísicas digitais, franqueadas pelas recentes tecnologias de informação e comunicação; e a virtual destruição da intimidade e da privacidade, diante da emergência de panópticos digitais e da vigilância algorítmica. Para tanto, toma-se como ponto de partida proposições apresentadas por Christopher Lasch em sua (...) obra _The Minimal Self: Psychic Survival in Troubled Times_, publicada originalmente em 1984, em particular a própria noção de mínimo eu, as quais são, então, entretecidas com argumentos de Christophe Dejours, Günther Anders, Theodor Adorno, Hebert Marcuse, Jonathan Crary, entre outros. Em acréscimo, busca-se salientar a ancoragem desses processos à hodierna dinâmica de acumulação de capital, a partir da crítica da economia política, perspectiva que atravessa todo o texto, bem como assinalar a atualidade do pensamento de Lasch. (shrink)

Most social scientists and philosophers claim that sociology and philosophy are disjoint fields of inquiry. Some have wondered how to trace the precise boundary between them. Mario Bunge argues that the two fields are so entangled with one another that no demarcation is possible or, indeed, desirable. In fact, sociological research has demonstrably philosophical pre-suppositions. In turn, some findings of sociology are bound to correct or enrich the philosophical theories that deal with the world, our knowledge of it, or (...) the ways of acting upon it. While Bunge's thesis would hardly have shocked Mill, Marx, Durkheim, or Weber, it is alien to the current sociological mainstream and dominant philosophical schools. Bunge demonstrates that philosophical problematics arise in social science research. A fertile philosophy of social science unearths critical presuppositions, analyzes key concepts, refines effective research strategies, crafts coherent and realistic syntheses, and identifies important new problems. Bunge examines Marx's and Durkheim's thesis that social facts are as objective as physical facts; the so-called Thomas theorem that refutes the behaviorist thesis that social agents react to social stimuli rather than to the way we perceive them; and Merton's thesis on the ethos of basic science which shows that science and morality are intertwined. He considers selected philosophical problems raised by contemporary social studies and argues forcefully against tolerance of shabby work in academic social science and philosophy alike. (shrink)

We report the results of an experiment designed to determine the effects of psychological proximity—proxied by awareness of pain and friendship—on moral reasoning. Our study tests the hypotheses that a moral agent’s emphasis on justice decreases with proximity, while his/her emphasis on care increases. Our study further examines how personality, gender, and managerial status affect the importance of care and justice in moral reasoning. We find support for the main hypotheses. We also find that care should be split into two (...) components, one related to protection and the other to the preservation of relationships. Although gender does not affect moral reasoning directly, we find that it does so indirectly via personality, controlling for age, professional status, and professional background. We do not find a significant effect of managerial status on ethics of justice, but do find that holding a managerial position has a negative impact on ethics of care. Regarding personality, we detect significant positive effects of conscientiousness on ethics of justice and of neuroticism on ethics of care. (shrink)

This fascinating exploration of the great discoveries of history's most important mathematicians seeks an answer to the eternal question: Does mathematics hold the key to understanding the mysteries of the physical world?

Este trabalho analisa os potenciais impactos do chamado Novo Ensino Médio na formação do estudante, especialmente na preparação para o exercício de uma cidadania ativa. Instituída com a Lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, a reforma do ensino médio pretende três alterações fundamentais: a primeira, promover o aumento progressivo da carga horária mínima até atingir o período integral. A segunda mudança, criar os “intinerários formativos”, com novas disciplinas, reduzindo relativamente a carga de conteúdos obrigatórios, e permitir ao estudante (...) orientar sua trajetória escolar para os seus interesses, inclinações e necessidades pessoais. A terceira, incentivar e ampliar a oferta do ensino técnico. Nossa avaliação sobre a reforma está ancorada no entendimento de Habermas de que a participação qualificada no debate público requer dos indivíduos o desenvolvimento e o uso de competências expressivas reconhecidas (legitimadas) pela comunidade interpretativa. A educação formal, nesta perspectiva, ao difundir as bases para definição racional dos argumentos e dos meios legítimos para expressão da vontade, visa capacitar e qualificar a participação dos indivíduos no debate público. As conclusões parciais resultantes desta abordagem estão baseadas em estudo empírico realizado na Escola Estadual Reverendo Hugh Clarence Tucker, no Rio de Janeiro. Elas indicam que, embora recentes e incompletas, as mudanças no ensino médio têm potencial para agravar as diferenças sociais entre estudantes pobres e ricos uma vez que as escolas particulares das elites são mais bem preparadas para este ambiente. Além disso, elas têm profissionais mais bem remunerados e cobrados em resultados mensuráveis pela administração escolar e pelas famílias. (shrink)

A linguagem é mais que a palavra escrita ou falada, é a direção do pensamento no contato com o contexto histórico-social no qual se está inserido. O discurso se apresenta enquanto mediação entre pessoas e realidades. A AD se apresenta como um constructo teórico-metodológico que possibilita averiguar construções ideológicas e efeitos de sentido do discurso em diferentes contextos, propiciando um olhar ampliado sobre a realidade. Objetiva-se inter-relacionar aspectos epistemológicos de Foucault e Heidegger, que possam servir como aportes ao método Análise (...) do Discurso, e refletir sobre uma estrutura que possa ser aplicada nas pesquisas da área de CI. Para tanto, propõe-se o uso da Revisão Sistemática da Literatura (RSL) enquanto técnica, a fim de subsidiar uma apresentação mais concreta referente a aplicação da AD no campo da CI. Metodologicamente trata-se de um estudo exploratório traçado na inter-relação entre questões da Filosofia da Linguagem e aspectos metodológicos e epistemológicos da Ciência da Informação e para tanto, buscou-se a revisão da literatura de ambos os domínios. Ainda há uma certa relutância do uso da AD na CI por sua forma mais teórica, ou seja, sem um procedimento preestabelecido, como se verifica em outros métodos, tais como a Análise do Conteúdo que possibilita a análise categorial, a análise de avaliação, a análise de enunciação, a análise proposicional, entre outras. O objetivo da AD não é estabelecer se um discurso é verdadeiro ou falso, mas sim os efeitos de sentidos e as questões subliminares. Portanto, no discurso construído com bases em preconceitos, por exemplo, serão reveladas as fragilidades inerentes àquela construção. Por outro lado, em um texto reflexivo, a tendência é que por meio da aplicação da AD, sejam reveladas toda solidez das ideias e estruturas. Assim, verifica-se a grande contribuição que AD pode aferir à CI e como Foucault e Heidegger podem ser imprescindíveis para compor o arcabouço teórico da AD, dependendo dos objetivos da pesquisa. (shrink)

Este artigo tem como objetivo analisar a Sociologia do Direito de Jürgen Habermas, mostrando a centralidade do direito na sua teoria da ordem social. Como sociólogo formado na tradição alemã de grandes sínteses filosóficas, Habermas, em seu livro " Direito e Democracia – Entre facticidade e validade ", que nos guiará neste artigo, descreve o objetivo ambicioso de produzir uma teoria geral da ação social à maneira de Parsons. Em sua explicação sobre a natureza das sociedades, o direito positivo é (...) entendido como uma linguagem estabilizadora das interações sociais tendo o importante papel de estruturar a ordem social. Celebrado entre os juristas, o entendimento completo das proposições de Habermas requer conhecimento amplo e crítico das teorias sociológicas sobre a natureza da ordem social. Muitas vezes secundarizado por sociólogos, especialmente os tradicionalistas e conservadores, o autor promove um entendimento das normas legais como um processo dialógico e multideterminado, que não é apenas um reflexo das relações sociais, mas que também estabelece parâmetros para a composição de conflitos inerentes às interações sociais. (shrink)

Este artigo apresenta e aprofunda a importância do Diário de Bordo, na Academia, como ensaio estético autoral, possibilitando ao estudante fortalecer-se em seu espaço epistêmico, de enunciação e criação, através de registros provisórios de seu processo cognitivo relacional – suas interrogações, sínteses, suas questões, seus autores de referência, seu diálogo interdisciplinar.

It is generally argued that if the wave-function in the de Broglie–Bohm theory is a physical field, it must be a field in configuration space. Nevertheless, it is possible to interpret the wave-function as a multi-field in three-dimensional space. This approach hasn’t received the attention yet it really deserves. The aim of this paper is threefold: first, we show that the wave-function is naturally and straightforwardly construed as a multi-field; second, we show why this interpretation is superior to other interpretations (...) discussed in the literature; third, we clarify common misconceptions. (shrink)

Machine generated contents note: I. METAPHYSICS -- 1. How Do Realism, Materialism, and Dialectics Fare in Contemporary Science? -- 2. New Dialogues between Hylas and Philonous -- 3. Energy: Between Physics and Metaphysics -- 4. The Revival of Causality -- 5. Emergence and the Mind -- 6 SCIENTIFIC REALISM -- 6. The Status of Concepts -- 7. Popper's Unworldly World 3 --II. METHODOLOGY AND PHILOSOPHY OF SCIENCE -- 8. On Method in the Philosophy of Science -- 9. Induction in Science (...) -- 10. The GST Challenge to the Classical Philosophies of Science -- 11. The Power and Limits of Reduction -- 12. Thinking in Metaphors --III. PHILOSOPHY OF MATHEMATICS -- 13. Moderate Mathematical Fictionism -- 14. The Gap between Mathematics and Reality -- 15. Two Faces and Three Masks of Probability --IV. PHILOSOPHY OF PHYSICS -- 16. Physical Relativity and Philosophy -- 17. Hidden Variables, Separability, and Realism -- 18. Schrodinger's Cat Is Dead --V. PHILOSOPHY OF PSYCHOLOGY -- 19. From Mindless Neuroscience and Brainless Psychology to Neuropsychology -- 20. Explaining Creativity -- VI. PHILOSOPHY OF SOCIAL SCIENCE -- 21. Analytic Philosophy of Society and Social Science: -- The Systemic Approach as an Alternative to Holism and Individualism -- 22. Rational Choice Theory: A Critical Look at Its Foundations -- 23. Realism and Antirealism in Social Science --VII. PHILOSOPHY OF TECHNOLOGY -- 24. The Nature of Applied Science and Technology -- 25. The Technology-Science-Philosophy Triangle in Its Social Context -- 26. The Technologies in Philosophy --VIII. MORAL PHILOSOPHY -- 27. A New Look at Moral Realism -- 28. Rights Imply Duties --IX. SOCIAL AND POLITICAL PHILOSOPHY -- 29. Morality Is the Basis of Legal and Political Legitimacy -- 30. Technoholodemocracy: An Alternative to -- Capitalism and Socialism -- Bibliography -- Index of Names -- Index of Subjects. (shrink)

Predictivists use the no miracle argument to argue that “novel” predictions are decisive evidence for theories, while mere accommodation of “old” data cannot confirm to a significant degree. But deductivists claim that since confirmation is a logical theory-data relationship, predicted data cannot confirm more than merely deduced data, and cite historical cases in which known data confirmed theories quite strongly. On the other hand, the advantage of prediction over accommodation is needed by scientific realists to resist Laudan’s criticisms of the (...) no miracle argument. So, if the deductivists are right, the most powerful argument for realism collapses. There seems to be an inescapable contradiction between these prima facie plausible arguments of predictivists and deductivists; but this puzzle can be solved by understanding what exactly counts as novelty, if novel predictions must support the no miracle argument, i.e., if they must be explainable only by the truth of theories. Taking my cues from the use-novelty tradition, I argue that (1) the predicted data must not be used essentially in building the theory or choosing the auxiliary assumptions. This is possible if the theory and its auxiliary assumptions are plausible independently of the predicted data, and I analyze the consequences of this requirement in terms of best explanation of diverse bodies of data. Moreover, the predicted data must be (2) a priori improbable, and (3) heterogeneous to the essentially used data. My proposed notion of novelty, therefore, is not historical, but functional. Hence, deductivists are right that confirmation is independent of time and of historical contingencies such as if the theorist knew a datum, used it, or intended to accommodate it. Predictivists, however, are right that not all consequences confirm equally, and confirmation is not purely a logical theory-data relation, as it crucially involves background epistemic conditions and the notion of best explanation. Conditions (1)–(3) make the difference between prediction and accommodation, and account for the confirming power of theoretical virtues such as non ad-hocness, non-fudging, non-overfitting, independence and consilience. I thus show that functional novelty (a) avoids the deductivist objections to predictivism, (b) is a gradual notion, in accordance with the common intuition that confirmation comes in degrees, and (c) supports the no miracle argument, so vindicating scientific realism. (shrink)

A partir do século XVIII, a imposição do controle das principais instituições políticas e sociais à população passa a ocorrer precipuamente por meio de estratégias urbanísticas. A arquitetura revela o objetivo de disciplinamento dos corpos de modo a prepará-los para a inserção na incipiente sociedade capitalista, seja na forma das escolas, fábricas ou prisões. Objetivamos num primeiro momento refletir, por meio da trajetória histórica e arquitetônica da Biblioteca Pública Municipal de Marília, se a biblioteca antiga tem preponderância de uma instituição (...) disciplinar; para, em um segundo momento, apresentar a arquitetura no novo prédio, verificando se o novo modelo de biblioteca pode evidenciar a transição do modelo disciplinar ao de controle. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, documental e bibliográfica, na qual utilizamos o método Análise de Conteúdo da Bardin para analisarmos categorias de entrevista. Para tanto, nos valemos um pouco do pensamento de Foucault e Deleuze acerca do tema, bem como o histórico, arquitetura e um pouco da organização das coleções da biblioteca em questão, nos espaços e tempos diferentes. Concluímos que a nova biblioteca não é melhor do que a anterior. Ela apenas se adequa melhor aos ditames dos novos tempos, com novas perspectivas sociais e tecnológicas. A antiga biblioteca teve uma função muito importante na história da cidade e dos seus usuários. Somente não estava mais apropriada ao século XXI, necessitando de novo aspecto e sentido. (shrink)

De um lado a Ciência da Informação foi se consolidando no eixo occidental, a partir década de 1960, expandindo sua influência inteletual em países da America Latina, substuindo uma tradição francesa-europeia de Documentação, e como meio de controle ideológico e da informação; do outro surge uma proposta reativa do eixo comunista, a Informatika. Posto isto, pretende-se neste ensaio criar lugar pra reflexão acerca de alguns pontos em que a Informatika influenciou a Ciência da Informação ocidental, mais precisamente a estadunidense, sobretudo (...) nas primeiras décadas da Guerra Fria, como também o inverso, ou seja, as influências da CI dos Estados Unidos à Informatika. Para tanto, iniciaremos nossas reflexões a partir de duas escolas: a da Teoria Matemática da Comunicação e da Epistemologia Social. Posto isto, o problema de pesquisa incide na seguinte questão: Apesar dos aspectos mercadológicos e ideológicos tão distintos dos blocos capitalista e socialista, é possível verificarmos algumas convergências teóricas na construção da Ciência da Informação e da Informatika? Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com aspectos exploratórios. Conclui-se que apesar da União Soviética apresentar distintamente a informação social e tê-la como algo importante ante a ideologia do partido socialista, foi visto que a informação científica e técnica também foi muito aprimorada e valorizada pelos soviéticos. Assim como os Estados Unidos não priorizaram sempre o aspecto técnico da informação. As duas vertentes – social e técnica - caminharam juntas, ora predominando mais uma, ora outra, nos dois blocos, dependendo do momento e dos objetivos. (shrink)

Adolescent gender-based violence prevention and sexuality education is a topic of current concern given the increasing numbers of violence directed at girls. International organizations indicate that one in three girls aged 15 to 19 have experienced gender-based violence in their sexual relationships that this risk may be as much as 3–4 times higher for girls with disabilities. Following the good results obtained in the research project “Free_Teen_Desire” led by the University of Cambridge and funded by the Marie Curie Actions Program (...) in the prevention of gender violence in adolescents through Dialogic Feminist Gatherings, the aim of study is to analyze Its transfer and impact on adolescent girls with intellectual disabilities. The DFGs are here understood as generators of a more dialogic environment for girls in general and we wonder if and how It is extended to the context of girls with disabilities. Thus, the research takes the form of a case study with a communicative approach on a DFGs. The intervention is carried out in a special school located in Valencia during the 2018–2019 and 2019–2020 academic years with a group of 19 non-mixed female students, female teachers, and the mother of one of the students. The study analyzes which are the transfer criteria to incorporate the DFGs in a special education context and what is their impact on the prevention of gender violence in girls with disabilities. The data collection techniques consist of two in-depth interviews, analysis of the field diary of 24 intervention sessions and a focus group with seven teachers. It is demonstrated that DFGs are successfully transferred to the special education context of the case study. The results show how contexts of safety, solidarity and friendship are generated which protect adolescent girls with disabilities from relationships with gender violence. (shrink)

A partir do conceito de verdade no decurso da Teoria do Conhecimento, do contexto da pós-verdade e das reflexões de Piaget sobre o desenvolvimento cognitivo, objetiva-se criar um espaço pra reflexão de como os criterios sobre verdade foram construídos históricamente, e inter-relacioná-los com elementos da pós-verdade e da desinformação. Metodologicamente, trata-se uma pesquisa bibliográfica. O caráter exploratório se dá justamente com o paralelo entre a temática e as fases do desenvolvimento cognitivo em Piaget. Por meio de uma reflexão histórico- epistemológica (...) do conceito de verdade, percebeu-se que é problemático se pensar em critérios absolutos de verdade. Porém, há informações que estão mais próximas destes critérios do que outras. Isso depende da fonte, do propósito, conhecimento e principalmente da ética de quem escreve. Ademais, percebeu-se que adultos que não tiveram acesso ao processo de educação adequado tendem a acreditar mais em fake news. (shrink)

Este trabalho pretende confrontar as concepções teóricas das análises sociológicas tradicionais sobre a “ordem social”, as quais chamaremos de “sensualistas” - por pressuporem uma ordem social naturalizada, com as teorias cognitivistas que veem a “ordem social” como construção teórico-intelectiva dos indivíduos. Nossa expectativa é que essa discussão nos auxilie a entender o contexto atual da emergência de movimentos políticos radicalizados, não importa por qual matiz ideológico, e o risco real e a ameaça potencial que eles representam para a estabilidade dos (...) consensos tácitos assumidos pelos agentes na ordem social, tais como as noções de justo e injusto, certo e errado, bem e mal. Esperamos que a discussão sobre os fundamentos da ordem social, na forma colocada pelos cientistas sociais, se apodícticos e factuais ou cognitivos e racionais, ajude-nos a esclarecer até que ponto o radicalismo político, e os radicalismos de maneira geral, seja religioso, moral, bem como as ameaças de diáspora que os acompanham, têm o potencial de impor revezes ao que alguns analistas costumam chamar de “marcos civilizatórios”. Até que ponto, o extremismo político tem condições de impor perturbações de natureza moral aos pactos sociais ameaçando-os real e massivamente. (shrink)

O presente artigo tem por objetivo examinar a alienação que envolve a atividade do professor coordenador, relacionando esse profissional às expectativas do ideário neoliberal, reproduzido pela escola burguesa e comparar as atribuições destinadas a esse profissional com o seu fazer efetivo. O universo da pesquisa engloba a escola pública do Estado de São Paulo e a atividade do professor coordenador, especialmente as de Ciclo II. O referencial usado é o materialismo histórico dialético, e a categoria de análise é a teoria (...) da alienação, formulada por Marx e estudada por Mészáros. (shrink)

There are two possible realist defense strategies against the pessimistic meta-induction and Laudan’s meta-modus tollens: the selective strategy, claiming that discarded theories are partially true, and the discontinuity strategy, denying that pessimism about past theories can be extended to current ones. A radical version of discontinuity realism is proposed by Gerald Doppelt: rather than discriminating between true and false components within theories, he holds that superseded theories cannot be shown to be even partially true, while present best theories are demonstrably (...) completely true. I argue that this position, running counter both the cumulativity of science and fallibilism, is untenable; it cannot account for the success of past theories, nor for the failures of current theories, and rather than shutting the door to the pessimistic historical objections it opens it wide. The best strategy, instead, joins the selective idea there was both some truth and some falsity in discarded theories, like in current ones, with the moderate discontinuity idea that the truth rate in present best theories is much greater than in past ones. (shrink)

Este trabalho discute as possíveis relações entre a histeria e os chamados distúrbios alimentares que, na atualidade, ganharam um caráter epidêmico. Os discursos dos autores sobre a anorexia e a bulimia são apresentados e organizados em categorias temáticas que abordam as definições de anorexia e bu..

We propose six guideposts that states and hospitals should follow to respect disability rights when designing policies for the allocation of scarce, lifesaving medical treatments. Four relate to criteria for decisions. First, do not use categorical exclusions, especially ones based on disability or diagnosis. Second, do not use perceived quality of life. Third, use hospital survival and near-term prognosis (e.g., death expected within a few years despite treatment) but not long-term life expectancy. Fourth, when patients who use ventilators in their (...) daily lives (e.g., home ventilation) present to acute care hospitals, their personal ventilators should not be reallocated to other patients. Fifth, designate triage officers to assess patients individually on the basis of objective medical evidence, not stereotypes or assumptions. Sixth, include disability rights advocates in policy development and dissemination. (shrink)

I want to combine two hitherto largely independent research projects, scientific understanding and mechanistic explanations. Understanding is not only achieved by answering why-questions, that is, by providing scientific explanations, but also by answering what-questions, that is, by providing what I call scientific descriptions. Based on this distinction, I develop three forms of understanding: understanding-what, understanding-why, and understanding-how. I argue that understanding-how is a particularly deep form of understanding, because it is based on mechanistic explanations, which answer why something happens in (...) virtue of what it is made of. I apply the three forms of understanding to two case studies: first, to the historical development of thermodynamics and, second, to the differences between the Clausius and the Boltzmann entropy in explaining thermodynamic processes. (shrink)

Deployment Realism resists Laudan’s and Lyons’ objections to the “No Miracle Argument” by arguing that a hypothesis is most probably true when it is deployed essentially in a novel prediction. However, Lyons criticized Psillos’ criterion of essentiality, maintaining that Deployment Realism should be committed to all the actually deployed assumptions. But since many actually deployed assumptions proved false, he concludes that the No Miracle Argument and Deployment Realism fail. I reply that the essentiality condition is required by Occam’s razor. In (...) fact, there is a simpler formulation of essentiality which escapes Lyons’ criticisms and rescues the No Miracle Argument and Deployment Realism from their purported historical counterexamples: a hypothesis is essential when it has no proper parts (in Yablo’s sense) sufficient to derive the same prediction. Although essentiality so conceived cannot be detected prospectively, this is just natural, and it is not a problem but an advantage for Deployment Realism. (shrink)

The ontological models framework distinguishes ψ-ontic from ψ-epistemic wave- functions. It is, in general, quite straightforward to categorize the wave-function of a certain quantum theory. Nevertheless, there has been a debate about the ontological status of the wave-function in the statistical interpretation of quantum mechanics: is it ψ-epistemic and incomplete or ψ-ontic and complete? I will argue that the wave- function in this interpretation is best regarded as ψ-ontic and incomplete.

In the so-called digital culture, there is a constant presence of radical transformations on the cognitive and affective dimensions of the relations established among teachers and students. Upon this ubiquitous accessibility of information, the very historical and hierarchically verticalized relation between teachers and students has been increasingly questioned. Upon this situation, the authors in this article aim at stating that the revitalization of concepts developed by Paulo Freire, mainly the ones discussed in the books: ‘Pedagogy of Hope’, that sought a (...) re-encounter with ‘Pedagogy of the Oppressed’, ‘Extension or Communication’ and ‘Pedagogy of Freedom’ became essential to understanding how the relationship between teachers and students can be mutually re-signified. In these times of digital culture, we argue that the revitalization of the critical thinking proposed by Freire is able to foment a dialogical communication both in the pedagogical link shared by teachers and students and in the transformation of information into substantially and ethically experienced concepts. Such substantial and ethical experiences are the ones able to attest that the pedagogy of hope and the pedagogy of freedom are possible, provided they are constituted with the students and not for them. (shrink)

What does it take to understand a phenomenon ideally, or to the highest conceivable extent? In this paper, we answer this question by arguing for five necessary conditions for ideal understanding: (i) representational accuracy, (ii) intelligibility, (iii) truth, (iv) reasonable endorsement, and (v) fitting. Even if one disagrees that there is some form of ideal understanding, these five conditions can be regarded as sufficient conditions for a particularly deep level of understanding. We then argue that grasping, novel predictions, and transparency (...) are not reasonable conditions for ideal understanding. (shrink)